A VÉSPERA DO FRACASSO

Ambos enleados: prematuros principiantes em um laço pouco firme. Enamorados e zonzos de mãos dadas, pouco viveram. O tempo passou. O ciúme que era feto desenvolveu-se. Seria o amor que fizeram-o enamorados? Talvez sim, talvez não.

Os dois não conversavam e sim murmuravam, havia um bom tempo de namoro, uns onze meses de paixão desenfreada. Ele tentou falar que amava-a, e ela sabia e tentava falar o mesmo para ele, ambos sabiam que se gostavam.

Um certo dia no caminho da escola viu uma garota que deixou seus livros caírem sem nenhuma intenção. Ele foi ajudá-la. Foram juntos para a escola e ao chegarem, a namorada que aguardava, viu os dois.

Iniciou-se a véspera de uma confusão entre os dois, a véspera do fracasso, o filho doentio virou a cabeça da mãe e sentindo-se perdida, perdeu a língua e as cordas vocais, lembrou-se apenas das obras da carne. Partiu para a violência tão comum - como um aperto de mão ou um abraço -, agarrou a garota e estapafurdiamente bateu na garota até cansar-se, a coitada não teve reação alguma diante das pancadas ordenadas pela "podridão dos ossos" da namorada carnalmente cega.

Até que o filho sorriu com a inimizade, saiu do seio da mãe e foi ao seus pés glorificá-la. Quando a namorada viu o que havia feito atirou-se ao chão de joelhos e assustou-se com a atitude cega.

Leandro Ferreira Braga
Enviado por Leandro Ferreira Braga em 28/11/2018
Reeditado em 25/09/2024
Código do texto: T6514037
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