Medos sem fim

... um dia lindo com uma temperatura agradável, um daqueles dias em que a gente só quer e só precisa de um pouquinho de paz...

Sabemos que as discussões, os problemas e a vida real, estão todos ali, adormecidos, intactos, em seus devidos lugares. Ficam como se fossem monstros a espreita cercando sua presa...

Temos a certeza de que em algum momento, em um determinado espaço de tempo eles voltarão à tona, e como se emergissem das profundezas nos abocanham, nos sufocam e nos fazem sentir medo, medo de agir, medo de amar, medo de sentir medo, medo de nós mesmo...

Então depois disso tudo, começamos a medir as palavras, as ações, e até mesmo os movimentos, pedindo e esperando que os monstros fiquem adormecidos e nos deixem em paz...

Mas de repente uma palavra intercalada e mal colocada em um contexto “nada a ver” faz tudo desmoronar, e os monstros adormecidos despertam, agridem, machucam, não fisicamente, machucam nossa alma, nossos sentimentos, nosso coração...

E com o coração dilacerado, os nossos pensamentos, os nossos sentimentos se transferem, migram de uma pessoa para outra, sem que possamos fazer absolutamente nada para detê-los...

Lay Faggundes
Enviado por Lay Faggundes em 09/11/2018
Reeditado em 31/12/2018
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