- Dela já nem lembrava o nome!

Dias passaram sem que a presença dela fosse notada, mas todos os dias ela fazia o mesmo caminho...

Trabalhar, estudar e voltar para casa. Era a verdadeira pura!

Tinha desejos, eram reprimidos, afinal na idade dos desejos o namorado estava longe.

Gostava de flertar, e sem que percebesse era doida para ter uma relação mais íntima com o sujeito que conhecera na estrada da vida.

O jovem não ligava para ela e os anos se passaram e muitas águas rolaram e nada aconteceu entre eles, confidencias problemas mal resolvidos e uma discrição que não permitia o encaixe de um pedido para serem mais íntimos.

Hoje estão na terceira idade, ambos casados com bodas diversas agregadas no relacionamento, ficaram quase três décadas sem ter noticias um do outro, achava ela que ele tinha morrido, mas o safado tinha conseguido esquecer aquela que um dia lhe confessara amor eterno

Admitindo, embora casada, que tudo faria para satisfazer os instintos mais selvagens de uma relação que teria que ser confidencial, uma senhora casada e mãe de filhos e avó de uma neta, não poderia perder a moral.

Porque não serve para ser amante?! Esse é a grande questão...

Em frases e contos será que irei revelar?! Nunca, ficarão guardados.

Gostaria sim de ter uma derradeira conversa com ela, mas já tentei de diversas maneiras, ela demonstra toda a sua maneira de ser uma fera vingativa!

Seria para um grande desabafo, despedida, tentaria revelar o que penso e por que ela não serve para ser amante! Verdade pura...

Fica difícil a compreensão dela pois, que depois de tantos anos nem o nome dela lembrava-me, por que continuei... Burrice!

Benfeito para mim que sempre fui um mentiroso nato...Ela acreditava!

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Conde Demostenes Jabaquara - Dedé
Enviado por LAURO PAIXÃO em 19/10/2018
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