O DIA DE ONTEM: A SAGA DA BOLSA...
Uma saia Estilo Mid- Calf preta plissada “Made in china”, comprada via internet no AliExpress® Online Shopping. Fora a primeira vez que aquela mulher se aventurara a sair do país para fazer compras. A saia chegou em dois meses. Muito tempo para cruzar o oceano em tempos de Boeing, mas justificável em razão da burocracia entre o tempo de despacho e liberação da alfândega.
Os sapatos da Moda Plus Size, xadrez Príncipe de Gales em preto e cinza também “Made in china”, ela comprou depois da primeira experiência positiva de compra da saia. Demorou um pouco menos para chegar. Estava adorando a ideia de fazer compras fora do País com preços muito mais em conta e o melhor, sem, na verdade, cruzar o oceano. Bastava um computador, Internet e um cartão de crédito e ela visitava lojas e mais lojas em uma das grandes civilizações contemporâneas e uma das mais antigas ainda existentes: a China que se situa na parte leste da Ásia. Nessas lojas há coisas incríveis e lindas e ficam-se de fato seduzidos pelos preços, escolhas de produtos e facilidade em comprar a hora que bem entender.
Bem para completar o look, a mulher vestiu uma blusinha de cetim na cor cinza que ela mesma fez relembrando os tempos de costureira há trinta anos atrás. A blusinha de alças, tinha também detalhes de botões na parte da frente. Um detalhe: o tecido ela comprou também via online, mas desta vez viajou para Toledo no Paraná e visitou encantada a Maior Loja Online de Tecidos do Brasil, a Maximus Tecidos. Tudo sem sair do lugar porque seu tempo é sempre muito curto. A tecnologia faz a cabeça, mas facilita tudo nos dias atuais.
Completando o visual, calçou meia calça Fio 15 News Loba Natural porque é daquelas mulheres assim meio clássicas, sendo da pele muito alva, tinha um pouco de complexo, pois sempre aparecem imperfeições que mulher nenhuma tolera e, talvez, os olhares de fora. Realçou as alvas orelhas com brincos de pratas com designer de três argolas e a alvura do pescoço ganhou um gentil e belíssimo “ladies'necklaces” de prata esterlina com um pingente de cristal quadrado - esse também” Made in china”. Um mimo.
Os cabelos louros em tons cinza claro - a custa dos milagres da Koleston 8.1- simplesmente lavados, pois detesta frequentar salões de beleza, embora esteja urgentemente precisando para uma hidratação profunda; no rosto uma leve camada de creme que, diga-se de passagem: é Cicatricure, pois apaixonou por esse creme que parece estar dando uma retocada em seus mais de cinquenta... Enfim, os olhos pequenos, ganharam delineador preto- não, não vive sem eles. São muito bem casados. Uma leve máscara nos cílios pequenos deu um ar assim mais... E nos lábios um batom quase natural, pois também tem pavor de batons escuros, embora já tenha gostado de extravagâncias escarlates e cor de amoras. O tempo passa por nós e, embora algumas práticas se tornem mais discretas, outras ficam mais afloradas, em evidência. Depende...
Ah! esquecia-me: as unhas de tamanho médio foram pintadas de cinza escuro, mas para quebrar a impressão sinistra, decorou a unha do dedo anelar com uma margaridinha azul clara.
Assim ela criou seu estilo sem se importar com o que poderiam dizer. Na verdade, ultimamente, pouco tem se importado com isso, pois me esqueci de contar: em 2016 ela se apaixonou por si mesma. Primeiro por culpa do grupo de autoajuda “Amor Exigente” que frequentou um ano e aonde chegou praticamente acabada, mas lá aprendeu a se aceitar e não se culpar pelas coisas que aconteciam à sua volta. Então o grupo “Amor Exigente” a ensinou a se amar pela primeira vez.
Mas teve outro fator interessante que a ajudou também a se amar a primeira vez. Foi em dezembro de 2015 quando comprou seu primeiro smartphone. Comprou também pela Internet em 12 parcelas no cartão na Saraiva, onde também sempre compra seus inúmeros livros. Foi então que entrou na febre da selfie e ficava se fotografando todos os dias. O fato de se fotografar a ensinou também a se olhar mais de um jeito diferente. Não era vaidade não, mas como se fosse uma busca de si mesma, de algo de bom e bonito que ela podia ter. E foi muito bom porque ela começou a descobrir uma pessoa melhor tanto por dentro quanto por fora. Dizem que a febre da selfie é uma forma das pessoas se mostrarem, de se exibirem. Sim, mas também, e, talvez, acima de tudo, se auto definirem, se identificarem, se aceitarem. Sempre digo, e acredito que é o olhar de fora que nos fazem enxergar as coisas. A selfie, portanto nos faz ver como somos, nos aceitar e amar. Isso aconteceu com aquela mulher e o fato é que ela se apaixonou por si mesma e não tem mais volta. É um amor eterno.
Bem, tanta justificativa à parte, a mulher esta preparadíssima para acompanhar o pai e o irmão ao casamento da filha de um vizinho da fazenda que aconteceria na Igreja Matriz de Nossa Senhora das Graças.
Atrapalhando tudo tinha os óculos, claro, mas não vou falar deles, pois ela não vivia sem eles.
Preparadíssima então Huuummm. Será? Acho que não. Estava esquecendo algo e não era o perfume delicado Egeo Woman dolce. Confesso, não era bem um perfume francês como o de sua irmã, mas era um perfume muito bom que comprara no Boticário depois de vencer o trauma de perfumes. Explico: já tivera uma síncope por causa de um em razão de alergia a olores fortes e o tal perfume nada mais era que o antigo e polêmico “Tabu” de origem espanhola. Sim, polêmico, embora famoso por ser envolvido por uma aura sensual, exótica em razão de sua, digamos, deliciosa composição floral oriental com notas cítricas frescas e picantes. Palavras de seu criador. Enfim... Segundo a história foi criado nos anos 30 na Espanha, sendo uma das maiores controvérsias da história da perfumaria. Era muito usado, mas também muito odiado. Só quem o conheceu sabe pode dizer isso e aquela mulher sabia muito bem porque quase foi assassinada por ele dentro de um ônibus viajando para a cidade onde sua irmã morava. Sabe-se que o perfume derramou na bolsa e o perfume exalou dentro do ônibus naquela manhã quente. O perfume penetrou-lhe as narinas e parecia ter mãos invisíveis que sufocavam-lhe a garganta. Salvou-se por milagre do vento, pois a irmã que viajava junto, abriu a janela e o vento misericordioso restitui-lhe a vida. O trauma foi tanto que passaram-se anos até ter coragem de usar novamente um perfume. Na verdade ela tem tentado superar muitas coisas. Bem, então ela não tinha esquecido o perfume. Esse sim, ela já tinha espalhado leves gotinhas em lugares estratégicos. Mas faltava algo e só lembrou ao pegar o celular. Sim, a bolsa.
Ás vezes ela tem dessas manias de esquecer coisas fundamentais. No dia anterior tinha pensado em revê-la, pois fazia um ano que a usara no casamento do afilhado e desde então ela dormia na escuridão em um cantinho no guarda-roupa: a belíssima bolsa de festa de seda cor de ébano com detalhes de “brilhante” no fechamento. Não necessariamente “brilhante”. Entenda, afinal, ela era apenas uma provinciana, para não dizer caipira e não tinha posses senão o salário de auxiliar administrativo há trinta e dois anos.
Bem, a hora já avançava e logo seu pai e seu irmão viriam buscá-la. O calor estava terrível. Já sentia o cabelo grudar na nuca. Apressada tateou o guarda-roupa a procura da bolsa e encontrou-a placidamente aninhada perto da caixa de fotos, entre um cesto de esmaltes de cores variadas e outras coisas. Arrastou-a quase sem dó, pois o tempo urge. O que ela não contava é que a bolsa não estava só. Ao abri-la para colocar o celular e um batom, algo estranho e com vida saltou de dentro e pulou em suas mãos.
E qual não foi seu espanto ao reconhecer uma enorme barata cujo matiz ia do marrom ao preto; as longas pernas tentando equilibrar pela superfície da bolsa até seu seu braço como se esse fosse uma montanha russa, buscando salvação, não se sabe. Ficou sem rumo, a coitada. Sem rumo e sem teto. Ainda bem que a mulher não tinha medo de baratas. Portanto, não gritou, nem fez estardalhaço, mas riu o quanto pode e desconfio que seu riso alcançou a rua. Afinal, a sua bolsa não estava assim tão só e certamente não hibernava como ela imaginava. Ao invés disso- coração bondoso- acolheu em seu interior a barata que, não teria encontrado melhor lugar para viver: na maciez da seda, adornada de brilhantes.
Apesar de ter perdido o teto, a barata, salvou-se, contudo, pois a mulher não a assassinou como fazem muitos, mas deixou-a ir através da janela. Só Deus sabe agora onde viverá. E quanto a bolsa? Ficará só na penumbra de seu habitat. Mas melhor ficar de olho, pois, conhecendo a dona como conheço, desconfio que só a verá novamente no casamento de um sobrinho e ele ainda nem decidiu as bodas.
Assim foi o dia de ontem. Essas coisas acontecem...
Imagens: de mim ontem me preparraindo para o tal casamento. Portanto, a história é veridica.
barata : http://pcpestcontrols.com/
outras referencias :https://www.blondevenus.com.br/2018/04/a-historia-do-perfume-tabu.html
https://www.blondevenus.com.br/2018/04/a-historia-do-perfume-tabu.htmlda
Bem para completar o look, a mulher vestiu uma blusinha de cetim na cor cinza que ela mesma fez relembrando os tempos de costureira há trinta anos atrás. A blusinha de alças, tinha também detalhes de botões na parte da frente. Um detalhe: o tecido ela comprou também via online, mas desta vez viajou para Toledo no Paraná e visitou encantada a Maior Loja Online de Tecidos do Brasil, a Maximus Tecidos. Tudo sem sair do lugar porque seu tempo é sempre muito curto. A tecnologia faz a cabeça, mas facilita tudo nos dias atuais.
Completando o visual, calçou meia calça Fio 15 News Loba Natural porque é daquelas mulheres assim meio clássicas, sendo da pele muito alva, tinha um pouco de complexo, pois sempre aparecem imperfeições que mulher nenhuma tolera e, talvez, os olhares de fora. Realçou as alvas orelhas com brincos de pratas com designer de três argolas e a alvura do pescoço ganhou um gentil e belíssimo “ladies'necklaces” de prata esterlina com um pingente de cristal quadrado - esse também” Made in china”. Um mimo.
Os cabelos louros em tons cinza claro - a custa dos milagres da Koleston 8.1- simplesmente lavados, pois detesta frequentar salões de beleza, embora esteja urgentemente precisando para uma hidratação profunda; no rosto uma leve camada de creme que, diga-se de passagem: é Cicatricure, pois apaixonou por esse creme que parece estar dando uma retocada em seus mais de cinquenta... Enfim, os olhos pequenos, ganharam delineador preto- não, não vive sem eles. São muito bem casados. Uma leve máscara nos cílios pequenos deu um ar assim mais... E nos lábios um batom quase natural, pois também tem pavor de batons escuros, embora já tenha gostado de extravagâncias escarlates e cor de amoras. O tempo passa por nós e, embora algumas práticas se tornem mais discretas, outras ficam mais afloradas, em evidência. Depende...
Ah! esquecia-me: as unhas de tamanho médio foram pintadas de cinza escuro, mas para quebrar a impressão sinistra, decorou a unha do dedo anelar com uma margaridinha azul clara.
Assim ela criou seu estilo sem se importar com o que poderiam dizer. Na verdade, ultimamente, pouco tem se importado com isso, pois me esqueci de contar: em 2016 ela se apaixonou por si mesma. Primeiro por culpa do grupo de autoajuda “Amor Exigente” que frequentou um ano e aonde chegou praticamente acabada, mas lá aprendeu a se aceitar e não se culpar pelas coisas que aconteciam à sua volta. Então o grupo “Amor Exigente” a ensinou a se amar pela primeira vez.
Mas teve outro fator interessante que a ajudou também a se amar a primeira vez. Foi em dezembro de 2015 quando comprou seu primeiro smartphone. Comprou também pela Internet em 12 parcelas no cartão na Saraiva, onde também sempre compra seus inúmeros livros. Foi então que entrou na febre da selfie e ficava se fotografando todos os dias. O fato de se fotografar a ensinou também a se olhar mais de um jeito diferente. Não era vaidade não, mas como se fosse uma busca de si mesma, de algo de bom e bonito que ela podia ter. E foi muito bom porque ela começou a descobrir uma pessoa melhor tanto por dentro quanto por fora. Dizem que a febre da selfie é uma forma das pessoas se mostrarem, de se exibirem. Sim, mas também, e, talvez, acima de tudo, se auto definirem, se identificarem, se aceitarem. Sempre digo, e acredito que é o olhar de fora que nos fazem enxergar as coisas. A selfie, portanto nos faz ver como somos, nos aceitar e amar. Isso aconteceu com aquela mulher e o fato é que ela se apaixonou por si mesma e não tem mais volta. É um amor eterno.
Bem, tanta justificativa à parte, a mulher esta preparadíssima para acompanhar o pai e o irmão ao casamento da filha de um vizinho da fazenda que aconteceria na Igreja Matriz de Nossa Senhora das Graças.
Atrapalhando tudo tinha os óculos, claro, mas não vou falar deles, pois ela não vivia sem eles.
Preparadíssima então Huuummm. Será? Acho que não. Estava esquecendo algo e não era o perfume delicado Egeo Woman dolce. Confesso, não era bem um perfume francês como o de sua irmã, mas era um perfume muito bom que comprara no Boticário depois de vencer o trauma de perfumes. Explico: já tivera uma síncope por causa de um em razão de alergia a olores fortes e o tal perfume nada mais era que o antigo e polêmico “Tabu” de origem espanhola. Sim, polêmico, embora famoso por ser envolvido por uma aura sensual, exótica em razão de sua, digamos, deliciosa composição floral oriental com notas cítricas frescas e picantes. Palavras de seu criador. Enfim... Segundo a história foi criado nos anos 30 na Espanha, sendo uma das maiores controvérsias da história da perfumaria. Era muito usado, mas também muito odiado. Só quem o conheceu sabe pode dizer isso e aquela mulher sabia muito bem porque quase foi assassinada por ele dentro de um ônibus viajando para a cidade onde sua irmã morava. Sabe-se que o perfume derramou na bolsa e o perfume exalou dentro do ônibus naquela manhã quente. O perfume penetrou-lhe as narinas e parecia ter mãos invisíveis que sufocavam-lhe a garganta. Salvou-se por milagre do vento, pois a irmã que viajava junto, abriu a janela e o vento misericordioso restitui-lhe a vida. O trauma foi tanto que passaram-se anos até ter coragem de usar novamente um perfume. Na verdade ela tem tentado superar muitas coisas. Bem, então ela não tinha esquecido o perfume. Esse sim, ela já tinha espalhado leves gotinhas em lugares estratégicos. Mas faltava algo e só lembrou ao pegar o celular. Sim, a bolsa.
Ás vezes ela tem dessas manias de esquecer coisas fundamentais. No dia anterior tinha pensado em revê-la, pois fazia um ano que a usara no casamento do afilhado e desde então ela dormia na escuridão em um cantinho no guarda-roupa: a belíssima bolsa de festa de seda cor de ébano com detalhes de “brilhante” no fechamento. Não necessariamente “brilhante”. Entenda, afinal, ela era apenas uma provinciana, para não dizer caipira e não tinha posses senão o salário de auxiliar administrativo há trinta e dois anos.
Bem, a hora já avançava e logo seu pai e seu irmão viriam buscá-la. O calor estava terrível. Já sentia o cabelo grudar na nuca. Apressada tateou o guarda-roupa a procura da bolsa e encontrou-a placidamente aninhada perto da caixa de fotos, entre um cesto de esmaltes de cores variadas e outras coisas. Arrastou-a quase sem dó, pois o tempo urge. O que ela não contava é que a bolsa não estava só. Ao abri-la para colocar o celular e um batom, algo estranho e com vida saltou de dentro e pulou em suas mãos.
E qual não foi seu espanto ao reconhecer uma enorme barata cujo matiz ia do marrom ao preto; as longas pernas tentando equilibrar pela superfície da bolsa até seu seu braço como se esse fosse uma montanha russa, buscando salvação, não se sabe. Ficou sem rumo, a coitada. Sem rumo e sem teto. Ainda bem que a mulher não tinha medo de baratas. Portanto, não gritou, nem fez estardalhaço, mas riu o quanto pode e desconfio que seu riso alcançou a rua. Afinal, a sua bolsa não estava assim tão só e certamente não hibernava como ela imaginava. Ao invés disso- coração bondoso- acolheu em seu interior a barata que, não teria encontrado melhor lugar para viver: na maciez da seda, adornada de brilhantes.
Apesar de ter perdido o teto, a barata, salvou-se, contudo, pois a mulher não a assassinou como fazem muitos, mas deixou-a ir através da janela. Só Deus sabe agora onde viverá. E quanto a bolsa? Ficará só na penumbra de seu habitat. Mas melhor ficar de olho, pois, conhecendo a dona como conheço, desconfio que só a verá novamente no casamento de um sobrinho e ele ainda nem decidiu as bodas.
Assim foi o dia de ontem. Essas coisas acontecem...
Imagens: de mim ontem me preparraindo para o tal casamento. Portanto, a história é veridica.
barata : http://pcpestcontrols.com/
outras referencias :https://www.blondevenus.com.br/2018/04/a-historia-do-perfume-tabu.html
https://www.blondevenus.com.br/2018/04/a-historia-do-perfume-tabu.htmlda