Elaine
Ela já teve muitos motivos para desistir, mas mesmo assim lutou.
Já enfrentou muitos desertos e foi neles que ela aprendeu o valor da comunhão.
Ela já cuidou precisando de cuidado.
Ela já ajudou precisando ser ajudada.
Nesse dia ela acordou cedo, pois antes de ir para o trabalho precisava orar.
Não dá para vencer sem a oração.
Cheia de problemas, mas ela chega no local de trabalho sorrindo e diz: Bom Dia.
O Dificil do trabalho era lidar com pessoas que não compartilhavam a mesma fé.
Suas colegas falavam de como a festa na noite anterior foi boa, mas ela arrepiava só de lembrar do culto.
Suas colegas falavam dos ficantes, mas ela corava ao lembrar do amor da sua vida.
Suas colegas ouviam músicas com letras absurdas, mas ela lembrava de um hino da harpa.
Contudo, aquele dia foi um dia difícil.
Eram tantas coisas, então ela teve uma ideia.
Ela pede licença, vai ao banheiro e dobra os joelhos.
Quando as coisas não vão bem ela encontra consolo aos pés de Jesus.
Suas colegas de trabalho continuam falando sobre coisas triviais, mas ela está no banheiro chorando.
E não era de tristeza.
Não era de desespero.
Era de alegria!
Alegria por sentir a pessoa mais amada do mundo.
Alegria por sentir a presença de Jesus em um banheiro tão apertado.
Ali naquele chão ela esqueceu dos problemas, esqueceu que tinha pessoas do lado de fora.
Ela só consegui agradecer e chorar e já não importava o que iriam dizer.
Ela sorriu até a boca doer.
Ela chorou até ficar com o rosto vermelho e inchado.
Como pode alguém sentir tamanha paz?
Como pode alguém ser tão feliz?
Ela sai do banheiro, suas colegas ao verem seu inchado e seus olhos vermelhos se preocupam.
O que você tem, está tudo bem? Elas perguntam.
Mas um sorriso as surpreende.
Estou bem gente, um dia vocês irão entender, ela diz ainda enxugando uma lágrima.
Ser chamada de estranha é o preço.
Isso é normal.
Não dá para ser cheio do Espírito Santo é fazer coisas normais.
Não dá para ser cheio do espírito Santo e viver no natural.
Aquele banheiro tem se tornado o palco de grandes experiências com Deus.
Ela continua trabalhando, continua orando, continua lutando.
Um banheiro, um trabalho e uma moça que chora de joelhos.
Rodrigo Siza