A Prova
Era terça feira, inicio da noite, as crianças já haviam se recolhido, na sala, provas espalhadas, algumas corrigidas, outras por corrigir, o prazo já se esgotando e as cadernetas precisavam ser entregues na manhã seguinte.
Em alguns momentos o semblante da professorinha era de alegria, e num virar de páginas, decepção. Seus pensamentos giravam em torno dos resultados, ela acreditava na profissão, na didática empregada para exerce-la, mas não compreendia o abismo entre ensinar e aprender ou aprender e ensinar.
A chegada de seu marido naquela noite não lhe desviou a atenção da empreitada, porém o homem se fez notar com uma pergunta sobre um nome:
- Você conhece Luciano?
A resposta soou natural: - “Acabei de corrigir a prova dele”. E foi logo interrompida, notando que havia algo de estranho naquela conversa, e certamente não haveria conexão entre seu aluno de onze anos de idade e o tal Luciano a que o marido se referia.
O marido entrou pela casa sem nada mais dizer, enquanto a esposa voltou sua concentração para a tarefa que tinha urgência em ser finalizada, até que o telefone toca, ela atende após o terceiro toque e ouve quando o marido tira a extensão do gancho, não era costume, mas naquele instante, ele permaneceu ouvindo a conversa.
- Boa noite, eu preciso falar com Roberta, ela está?
- Quem gostaria?
- É Luciano!
Ouviu sem ação, lembrando da pergunta do marido minutos antes da ligação.
- Pode falar, é ela!
- Você não lembra de mim? Nos conhecemos no comício, você me deu o número, só que caiu na casa da sua cunhada, que atendeu e me passou esse, inclusive pediu que ligasse nesse horário.
A surpresa ao ouvir o tal “Luciano” a deixou apreensiva, percebeu tratar de algum equívoco, pois nunca gostou de aglomerações e jamais esteve em comícios.
Tentou avisar que era engano, mas não teve tempo, ouviu um forte estrondo e caiu manchando de sangue as provas que permaneciam na sala, agora únicas provas de um bárbaro crime.
Era terça feira, inicio da noite, as crianças já haviam se recolhido, na sala, provas espalhadas, algumas corrigidas, outras por corrigir, o prazo já se esgotando e as cadernetas precisavam ser entregues na manhã seguinte.
Em alguns momentos o semblante da professorinha era de alegria, e num virar de páginas, decepção. Seus pensamentos giravam em torno dos resultados, ela acreditava na profissão, na didática empregada para exerce-la, mas não compreendia o abismo entre ensinar e aprender ou aprender e ensinar.
A chegada de seu marido naquela noite não lhe desviou a atenção da empreitada, porém o homem se fez notar com uma pergunta sobre um nome:
- Você conhece Luciano?
A resposta soou natural: - “Acabei de corrigir a prova dele”. E foi logo interrompida, notando que havia algo de estranho naquela conversa, e certamente não haveria conexão entre seu aluno de onze anos de idade e o tal Luciano a que o marido se referia.
O marido entrou pela casa sem nada mais dizer, enquanto a esposa voltou sua concentração para a tarefa que tinha urgência em ser finalizada, até que o telefone toca, ela atende após o terceiro toque e ouve quando o marido tira a extensão do gancho, não era costume, mas naquele instante, ele permaneceu ouvindo a conversa.
- Boa noite, eu preciso falar com Roberta, ela está?
- Quem gostaria?
- É Luciano!
Ouviu sem ação, lembrando da pergunta do marido minutos antes da ligação.
- Pode falar, é ela!
- Você não lembra de mim? Nos conhecemos no comício, você me deu o número, só que caiu na casa da sua cunhada, que atendeu e me passou esse, inclusive pediu que ligasse nesse horário.
A surpresa ao ouvir o tal “Luciano” a deixou apreensiva, percebeu tratar de algum equívoco, pois nunca gostou de aglomerações e jamais esteve em comícios.
Tentou avisar que era engano, mas não teve tempo, ouviu um forte estrondo e caiu manchando de sangue as provas que permaneciam na sala, agora únicas provas de um bárbaro crime.