Podia ser altas dozes de maldade

Orlando viajava em seu carro, não tranquilamente, porque teria que resolver assuntos importantes em outra cidade. Talvez esse não tranquilamente que o fez ultrapassar um veículo de maneira não muito certa. Ele pensou um pouco:

--- Nossa! Mas agora já está feito!...

Com isso até diminuiu a velocidade, só que o veículo que ele tinha ultrapassado, o alcançou e uma voz estridente, nervosa ao extremo dizia:

--- Seu babaca, seu merda e mais palavrões.

Orlando se contorceu na hora, a raiva estava tomando conta de todo o seu ser. Na hora pensou em alcançar o seu ameaçador e com certeza lhe daria uma boa surra, sabia que não era impossível, tinha visualizado que era um indivíduo que não lhe seria páreo, ainda mais que ele sendo um policial de elite, com comprovado de alto poder de defesa. Estava pronto para praticar o intento, mesmo sabendo que no carro do cara ameaçador estava uma mulher e um menino, talvez esposa e filho.

Mas em questão de segundos lembrou dos conselhos de seu pai:

--- Filho, talvez algum dia aconteça de defrontar com momentos de intensa revolta, uma raiva parecendo quase incontrolável, deves fazer o seguinte:

--- Conte até dez, calmamente se possível até mesmo com menos da contagem dos segundos, te digo, filho, no final a raiva tende a desaparecer. Se não desaparecer, talvez você precise de ajuda, mas tente.

Aquela voz, mas tente ia tornando um foco na mente de Orlando e faz exatamente isso, a contagem decisiva. Por um toque parecendo mágica, a raiva desaparece. Naquele instante ele sente uma paz inebriante, seu cérebro adianta o que poderia acontecer se ele continuasse no seu intento no momento da raiva, ele alcançaria o rapaz, a briga começava e daria uma lição no indivíduo, mas um pai seria humilhado na presença do filho, o desespero da esposa seria iminente e o pior poderia haver uma morte ou várias mortes se eles tivessem armados, de todo jeito várias pessoas destruídas.

Orlando continua a pensar:

--- Graças a Deus você, meu pai, foi meu anjo protetor que me orientou, porque a raiva é a companheira da maldade, quantas tragédias podem ser evitadas se por um momento o ódio não for controlado.

Fim.

FELIZ DIA DOS PAIS DO MUNDO INTEIRO E COM CERTEZA DESTE BELO RECANTO TAMBÉM...

José Lourenço Florentino
Enviado por José Lourenço Florentino em 11/08/2018
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