Coisas da vida
Quando era criança, ainda me lembro, eu costumava brincar na casa de uns colegas vizinhos eram três carinhas muito bacanas bem educados, às vezes também iam a minha casa. Eu era um pouco mais velho que o maior deles, não muito, um ano, mais ou menos.
Lembro-me bem, tínhamos poucos brinquedos de fábrica, mas imaginação era o que não nos faltava, inventávamos um monte de coisas - dentre outras, fazíamos assim: amarrávamos um cordão numas latas de leite cheias de pedras e elas se tornavam uma caçamba, um ônibus, senão outro tipo de veículo, e brincávamos na imaginação como se aquilo fosse.
Dos brinquedos fabricados, eu tinha um Jeep amarelo que havia ganhado num natal na secretaria onde minha mãe trabalhava brinquedos doados por Gilberto Mestrinho, era o que eu mais gostava.
Certo dia eu o esqueci na casa de meus amigos, sem lembrar, pensei que o havia perdido ou que alguém o tivesse tirado de mim, não sei. Passaram-se alguns dias e ao voltar na casa deles, vi que estava ali com eles e o menorzinho já o considerava seu, a mãe dele disse assim: – ele não larga esse Jeep, parece até que é dele. No primeiro instante fiquei super contente de rever aquele brinquedo que tanto eu gostava, me aproximei do molequinho e começamos a brincar juntos, mas percebi que ele já estava com um ciúme enorme daquele Jeepinho.
Quando estava pra ir embora pra casa eu disse pra ele, - vou levar tá bom? Ele estendeu as duas mãozinhas e me entregou, eu levantei me dirigi pra porta, mas antes de abri-la olhei pra trás, ele estava lagrimando e o semblante de seu rosto era de uma tristeza profunda, aquilo me rasgou o coração, então eu pensei: - esse brinquedo não é mais meu, voltei-me e dei pra Ele – Eu disse: - tome é seu! Ele ficou tão contente, de repente seu rosto se modificou, enxugou as lágrimas e abraçou o Jeepinho no seu peito como se o recebesse no coração. Eu abri a porta e fui embora pra casa, depois chorei um pouco, mas passou, fiquei feliz por que entendi que ele gostava mais do brinquedo que eu e me penitenciei pensando, - não devia ter me esquecido dele naquela vez.
Tem coisas assim, a gente não cuida quando perde não tem mais jeito, por um motivo ou outro já não lhe pertence mais.
Lembro-me bem, tínhamos poucos brinquedos de fábrica, mas imaginação era o que não nos faltava, inventávamos um monte de coisas - dentre outras, fazíamos assim: amarrávamos um cordão numas latas de leite cheias de pedras e elas se tornavam uma caçamba, um ônibus, senão outro tipo de veículo, e brincávamos na imaginação como se aquilo fosse.
Dos brinquedos fabricados, eu tinha um Jeep amarelo que havia ganhado num natal na secretaria onde minha mãe trabalhava brinquedos doados por Gilberto Mestrinho, era o que eu mais gostava.
Certo dia eu o esqueci na casa de meus amigos, sem lembrar, pensei que o havia perdido ou que alguém o tivesse tirado de mim, não sei. Passaram-se alguns dias e ao voltar na casa deles, vi que estava ali com eles e o menorzinho já o considerava seu, a mãe dele disse assim: – ele não larga esse Jeep, parece até que é dele. No primeiro instante fiquei super contente de rever aquele brinquedo que tanto eu gostava, me aproximei do molequinho e começamos a brincar juntos, mas percebi que ele já estava com um ciúme enorme daquele Jeepinho.
Quando estava pra ir embora pra casa eu disse pra ele, - vou levar tá bom? Ele estendeu as duas mãozinhas e me entregou, eu levantei me dirigi pra porta, mas antes de abri-la olhei pra trás, ele estava lagrimando e o semblante de seu rosto era de uma tristeza profunda, aquilo me rasgou o coração, então eu pensei: - esse brinquedo não é mais meu, voltei-me e dei pra Ele – Eu disse: - tome é seu! Ele ficou tão contente, de repente seu rosto se modificou, enxugou as lágrimas e abraçou o Jeepinho no seu peito como se o recebesse no coração. Eu abri a porta e fui embora pra casa, depois chorei um pouco, mas passou, fiquei feliz por que entendi que ele gostava mais do brinquedo que eu e me penitenciei pensando, - não devia ter me esquecido dele naquela vez.
Tem coisas assim, a gente não cuida quando perde não tem mais jeito, por um motivo ou outro já não lhe pertence mais.