Deus, que Belo Horizonte!
Tratava-se de uma manhã,
Como outra qualquer.
Despertei-me.
Ao meu lado, lindamente,
Dormia ainda
Minha amada.
Levantei-me cuidadoso,
Calcei as sandálias,
Deixei o aposento.
Dirigi-me ao banheiro,
Aspecto sonolento.
Higienizei-me.
Banho tomado,
Maior desenvoltura,
Subi à cobertura.
Olhar panorâmico,
Cadê as montanhas!?
Lá estavam ontem!
Pensei, por um instante,
Tratar-se de um sonho.
Equivoquei-me.
As vizinhas monteses
Dali não se mudaram.
Poluentes agiam no ar.
Ufa! E o vento cooperou.
Posso contemplá-lo de novo:
Deus, que Belo Horizonte!