NO CAMINHO DASFORMIGAS

NO CAMINHO DAS FORMIGAS

Estava eu ajudando a velha Ana a fazer compras no mercado. Ao enchermos o carrinho nos dirigimos ao caixa. Ficará eu no corredor q dava entre os dois caixas, ela enviará por trás da atendente converando alegremente com a moça. Bastou um descuido da funcionária a velha meteu a mão dentro da caixa registradora e puxou um maço de notas de cem, cincoenta e vinte reais enviando o pocote no bolço de meu avental.

Dizendo me q aquilo era p meu trabalho.

Me deseperei.

Como uma velhinha tão amavel poderia fazer aquilo.

Ela tranquilamente pagou as compras e c uma frieza nos nervos beijou o rosto da moça por três vezes assim como fez Judas ao salvador.

O terror tomou conta de mim, nunca havia furtado nada em minha vida agora levava em meu bolso o fruto de um enorme prejuízo p uma pessoa.

Do caixa ate a saída do mercado pareceu uma eternidade. As pessoas q cruzavam comigo pareciam olhar me recriminando minha ação. minhas mãos tremiam sobre o carrinho de compra e a velha em sua frieza cumprimentava a todos parecendo conhecer los.

Ao sair do mercado fui até o carro da velha um fusca Branco q estava mal estacionado. Coloquei suas compras no banco de trás. Pedi lhe uma carona p sair logo daquele lugar. Ela me negou dizendo:

"Se vire malandro"

Saindo em alta velocidade e dando gargalhadas sinistras parecendo o riso do diabo.

Estava sozinho no meio do enorme estacionamento tudo girava ao meu redor. Pensei em voltar e entregar o dinheiro a funcionária do caixa.

"Não, como poderia explicar me".

Subi a rua da direita olhando p trás,

Meti a mão no bolso em q estava o dinheiro, senti o volume das notas.

Do Alto da rua dava p ver o estacionamento do mercado, vi uma movimentação de seguranças olhando todos os lados e a pobre da funcionária desesperada junto deles.

Meu coração disparou continuei a andar, ao virar a esquerda vi o carro da velha parado e a ladra conversando com um policial.

Pensei:" pronto ela está me entregando"

Voltei, peguei o primeiro ônibus q passou.

Desci três quadras a frente, quando olhei para atravessar a velha estacionou ao meu lado, sorriu me, sua boca tinha apenas dois dentes.

Arrancou de novo em alta velocidade.

Pensei em ir p casa, mas de tanto desespero esqueci me de onde morava.

Passei em frente a delegacia de Polícia pensei em me entregar,

Mas desiste ao ver dois policiais espantando um mendigo q roubara um pão na padaria. Estava parado no meio da rua, quando virei vi de relance um caminhão em alta velocidade vindo em minha direção, apenas escutei o ranger dos pneus e pude sentir um gosto de sangue em minha boca e na ânsia de fugir da morte arranquei o maço de notas do bolso no baque com o parachoque as notas se soltaram e se espalhou no meio da avenida vi uma multidão de pessoas se agarrando p pegar o dinheiro n chão e eu la estatelado sem socorro nenhum. Apenas senti q partia e agora estou aqui nesse purgatório p pagar o meu pecado por querer ajudaraquela velhinha e agora sei q até os canalhas também ficam velhos.R.p

Crisol
Enviado por Crisol em 24/07/2018
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