Reflexões de um escritor
Sentado em frente ao computador com sua caneca de café do lado ele estava tentando escrever alguma coisa, porém nada vinha, seus pensamentos estavam igual a página do editor de texto do computador, estavam em branco.
Ele levantou com a caneca na mão, foi até o bar e serviu uma dose de whisky. Bebeu um gole e apreciou o sabor da mistura, nesse momento lembrou da voz da sua ex falando: “Que maluquice, misturar café com essa coisa! ”
Sorriu e pensou nos momentos bons que viveu com ela, e lembrou também dos momentos ruins e dos motivos para não estarem mais juntos, mas mesmo com os momentos ruins ele pensou que tudo tinha valido a pena.
Pegou o celular, colocou uma playlist aleatória no Spotify e curtiu um pouco bebendo sou café “especial”. Depois de ouvir umas duas músicas, a terceira foi de uma banda que é ele conheceu por causa de uma amiga, conheceu não, descobriu que as músicas eram dessa banda. Lembrou dos momentos bons junto com essa amiga e tudo que ela tinha mostrado para ele, deu um sorriso de satisfação por ter conhecido essa amiga.
Terminou de beber se café e sentou novamente em frente ao computador e de repente sentiu um perfume, um perfume que fez ele voltar no tempo mais de 15 anos. Fez ele lembrar de uma amiga, uma namorada, uma pessoa que ele não conseguia nominar o tipo de relacionamento que eles tiveram. Mas ele lembrou com uma nostalgia boa, um sentimento de saudade.
Essa saudade fez com que seus pensamentos voassem pelas brumas do tempo, recordou todas as mulheres que passaram pela sua vida, aquelas que ele viveu algo, aquelas com quem apenas trocou olhares na rua, e aquelas que nunca sairiam de seu pensamento.
Ele sentiu um calor no peito, que poderia ser o whisky “falando”, mas ele sabia que não. Era o sentimento que sentia por todas essas mulheres, de formas diferentes e intensidades diferentes. Esse era um sentimento que as pessoas tinham medo de denominar, e que davam outros nomes, mas eram apenas facetas do mesmo.
Agora ele já sabia sobre o que escrever, tinha um tema, o mais escrito na história. Só falta saber que faceta iria abordar.