MEU MAIS NOVO VIZINHO
Uma manhã que parecia ser como todas as outras, mas neste dia o Sr. João também caminhava, já voltava a sua casa, quando encontrou com o Sr. Marcos e lhe revelou que estava com muita sede, já que naquele dia esquecera sua garrafa. Sua vontade era tão grande que não percebeu que tinha um Pálio parado próximo de sua casa. Cumprimentou o Sr. Marcos rapidamente e continuou. Sua sequidão era tão grande que entrou pela porta indo direto para a geladeira, logo que sacia a sua sede percebe ao olhar pela janela que havia um carro parado próximo a sua casa, e que ele não era de seus vizinhos, pois ele conhecia cada carro, e sabia as suas placas. A passos largos, e agitado, volta, e da varanda fica olhando para aquele que poderia ser mais um carro. Ansiosamente, cismado e com certo desconforto fica olhando. Mas...logo, vira assustado, pois tinha um invasor em sua varanda.
Cumprimentou-o espantado, tendo o homem logo se achegado e com uma voz alta, e rouca, diz:
Senhor, eu sou o Jorge, marido da senhora Anátasia.
Somos novos aqui na vizinhança, e a muito estimo em conhecê-lo. Vejo-o sair dia, sim, dia, não para as suas caminhadas, mas nunca vi sua senhora.
Não a conhece! Atemorizado e perturbado, o Sr. João o insulta com palavras de baixíssimo escalão dizendo...
- Senhor!...
- Seu Jorge deu uma para trás, e disse:
- Alto lá!
- O Sr. não me conhece como podes me insultar desta maneira?
Sr. João percebendo que o seu mais novo vizinho tivera alterado também a voz, apanha sua espingarda, que ficava pendurada ao lado da porta, e sem vacilar, a ergue e aponta para Jorge, dizendo:
- Ou o senhor há deixar a minha casa, ou irá morrer aqui como bicho!
- Mas, senhor, disse Jorge..., que motivo o senhor teria para cometer tal ato?
- Que motivo! Esta é boa! Pois que motivo maior eu teria senão o de acusá-lo de invasão de propriedade?
- Que juiz não me asseguraria este direito?
- Na minha residência o juiz sou eu.
- Saia e não me faça perder as estribeiras.
- Creio que o senhor está enganado, e que logo se arrependerá.
- Enganado? Quem? Eu? Arrepender-me?
- Minha casa, disse apontando para ela.
- E, a sua onde está? Não vi nenhuma placa de venda, conheço todos os meus vizinhos, sei quem está viajando e quem está trabalhando.
- Não, não...o senhor não é meu vizinho, saia daqui agora!
- Jorge, então, pensou: Como escapar deste dilema?
Continua...