Acesso Restrito

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Por contingências da vida, que por vezes nos coloca numa verdadeira “sinuca de bico”.
Situações difíceis, de interpretações dúbias e sem perspectivas de solução de curto, ou até médio prazo, causando-nos uma angústia e um desespero tamanho que preferimos estancar esta hemorragia da forma mais lacerante possível.
Situações estas que vão nos minando por dentro e por fora e medindo à todo tempo nossa paciência e para muitos balançando até mesmo a Fé.

  Em uma tarde chuvosa, Débora, uma jovem senhora se encontra a beira de um fim de relacionamento que fez, os seus exatos três anos, tornarem-se um inferno e o seu pior pesadelo.
  Nivaldo, o esposo, um acomodado que nunca passava de alguns poucos meses nos empregos em que com muito pouca vontade arrumava, trazia neste negativo particular também as características de ser um grande covarde, pois judiava demais daquela boa mulher, com agressões morais e físicas, inclusive.
  Débora era quem sustentava literalmente a casa que por sinal, nem própria era.
  Pagamentos de aluguéis em débito empilhando-se, ameaças e pedidos para que deixassem as residências, por parte dos proprietários foram ficando comuns e rotineiras.
  ...contas e mais contas não pagas, junto à covardia do marido fizeram Débora tomar uma difícil, mas inadiável decisão.
  Decide pôr um fim á esse tormento, que nem mais podia-se chamar de vida, ou mesmo um casamento.
  Fácil, fácil..., nunca é uma decisão destas, mas sabia ela que se fazia urgente e irremediavelmente necessária tomá-la.
  Este dia, embora de certa forma preparado e esperado, chega e mexe demais com Débora, pois tinha aí nesta sofrida história, envolvido um filhinho de pouco mais de dois aninhos, que certamente iria sofrer com esta separação.
  Mas, o fato é de que mesmo sem entender, por inúmeras vezes este anjinho presencia sua mãe zelosa, ferida e chorando, depois de ser agredida pelo pai.
  Sem poder mais postergar esta decisão ela coloca as cartas mais que claras, na mesa.
  A reação do esposo foi a pior possível e nada de diferente disso se esperaria desse cidadão que aos gritos tenta intimidar a esposa com seu palavriado comum e grosseiro, mas tudo em vão, ela está mais que irredutível, está á muito... horrorizada e enojada deste convívio lacerante.
  Fez o que queria e devia ser feito , mas até para ela isso não foi nada confortável fazer, tinha ainda tinha o seu anjinho...!
  Depois disso arrasada e pensativa pelo que viria após isto, bate um desespero de dar dó e Débora sai parando com seu carro, velhinho e acabado, mas adquirido por seu suor, sobre um reservado espaço restrito á deficientes físicos.
  Nesta hora, de forma “admiravelmente rápida e instantânea”, surge uma viatura policial, em punho um bloco e uma caneta, pronto lá vem a impiedosa multa, por ter estacionado em local visivelmente proibido.
  Nervosa e aflita por todos os problemas que carrega, Débora tenta questionar em vão aquela penalização, mas como disse uma tentativa inócua.
  Atônita e chorando também por isso, Débora nem se dá conta que à seu lado se encontra um senhor bem apessoado, elegante e educado, sem uma das pernas e tentando reverter aquela situação, pois acompanhava por quase meia hora de dentro de seu carro parado bem atrás dela na qual percebeu todo desespero, visível, daquela mulher.
  Ele percebera por intuição tratar-se de algo familiar ou coisa do gênero, mas intuía ser grave como de fato era mesmo!
  Sem conseguir reverter aquela infração, ele a acompanha até o posto policial mais próximo para tranquilizá-la pagando sua fiança, além dessa multa posteriormente.
  Débora sem conhecê-lo, mesmo assim sabe não podia recusar esta ajuda, que parecia ter caído do céu.


Como tudo sempre tem um por quê, veremos que depois de passar por esta adversidade da vida, enfim parece que Deus reserva a Débora um futuro bem diferente e bem melhor, assim como veremos á seguir adiante...................................................x.....................continua..................................x....................x...............x........