Zona de conforto
Zona de conforto
Meu dia amanheceu assim: Meio que nebuloso, opaco, sem cores e amores. Num misto recheio, de pudores e despudores. Sombrio, vagueio em absortos escondidos, perdidos pensamentos... Vivo andando ao léu, ermo em totais desencontros e desconfortos, onde meu próprio ser; perdeu-se, esvaiu-se, de si.
Não quero ainda abrir meus olhos, carregados na inércia do meu sono, deixando que apenas uma penumbra, alicie esse momento vivido...! Quieto; encontro-me imerso, numa profunda introspecção...! Paro, penso, reflito... Interrogo-me...!É de o meu feitio deixar o barco a deriva...? Não, sei que não assim...! Sei de cor e salteado, que realidade é nua, dura e crua, não me dando chances, nem o direito de abster-me, dos propósitos de minha vida. Meu dia amanheceu assim: meio que nebuloso, opaco, sem cores, amores. Sem sabores... Mesmo com tudo isso, é meu dever, prosseguir... prosseguir...prosseguir...! Lá fora, lá fora ainda há um sol, um sol ardente, reluzente, radiante...!
Apto a dissipar a nébula, contida no meu ser.
Com certeza, os raios desse sol, transpassarão o opaco temporário, que há em mim. Os amores estão lá fora, a vida está lá fora...! Viver... viver é muito mais, muito mais, que um quarto escuro e momentos sombrios. Depende então, de mim... só de mim... esse momento de angústia, romper...!
E dentro do meu espaço de tempo, viver, viver...Sobreviver...!
Aprendi que tudo na vida, efêmero o é...! Onde na mesma cartilha, aprendi também, que a vida, é uma breve passagem. As vaidades mundanas e os ímpios sentimentos, não passam de “Meras frações, de tempo Perdido”.
Adilson Tinoco