E então a família aumentou

Natalia, garotinha encantadora de quatro anos, filha única, sempre sonhava em ter mais irmãos, pois sempre brincava sozinha, e em sua rua não havia crianças da sua idade e ainda não ia a escola.

Apesar da pouca idade, sua mãe a criava com certa independência, já havia tirado a mamadeira e tentava substituir a chupeta por brinquedos novos. Natalia era uma criança feliz, mas sentia falta de uma companhia para brincar com suas bonecas.

Certa vez, como que num sonho impossível, a mãe chega em casa com um bebê, enrolado numa manta amarela de tricô, mas era um bebê grande, Natalia ficou curiosa:

- Mamãe, você trouxe um irmãozinho pra mim? – Saltitava de alegria

- Sim filha, essa é sua nova irmã, o nome dela é Simone.

- Mas mamãe, sua barriga nem cresceu, como que a irmãzinha já nasceu tão rápido?

- Simone já nasceu há mais de um mês, mas nasceu em outra barriga, como a mamãe dela não pode ficar com ela, Deus permitiu que ela fizesse parte da nossa família, mas é como se ela tivesse nascido de mim, ela é sua irmã, está bem?

Natalia ficou um tempo sem entender toda aquela explicação, mas de uma coisa tinha certeza, não importava como, finalmente sua mãe lhe deu a irmãzinha tão desejada.

Toda noite, antes de dormir, Natalia ficava a observar até Simone pegar no sono:

- Mamãe, não tenho mais chupeta, mas posso pegar da irmãzinha, só um pouco?

E assim foi por muitas noites, a bebê adormecia no berço de vime, ao lado, sentada no chão e rodeada por brinquedos, sua irmã a cuidava, com um amor que só crescia. Aquela criança inocente, com aquela olhar de pureza e ternura, esperava ansiosamente o momento que pudessem brincar, correr na grama, brincar no barro, dividir suas bonecas, só elas, juntas, Simone e Natalia.

Daniela Farias de Souza
Enviado por Daniela Farias de Souza em 06/03/2018
Reeditado em 06/03/2018
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