Não sai daqui

Sabe quando você vê algo que te marca de forma especial, nem você sabe como, nem onde foi?

Pois é!!!

Foi assim...

Chegou daquele jeito que nem sei, marcou de forma forte e ponto. Só consigo lembrar de um vento forte, rápido....

De repente estava eu marcado e admirado de ter sido tão assim, natural, fácil demais. Melhor tentar explicar do que dificultar.

Estava eu quieto em casa, sabendo que coisas podiam acontecer, mais nada dessa natureza. E interpelado por dois deletérios segui um caminho que não havia trilhado para mim, mesmo assim, fui. Me deixei ir já que não tinha perspectiva de coisas melhores, nem mais emocionantes, parei três vezes, o caminho do conhecer é assim, longo, árduo, imprevisível. Fui e só, mesmo sem estar.

Chego me estabeleço e até acredito que aquilo ali me basta, primeiro ato falho. Espero, ansioso e transpasso, segundo ato falho. Olho e admiro distante e até muito próximo, pronto nem tem terceiro ato falho, é merda mesmo!

O pior das conseqüências melhores é que gosto, e me permito cada vez mais, finjo não ver nem sentir, já que sou sério, reto e convexo ao que vejo.

Poeticamente falando, me ferrei.

A droga do vento que me persegue toda a vida, chega e num arrebate de sentimentos dos quais nem tenho idéia, me atira a um muro de frases desconhecidas e formas curvas sabidas por outros.

Que loucura não é? Você vai pra lugar que não sabe qual, com pessoas que sabe quem, conhecer algo que não espera para sentir coisas inesperadas, em curvas sinuosas de estradas que jamais percorreu. Pense num cara doido.

Quer dizer é um doido, mas doido no sentido de que se permite isso tudo e nem usa uma proteção, uma capa ou carapaça tartaruguiana que de certa forma possa livra-lhe de todo esse acidente. Tudo bem, nem tudo na vida é programado. Pra que delphi, se existe o Word?

E agora, as conseqüências do fato que impregnou em si, vêm como tisuname na costa do marfim, terremoto no golfo, disparidades e mais disparidades, transtornos quebra-molas chegados não por idade, mas sim pela droga do vento que bate de forma louca, sem saber o que foi, o que traz, principalmente o que leva.

Tino Neto
Enviado por Tino Neto em 23/08/2007
Código do texto: T620047
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