MINHA CUNHADA DANDARA
Recordo-me do perfume de Dandá. Ela na sala, sentada ao lado de minha namorada, Ester. Dandá usava um vestido cor de vinho, que deixava as suas curvas expostas. Tão bela era Dandá, irmã de minha namorada.
Saímos para o baile anual do Clube Almenara. Entramos no salão, fomos até a mesa que nos foi reservada. No trajeto, olhos machos caíram sobre Dandá, dezessete anos, irmã de minha namorada. Ela sorria, aqueles dentes perfeitos, aquela boca carmim, aquela língua insana talvez. De dezessete anos, a boca de Dandá.
A banda tocava músicas dos anos 60. Veio o Valdo, chamou Dandá, foram dançar. Ester disse vamos. Não quis. Aleguei cansaço. Dor de cabeça. Febre. Dandá e Valdo se agarravam no salão. A música, insana.
Pedi uma cerveja. "Para que viemos, então?". A pergunta de Ester doeu em mim. Tomei uns goles de cerveja. Meus olhos vigiavam Dandá e seu vestido e sua boca e as mãos de Valdo.
"Vamos dançar!". Peguei Ester pela mão e fomos para o salão, mostrar para Dandá como é que se dança. E dançamos. Mas Dandá nem te ligo.
Valdo se foi, veio Paulinho. Dandá e Paulinho rodopiaram pelo salão.
Ester foi ao toalete.
Dandá veio e bebeu, de uma golada, um copo de cerveja. O suor escorrendo até os seios dela. E meus olhos lá, mesmerizado.
Perguntei: "quer dançar?". Dandá: "por que não, cunhadinho?". E fomos. A banda atacou uma canção mela-cueca. Meu Deus! Dandá encostou a cebeça em meu peito. E tive de me concentrar para não entregar os pontos.
Ester chegou do toalete. Olhei para ela, que sorriu e balançou a cabeça. Senti-me mais tranquilo.
Voltamos à mesa. "Dandá convence qualquer um, né? É uma menina elétrica!". Ester amava a sua irmã caçula. Eu também.
Bebemos muito naquela noite.
Principalmente Ester.
Com muito cuidado, dirigi até a casa de Ester e Dandá. Minha namorada não suportou o tranco: dormiu ao meu lado. No banco de trás, Dandá cantarolava. Chegamos.
Pedi ajuda a Dandá. A casa às escuras. O pai e a mãe das duas dormiam o sono dos justos, no segundo piso. Com cuidado, Dandá e eu levamos o corpo bêbado de Ester até o quarto. Quis deitá-la na cama e ir embora logo: um desconforto imenso crescia em mim. Talvez o excesso de cerveja. Talvez o desamparo de Ester. Talvez a presença de Dandá. "Não vá agora! Me ajuda a dar um banho nela..."
"Como?"
"Ela tá toda suada, babada. Quer que ela durma assim?", e começou a tirar a roupa de Ester. E tirou tudo.
Ao ver minha cara de espanto, Dandá riu: "vocês nunca treparam não, é? Ou a coisa foi no escuro?". Gaguejei, buscando uma resposta, mas ela sussurrou: "Ester já me contou tudo..."
O quarto em que as duas dormiam era uma suíte. O banheiro era pequeno, mas bastante aconchegante. Entramos, colocamos Ester debaixo do chuveiro. A água a despertou e ela falou algo intraduzível.
Depois do banho, Dandá a enxugou. E disse: "amanhã, quando ela souber o que aconteceu aqui, vai morrer de vergonha. Mas vou dizer que você se comportou como um cavalheiro!"
Ri e disse: "obrigado, Dandá!"
Vestimos uma camisola em Ester e a deitamos em sua cama. Terminado o trabalho, olhei para Dandá e disse que era melhor não falar nada. Ester poderia não gostar de ter sido tratada feito uma bêbada. Dandá: "tudo bem!". E, talvez sem pensar muito, tirou o vestido cor de vinho, úmido de suor e da água do chuveiro.
Virei os meus olhos para o lado, envergonhado, surpreso.
"Que foi? Sou tão feia assim?", disse sorrindo Dandá. "Você é como um irmão pra mim, viu?"
De costas para mim, tirou o sutiã. Aquele corpo diante de mim exalava a pecado. Respirei fundo para não perder o senso. Pegou a toalha que enxugara Ester e se enrolou. Ainda de costas, tirou a calcinha. Vermelha. Linda. Pequena.
Saí do quarto com as pernas bambeando. Abri a porta da casa e notei que Dandá me seguia, para trancar a casa.
Saí e, na rua, o vento frio me despertou o juízo. Olhei para trás e vi Dandá enrolada na toalha e sorridente.
"Foi uma bela noite, não foi?", a voz de Dandá parecia uma canção.
"Com certeza, Dandá. Com certeza!"
Entrei em meu carro e segui para minha casa.
No outro dia, Ester me ligou. Aparentemente Dandá não lhe falou sobre o banho. Mas as mulheres gostam de partilhar informações. E fiquei na dúvida.
À noite, após a aula do cursinho, Ester e eu fomos ao meu apartamento. Transamos.
Eu fechava os olhos e via Dandá de calcinha vermelha, me chamando para dançar.
Recordo-me do perfume de Dandá. Ela na sala, sentada ao lado de minha namorada, Ester. Dandá usava um vestido cor de vinho, que deixava as suas curvas expostas. Tão bela era Dandá, irmã de minha namorada.
Saímos para o baile anual do Clube Almenara. Entramos no salão, fomos até a mesa que nos foi reservada. No trajeto, olhos machos caíram sobre Dandá, dezessete anos, irmã de minha namorada. Ela sorria, aqueles dentes perfeitos, aquela boca carmim, aquela língua insana talvez. De dezessete anos, a boca de Dandá.
A banda tocava músicas dos anos 60. Veio o Valdo, chamou Dandá, foram dançar. Ester disse vamos. Não quis. Aleguei cansaço. Dor de cabeça. Febre. Dandá e Valdo se agarravam no salão. A música, insana.
Pedi uma cerveja. "Para que viemos, então?". A pergunta de Ester doeu em mim. Tomei uns goles de cerveja. Meus olhos vigiavam Dandá e seu vestido e sua boca e as mãos de Valdo.
"Vamos dançar!". Peguei Ester pela mão e fomos para o salão, mostrar para Dandá como é que se dança. E dançamos. Mas Dandá nem te ligo.
Valdo se foi, veio Paulinho. Dandá e Paulinho rodopiaram pelo salão.
Ester foi ao toalete.
Dandá veio e bebeu, de uma golada, um copo de cerveja. O suor escorrendo até os seios dela. E meus olhos lá, mesmerizado.
Perguntei: "quer dançar?". Dandá: "por que não, cunhadinho?". E fomos. A banda atacou uma canção mela-cueca. Meu Deus! Dandá encostou a cebeça em meu peito. E tive de me concentrar para não entregar os pontos.
Ester chegou do toalete. Olhei para ela, que sorriu e balançou a cabeça. Senti-me mais tranquilo.
Voltamos à mesa. "Dandá convence qualquer um, né? É uma menina elétrica!". Ester amava a sua irmã caçula. Eu também.
Bebemos muito naquela noite.
Principalmente Ester.
Com muito cuidado, dirigi até a casa de Ester e Dandá. Minha namorada não suportou o tranco: dormiu ao meu lado. No banco de trás, Dandá cantarolava. Chegamos.
Pedi ajuda a Dandá. A casa às escuras. O pai e a mãe das duas dormiam o sono dos justos, no segundo piso. Com cuidado, Dandá e eu levamos o corpo bêbado de Ester até o quarto. Quis deitá-la na cama e ir embora logo: um desconforto imenso crescia em mim. Talvez o excesso de cerveja. Talvez o desamparo de Ester. Talvez a presença de Dandá. "Não vá agora! Me ajuda a dar um banho nela..."
"Como?"
"Ela tá toda suada, babada. Quer que ela durma assim?", e começou a tirar a roupa de Ester. E tirou tudo.
Ao ver minha cara de espanto, Dandá riu: "vocês nunca treparam não, é? Ou a coisa foi no escuro?". Gaguejei, buscando uma resposta, mas ela sussurrou: "Ester já me contou tudo..."
O quarto em que as duas dormiam era uma suíte. O banheiro era pequeno, mas bastante aconchegante. Entramos, colocamos Ester debaixo do chuveiro. A água a despertou e ela falou algo intraduzível.
Depois do banho, Dandá a enxugou. E disse: "amanhã, quando ela souber o que aconteceu aqui, vai morrer de vergonha. Mas vou dizer que você se comportou como um cavalheiro!"
Ri e disse: "obrigado, Dandá!"
Vestimos uma camisola em Ester e a deitamos em sua cama. Terminado o trabalho, olhei para Dandá e disse que era melhor não falar nada. Ester poderia não gostar de ter sido tratada feito uma bêbada. Dandá: "tudo bem!". E, talvez sem pensar muito, tirou o vestido cor de vinho, úmido de suor e da água do chuveiro.
Virei os meus olhos para o lado, envergonhado, surpreso.
"Que foi? Sou tão feia assim?", disse sorrindo Dandá. "Você é como um irmão pra mim, viu?"
De costas para mim, tirou o sutiã. Aquele corpo diante de mim exalava a pecado. Respirei fundo para não perder o senso. Pegou a toalha que enxugara Ester e se enrolou. Ainda de costas, tirou a calcinha. Vermelha. Linda. Pequena.
Saí do quarto com as pernas bambeando. Abri a porta da casa e notei que Dandá me seguia, para trancar a casa.
Saí e, na rua, o vento frio me despertou o juízo. Olhei para trás e vi Dandá enrolada na toalha e sorridente.
"Foi uma bela noite, não foi?", a voz de Dandá parecia uma canção.
"Com certeza, Dandá. Com certeza!"
Entrei em meu carro e segui para minha casa.
No outro dia, Ester me ligou. Aparentemente Dandá não lhe falou sobre o banho. Mas as mulheres gostam de partilhar informações. E fiquei na dúvida.
À noite, após a aula do cursinho, Ester e eu fomos ao meu apartamento. Transamos.
Eu fechava os olhos e via Dandá de calcinha vermelha, me chamando para dançar.