Dando duro [conto]
Dona Denise acordou meia hora antes de toda a casa. Levantou com cuidado para não acordar ninguém, foi até a padaria e voltou com quatro pãezinhos. Enquanto passava o café escutou o despertador de Seu Carlos tocar e o chuveiro do banheiro começar a chiar. Com o café pronto ela foi acordar o Guilherme e voltou para o quarto. “Hoje vou ter que trabalhar até não sei que horas, é dia de fechamento da revista. A redação está um caos. Você precisa voltar mais cedo para ficar com o Gui,” disse Seu Carlos. “Tudo bem, mas acho que é mais fácil eu pegar ele na escola, vou estar por aqueles lados.” Os dois desceram e comunicaram o filho da rotina, comeram um pão com manteiga cada um e o casal tomou um copo de café enquanto o jovem bebeu um copo de leite. Tudo bem sincronizado. A perua da escola chegou para levá-lo e com um beijo em cada um se despediu de Seu Carlos e Guilherme ao mesmo tempo. Dona Denise voltou para dentro, lavou a louça e limpou a cozinha com pressa. Depois foi para os quartos, arrumou as camas, organizou as bagunças e abriu as janelas. Já eram mais de 9h quando ela começou a faxina completa no banheiro.
No fim da manhã ela terminou de varrer a casa e se sentou na sala com o celular na mão. Confirmou com Dona Inês dois clientes na parte da tarde, pediu desculpa por não poder atender a noite, e foi para o quarto. Pegou a mochila com os instrumentos de trabalho e foi para rua encontrar o primeiro cliente almoçando o último pãozinho do café da manhã. Era um Senhor, ele estaria hospedado no quarto 232 do Hotel Vinho. Dona Inês foi para o banheiro do hall e se preparou. Colocou uma saia cinza que ia até o joelho, uma camisa branca para dentro e um blazer da mesma cor da saia. Trocou a calcinha por uma preta fio dental e a rasteirinha por um salto alto. Prendeu o lenço no pescoço, soltou os cabelos e colocou um consolo numa bolsinha menor. Deixou a mochila com o recepcionista e subiu. O aviso de não perturbe não era para ela, que entrou sem bater como orientava a mensagem da Dona Inês. Um Senhor gordo, pelado e bêbado estava deitado na cama assistindo uma loira de 1,90 enfiar um pinto de plástico de uns 30x15cm no cu de um cara musculoso e tatuado. “Olha lá amor, é aquilo que eu quero que você faça comigo.” “Estou preparada garanhão.” Dona Denise tirou seu instrumento de trabalho da bolsa e balançou para o Senhor. “Isso mesmo. Me chupa gostoso antes de me comer.” Ela virou de bruço na cama e Dona Denise começou a lamber seu cu e a enfiar os dedos. Instintivamente o Senhor começou a se punhetar e Dona Denise não precisou nem tirar a roupa para o velho gozar. Enquanto ele respirava acelerado ela tirou o pau de plástico do cu dele, lavou ele na pia do banheiro, pegou o envelope em cima da mesa, se despediu dele e saiu apressada. Passou na recepção, recuperou sua mochila e no banheiro do hall trocou a vestimenta de trabalho por calça jeans, camisa e rasteirinha, mas manteve a calcinha fio dental.
Agora precisava ir até a zona norte da cidade. Pegou um ônibus, fez baldeação na estação do metrô, e pouco mais de uma hora e meia depois do Hotel Vinho Dona Denise estava na porta do Olimpo Apart. O cliente já era antigo, e ela subiu sem se trocar. Paulo estava deitado no sofá assistindo Friends e comendo amendoim. “Vem cá, vamos ver um pouco de TV.” Ela pegou o envelope que estava na mesinha da entrada, colocou na mochila e se abraçou a Paulo no sofá. “Você está com fome? Almoçou?” “Estou bem? Parece cansado.” Dona Denise foi se ajeitando em Paulo e encaixando de conchinha a bunda no pau mole dele. “Fiquei a noite inteira ontem escrevendo uns códigos. Acordei agora pouco só porque você confirmou que vinha.” “Vou cuidar de você.” Dona Denise tirou a camisa, afrouxou a calça e começou a beijar Paulo, descendo até enfiar o pau dele todo na boca. “É disso que eu preciso”, disse ele se ajeitando no sofá enquanto tirava a calça de Dona Denise e posicionava ela num clássico 69. Ali no sofá mesmo eles fuderam por quase uma hora. Paulo se animou, pegou ela de quatro, comeu a bunda dela e gozou com Dona Denise cavalgando em cima dele.
Dona Denise teve que dar tudo de si para saciar o jovem programador. No fim ela estava estirada no chão da sala toda lambuzada. “Vou precisar tomar um banho antes de ir.” Paulo deu uma risadinha e Dona Denise pegou sua mochila e foi para o banheiro. Se esbaldou naquela ducha de água quente a gás, vestiu uma calcinha de pano, a calça jeans uma camiseta branca e a rasteirinha. Quando voltou para sala Paulo estava dormindo, ela o acordou levemente com um beijo na testa, se despediu e foi para escola buscar Guilherme. Pegou o ônibus e andou uns quarteirões e em pouco menos de uma hora estava com o filho nos braços. “Hoje aprendi o alfabeto na escola!” Guilherme estava empolgado e disparou a cantar o abecedário. Dona Denise ria e cantava junto. No caminho os dois passaram no supermercado. Dona Denise pegou tomates, cebolas, alho, banana, maçã e frango. Chegou em casa e orientou Guilherme a tomar um banho e a fazer suas lições de casa. Ela foi para cozinha e começou a preparar a janta enquanto escutava a novela na televisão da sala. Tirou um pote de sorvete com feijão do freezer e colocou no microondas. Picou alho e cebola e colocou o arroz na panela, depois fez a salada e fritou o frango. Com tudo pronto chamou Guilherme para jantar. Eles conversaram sobre leitura, agora que o jovem já sabia as letras, e Dona Denise prometeu que compraria um gibi para ele. Quando acabaram Dona Denise arrumou tudo e limpou a cozinha. Por fim fez um bom prato para Seu Carlos e guardou no forno com um pano de prato tampando antes de pegar no sono na sala assistindo o telejornal.