(Imagem Google)
Nos Bastidores da Alma
Nos Bastidores da Alma
A natureza se fazia chorar, em tarde de nuvens cinzentas que cobriam o céu. Os pingos de chuva não tardaram a chegar. Na janela, as gotículas faziam desenhos abstratos, serpenteando as linhas imaginárias, traçando um caminho desconhecido e único, sem volta.
Alexia observava aquele cenário, absorta em seus pensamentos, sentindo-se como aquelas folhinhas que, agarradas ao galho da frondosa árvore do seu quintal, buscavam ajuda para não sucumbirem à tempestade que se aproximava. A árvore mãe, porém, sorria ao receber aquela torrente de água, em completa sintonia com o vento que assobiava lá fora e balançava-a fortemente como que desafiando-a a manter-se em pé, castigando-a com raios e trovões assustadores.
Algumas folhas, porém, não resistiam, se soltavam dos galhos e eram devoradas pela enxurrada que as levavam a um destino ignorado para, quem sabe, serem depositadas em algum lugar ao sol, onde ressequidas e esquecidas seriam recolhidas, incineradas, virariam pó e seriam usadas como adubo para uma nova vida a se formar.
Restos de uma vida, quiçá missão cumprida, quiçá passada despercebida, mas, quiçá tivesse ocupado um espaço no coração de alguém que pudesse sentir, algum dia, saudades suas.
Alexia não soube precisar por quanto tempo ficou assim, divagando, observando aquele cenário bucólico, e tão familiar, que se via fazendo parte daquela cena. As lágrimas agora transbordavam de seus olhos e se confundiam com a chuva, como se todo o seu ser se transformasse naquele rio de águas turbulentas, fazendo-a refletir sobre sua vida.
Depois da tempestade, a árvore mãe, lá fora mantinha-se em pé, inerte, com as folhas que ainda lhes restavam, agora aparentando-se mais viçosas e tranquilas, à espera de uma nova chuva para lhe manter a vida, gerar flores e frutos e completar seu ciclo natural.
Alexia, de histórias mal resolvidas, de passado equidistante das lembranças latentes e de um futuro tão incerto, escondia, nos bastidores da alma, a tristeza de quem se acostumou com a dor mas seu rosto agora era a pura expressão de quem ainda tinha esperança de ser feliz um dia....sim, não desistiria, não se entregaria, não seria como aquelas folhinhas desgarradas levadas pela correnteza da vida.
Decidida, enxugou as lágrimas, abriu a janela, fechou os olhos e sentiu o cheiro de terra molhada e da brisa mansa, convidando-a a não desistir de seus sonhos. Então, vestiu seu melhor sorriso e deixou para trás todo um passado de dúvidas e incertezas e caminhou para um futuro que a aguardava de braços abertos. Nada a faria desistir da sua felicidade!
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Lucia Moraes
Alexia observava aquele cenário, absorta em seus pensamentos, sentindo-se como aquelas folhinhas que, agarradas ao galho da frondosa árvore do seu quintal, buscavam ajuda para não sucumbirem à tempestade que se aproximava. A árvore mãe, porém, sorria ao receber aquela torrente de água, em completa sintonia com o vento que assobiava lá fora e balançava-a fortemente como que desafiando-a a manter-se em pé, castigando-a com raios e trovões assustadores.
Algumas folhas, porém, não resistiam, se soltavam dos galhos e eram devoradas pela enxurrada que as levavam a um destino ignorado para, quem sabe, serem depositadas em algum lugar ao sol, onde ressequidas e esquecidas seriam recolhidas, incineradas, virariam pó e seriam usadas como adubo para uma nova vida a se formar.
Restos de uma vida, quiçá missão cumprida, quiçá passada despercebida, mas, quiçá tivesse ocupado um espaço no coração de alguém que pudesse sentir, algum dia, saudades suas.
Alexia não soube precisar por quanto tempo ficou assim, divagando, observando aquele cenário bucólico, e tão familiar, que se via fazendo parte daquela cena. As lágrimas agora transbordavam de seus olhos e se confundiam com a chuva, como se todo o seu ser se transformasse naquele rio de águas turbulentas, fazendo-a refletir sobre sua vida.
Depois da tempestade, a árvore mãe, lá fora mantinha-se em pé, inerte, com as folhas que ainda lhes restavam, agora aparentando-se mais viçosas e tranquilas, à espera de uma nova chuva para lhe manter a vida, gerar flores e frutos e completar seu ciclo natural.
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