A doce durona.

Derrepente foi melhor assim... Eu a esquecer...

Foram anos a cortejando, a escutando chorar,  escutando a rir, vibrando por suas conquistas mesmo que de longe, torcendo por ela pra ela ser feliz. Ela era linda, sorriso fácil, lábios doces, olhos cheios de sonhos e inocência. Ela me amava, ela só de me olhar mudava de estado físico tipo... De seca pra molhada.

A gente se divertia muito, trocávamos mensagens, músicas, fotos, o bom dia era certeiro. E quando ouvia minha voz se derretia feito sorvete nas mãos de criança em dias muito quentes de verão na Praia de Copacabana.

Mas ela, tinha correntes... Então não podíamos viver o que sentíamos... Achei que por eu ser livre, eu podia voar, mesmo que eu tenha dito pra ela que eu sempre estaria ali pra ela. Eu voei alto. Fui muito longe, perdi o caminho e deixei ela cair no esquecimento. Uma nova ave passou deslizando na minha frente.... Parecia mergulhar de peito aberto... Fiquei paralisado com tanta beleza, linda todas as curvas com detalhes sutis e marcantes, seios grandes, nariz afiladinho, olhos de águia, sorriso tentador, provocador e libertador. Ela desfilou na roda, eu pensei carne nova... Uma oportunidade e tanto... Mentira, talvez tenha sido isso o que o meu inconciente tenha pensado, eu pensei, que linda, livre e sozinha, vou fazer te companhia, quem sabe a faço rir, pergunto se quer uma bebida, lhe ofereço carona e dou um beijo respeitoso na testa e um Boa noite morena.

Deu certo, e no beijo na testa, ela sorriu e beijou minha boca, beijou por dias... Eu me perdi no espaço de tempo e me esqueci das correntes que aprisionavam a minha doce inocência.

De leve, doce, sorriso fácil... O que me vem em recado é dor, peso, magoa, solidão. Nada que uma boa maquiagem e um belo batom vermelho não esconda.

Ela sempre foi Boa em criar personagens... Ela criou mais um e foi me ver. A durona...

Quando a durona chegou, me deixou de queixo caído, ela foi contando, mudei de vida, peguei meus passarinhos e saltamos do ninho. Foi uma missão difícil, mas já passava da hora, eu estava sem ar com todas aquelas correntes me sufocando. Agora eu estou aqui, olhando dentro do me olho eu não resisti a beijei intensamente... Surtei em cada detalhe do seu rosto e confeço, ela consegue mexer com as minhas cabeças.

Mas depois da intensidade, lembrei mes que eu agora que estava com correntes que a ave de rapina ligeira e esperta colocou em mim.

Quando falei isso pra doce durona, mesmo sem largar da cintura dela e mantê la perto do meu corpo. Vi uma lágrima cair. Ela disse... Foram anos, eu respondi, muitos anos... Ela disse, Eu te falei que ia conseguir... Eu respondi foram 2 anos e nada mudava.

Mas disse o mundo da voltas... E ela disse que tinha cansado de andar em círculos... Nova meta dela era andar em linha reta. Partiu.

Eu continuei com a beleza imensurável que deslizou em voo no meu céu, lembro da doce durona, mas como uma névoa, neblina q só aparece em dias diferentões.

Ela agora é livre... Eu preso por escolha... Postando fotos com meu novo amor, esquecendo me que ela, a doce durona, sofre quando vê mas não demonstra.

Ela secou...perdeu o doce. E ficou assim, durona para sempre.

Nathalye Machado
Enviado por Nathalye Machado em 04/11/2017
Código do texto: T6161809
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