Pequenino é o corpo do menino. Franzino, débil corre pela ladeira abaixo em busca do nada. Seus pés, descalços, acostumados com a terra das ruelas estreitas, voam livres, traduzindo a fantasia de liberdade.
Corre menino, corre, não deixe que a miséria do seu mundo te alcance.
Subitamente pára, olha ao redor e se esconde. Pressente o perigo que passa em forma de metralhadoras, pessoas armadas, ameaçadoras.
Quieto, encolhido no seu esconderijo, ergue os olhos tentando ver através de uma nesga na parede. Cores oscilantes preenchem o espaço se afastando no céu azul.
Seus olhos amedrontados tentam perceber esse objeto estranho levado pelo vento, que faz piruetas, desce e se firma novamente junto das nuvens. Uma pipa, fala baixinho para um passarinho que ali se esconde também.
O som de tiros o fez voltar à realidade. Não mais o que era antes. Por um momento breve, mas eterno seu mundo se coloriu. Percebeu que além da miséria havia um lugar diferente. Crescer e ser alguém, já não era tão difícil assim.
Corre menino, corre, não deixe que a miséria do seu mundo te alcance.
Subitamente pára, olha ao redor e se esconde. Pressente o perigo que passa em forma de metralhadoras, pessoas armadas, ameaçadoras.
Quieto, encolhido no seu esconderijo, ergue os olhos tentando ver através de uma nesga na parede. Cores oscilantes preenchem o espaço se afastando no céu azul.
Seus olhos amedrontados tentam perceber esse objeto estranho levado pelo vento, que faz piruetas, desce e se firma novamente junto das nuvens. Uma pipa, fala baixinho para um passarinho que ali se esconde também.
O som de tiros o fez voltar à realidade. Não mais o que era antes. Por um momento breve, mas eterno seu mundo se coloriu. Percebeu que além da miséria havia um lugar diferente. Crescer e ser alguém, já não era tão difícil assim.