NAS AGUAS DO SENEGAL

NAS AGUAS DO SENEGAL

Ele levantou o dedo em admoestação e cantou como o rápido Pio dos canários.

Abriu sobre pressão o dedo e  ofereceu lhe aos convidados. Isso estava em seus olhos.

Sempre  na hora de seus conflitos estava no fundo de lago interior.

Iria tentar o exercito e havia tentado isso antes, sentado sobre uma Rocha a beira mar fumando seu cigarrinho olhando as ondas baterem nas pedras la em baixo.

Não  dormiria em casa naquela  noite voltou a cabeça  para o lado olhando um pescador solitário.

Não  restará mais nada para ele todos dispensaram sua atenção e o exercito  ou a marinha seria seu destino se assim o aceitassem.

Sua história  era um conto trágico cômico era um torcedor havido do vento.

Sua terra era um monte de estrumes, seus dias um texto sem fim uma forma sem forma tecida e retorcida nos degraus das igrejas.

Ouvia vozes a noite era como caracóis sobre as pedras frias nas margens dos rios. Seu nome alguém, levado a terra para vagar sem rumo.

Era o chamado dos campos áridos de sua terra na obscura alma da cidade.

Na sua visão  todos ali não  passavam  de calças rasgadas com seus segredos de tirania, sim tiranos escritos em seu caderno de anotação.

Passou a mão  em sua barba branca suja de rapadura com farinha olhando o mar sem fim.

Não  passava de um peregrino oco. Lembrou se de um conto de Eliot, homens ocos, sim ele se encaixava no belo conto que leu um dia que era

simbolo da miséria humana. Homens ocos somos todos homens ocos até que nos cheguem a hora derradeira.

Mas todos veriam a sua praticidade oca, todos aqueles ao seu redor.

Levantou o olhar e viu uma cadente cair por trás do infinito, seus pensamentos eram abomináveis. Tirou a roupa e saltou sobre as águas mornas da Bahia, iria nadar até chegar as águas do Senegal que era perto, bem perto dali.R.p

Crisol
Enviado por Crisol em 06/10/2017
Reeditado em 06/10/2017
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