SEGUNDAS INTENÇÕES

SEGUNDAS INTENÇÕES

Ele elevou o vaso e entornou a água na bacia.

O cabelo claro ainda não cortado encobriu o vaso com sua alegria.

"Silêncio gente por favor".

Gritou do banheiro:

Dois fortes gritos se estenderam através da janela. aparentemente n havia ninguém la dentro.

O sorriso alegre aflorou em seus lábios.

Mergulhou o rosto na bacia e lavou as bochechas.

 "Vou até minha tia ver se tiro dela alguns" falou sorrindo aos outros que jogavam purrinha na sala:

Olhou o lenço  no pescoço e saiu assobiando uma melodia.

Havia algo sinistro em seus olhos.

Olhou o mendigo na rua.

Viu no chão seu vômito misturado a biles Verde se movendo entre a cachaça que exalava um cheiro forte.

"não brinque com a vida ela é uma senhora séria." falou ao homem esfarrapado pela tragédia q trazia colada em seus trapos:

"Vai se danar"

gritou do fundo de sua sarjeta o sem teto:

Ele nada significava para os transeuntes q passavam era penas mais uma vítima das rapinas do Planalto.

Fazia calor o homem sentia febre nas faces.

 Não esperava  por estas palavras.

"Deixa pra lá, breve vai estar se remoendo no inferno". pensou:

Chegando a casa da tia viu a deitada de bruços e chorando.

"Que foi agora tia" perguntou com a prepotência de sempre a velhinha de oitenta anos.

"Esse governo corrupto cortou minha aposentadoria meu filho". resmungou entre soluços:

"Agora essa cortaram o dinheiro da velha acabou a mamata, mas talvez não, seria até melhor"

pensou:

"Fica tranquila me dá o cartão  da senhora q  vou resolver"

disse meio chateado:

Pegou o cartão  e saiu.

Quem sabe não daria p usa lo em algum lugar, pois o salário da velhota era alto e com o dinheiro  dela iria rir com os outros malandros enquanto jogassem sinuca no bar.

Ele seria o servidor da velha.

A fumaça de cigarro barato flutuava no ambiente isalubre.

Sentado perto da porta ele tomava uma cerveja olhando o traseiro da garçonete.

"Gostosa". pensou:

Pousou sua mão sobre as nadegas da mulher.

Ela se virou e sorriu saindo rebolando pelo salão.

"A cretina sorriu me".

Falou baixinho com mal humor. Repugnava pedir lhe seus favores sexuais.

Olhou la fora o vento  soprar sobre as árvores.

Teve uma idéia, acariciou o cabo da faca na cintura, pegou o cartão da tia olhou, jogou para cima, sorriu e saiu pela noite adentro com segundas intenções.R.p

Crisol
Enviado por Crisol em 05/10/2017
Reeditado em 05/10/2017
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