A HISTÓRIA DOS GÊNEROS E ESTILOS MUSICAIS NO MUNDO

A HISTÓRIA DOS GÊNEROS E ESTILOS MUSICAIS NO MUNDO

Invisível e impalpável, a música é certamente a mais maleável de todas as formas de expressão. Essas qualidades tornam extremamente difícil e ingrata a tarefa de descrevê-la, classificá-la e rotulá-la. Dá para dizer, porém, que sua base é o ritmo, ou pulsação – que deve ter sido a primeira manifestação musical humana. Muito antes de existirem tambores, o homem provavelmente já dançava, marcando o ritmo com palmas ou batendo os pés. “As primeiras músicas compostas pelo ser humano acompanhavam danças ligadas a cerimônias religiosas”, diz o antropólogo Rafael de Menezes, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Não é à-toa, portanto, que os diferentes tipos de ritmo sempre ajudaram a definir gêneros e estilos. O segundo elemento básico de uma composição musical é a melodia (seqüência de notas), que deve ter surgido com o canto também muito antes de existirem os primeiros instrumentos: flautas feitas de ossos, datadas do final da Idade da Pedra, entre 10 mil e 20 mil anos atrás.

Só muito tempo depois se desenvolveu a harmonia – a arte e a ciência de combinar as notas musicais em um todo coerente, não só em melodias, como em acordes (blocos de notas tocadas simultaneamente). “Foi uma evolução de séculos, que se deu principalmente a partir da Idade Média, quando a harmonia passou a adquirir maior relevância”, afirma o maestro Júlio Medaglia. A relação entre ritmo, melodia e harmonia seria, assim, o primeiro passo na definição de um estilo musical – mas, muitas vezes, isso ainda não basta. Há vários estilos cuja identidade está ligada também a outros fatores – dos instrumentos utilizados à origem étnica (razão pela qual se fala em ritmos latinos e africanos), ao conteúdo emocional das letras (como os lamentos do blues ou do fado português) e até ao modo de interpretação (como a improvisação, característica essencial do jazz). Para complicar, hoje em dia ocorre todo tipo de fusão de estilos.

“Essa é uma arte que pode tudo”, diz o musicólogo David Horne, diretor do Institute of Popular Music, em Liverpool, na Inglaterra. Segundo ele, não existe mais uma fronteira clara nem entre gêneros como o clássico e o popular, que historicamente sempre foram bem diferentes. “As fronteiras entre os estilos musicais estão cada vez mais indefinidas e essa flexibilidade é uma característica da própria música enquanto forma de arte”, afirma Horne.

Fragmento extraido da matéria http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-se-definem-os-estilos-musicais.

Diferenças entre ritmo, gênero e estilo no mundo musical. Click aqui

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Estes são os mais conhecidos, click no nome.

Arrocha , Axe, Baião, Bachata, Bebop, Bolero, Bossa nova, Brega, Calypso, Carimbó, Chá Chá Chá, Choro, Country, Cumbia, Dance Music, Disco, Dixieland, Eletrônica, Fado, Forró, Frevo, Free jazz, Funk, House, Kizomba, Kuduro, Lambada, Lundum, Mambo, Mariachi, Merengue, Metal, Milonga, MPB, Pagode, Passodoble, Polca, Pop, Punk, Ranchera, Reggae, Rock And Roll, Rock instrumental, Rumba, Sertanejo , Sertanejo univer , Salsa, Samba, Soul, Vanera, Tango, Valsa, Xaxado, Xot

1. Arrocha: Estilo musical originário da Bahia, nasceu na cidade de Candeias em 2001, mas somente em 2003, o arrocha começou a ganhar espaço em muitas rádios baianas. Porém, surgiu uma grande polêmica na época em relação ao arrocha como “movimento musical”, já que continha letras pouco elaboradas.

Alguns nomes ajudaram a difundi-lo e hoje são de reconhecimento nacional: Tayrone Cigano, Nara Costta, Asas Livres, Pablo, Grupo Arrocha, Márcio Moreno, Silvanno Salles e Tatal Matos. As letras tem muito em comum com o brega, com a adição de sons de teclado e batidas eletrônicas, e o ritmo faz grande sucesso particularmente nas regiões Norte e Nordeste.

O termo “arrocha” é recente, mas a música em si já existia desde meados dos anos 70, quando admiradores de Odair José, Reginaldo Rossi, Fernando Mendes e Waldick Soriano, na medida em que compravam um teclado eletrônico, passaram a cantar as músicas de seus ídolos em bares e boates, em regiões suburbanas ou interioranas no país.

Após alguns anos, apesar de ainda continuar firme, o ritmo foi sendo esquecido pela mídia em geral. No final dos anos 90, empresários do ramo musical perceberam no seu grande apelo popular uma grande oportunidade de lucro, e a partir daí surgiu o primeiro ídolo, já nos anos 2000, chamado Lairton, alcunhado de “Lairton e seus Teclados “, que ficou conhecido com a música ” Morango do Nordeste” (apesar da mesma não ser de sua autoria).

Com a simplificação dos sistemas de mixagem e fabricação de CDs, vários grupos menores surgiram, o que ajudou a difundir o “movimento” que também está no forró e no axé e alguns no tecnobrega. No entanto, apesar do sucesso nas camadas mais pobres, o arrocha ainda enfrenta grande preconceito entre a classe média, que simplesmente não a considera um gênero musical por conta de suas composições que constantemente retratam problemas da vida amorosa. O arrocha ganhou ainda mais sucesso em 2012 com a fusão com o sertanejo universitário de vários artistas; como por exemplo cantores pioneiros a misturar arrocha com o sertanejo:

Israel Novaes, Gabriel Gava, Gusttavo Lima, Cristiano Araújo, Kayo e Bruninho,Henrique e Diego, Zé Ricardo & Thiago, Thaeme e Thiago, Thiago Brava, Lucas Lucco, Michel Teló e vários outros cantores tentam cada vez ainda chamar o novo ritmo de arrocha universitário ou arrocha sertanejo o novo sucesso do momento difundindo cada vez mais rápido nas regiões como Centro- Oeste e Sudeste. Os novos sucessos estão cada vez mais tomando conta do sertanejo universitário e está cada vez mais popular em diversas regiões e no Brasil inteiro.

A partir de 2014 uma nova vertente ganhou força dentro do arrocha, sertanejo e do brega: a “sofrência”, nova nomenclatura para chamar o que antes era conhecido como dor de cotovelo (que falam do amor não correspondido, uma decepção amorosa, traição, etc), que vem ganhando bastante repercussão no Brasil, principalmente com o cantor Pablo “fonte Wikipédia”

Confira aqui Pablo.Grupo Arrocha de Asas Novas Só mais uma Vez

2. Axe: O Axé, ou Axé music, é um gênero musical que surgiu no estado da Bahia na década de 1980 durante as manifestações populares do Carnaval de Salvador, misturando o frevo pernambucano,ritmos afro-brasileiros, reggae, merengue, forró, maracatu e outros ritmos afro-latinos .

No entanto, o termo axé é utilizado erroneamente para designar todos os ritmos de raízes africanas ou o estilo de música de qualquer banda ou artista que provém da Bahia. Sabe-se hoje, que nem toda música baiana é axé, pois lá há o samba-reggae, representado principalmente pelo bloco afro Olodum, o samba de roda, o ijexá – tocado com variações diversas por bandas percussivas de blocos afro como Filhos de Ghandi, Cortejo Afro, Ilê Aiyê, e Muzenza, entre outros , o pagode baiano produzidos por muitas bandas e até uma variação de frevo, bem como o sertanejo e forró que tem se expandido, etc.

A palavra axé é uma saudação religiosa usada no candomblé e na umbanda, que significa energia positiva. Expressão corrente no circuito musical soteropolitano, ela foi anexada à palavra em inglês music pelo jornalista Hagamenon Brito em 1987 para formar um termo que designaria pejorativamente aquela música dançante com aspirações internacionais.

Com o impulso da mídia, o axé music rapidamente se espalhou por todo o país (com a realização de carnavais fora de época, as chamadas micaretas), e fortaleceu-se como potencial mercadológico, produzindo sucessos durante todo o ano, tendo como alguns dos maiores nomes Daniela Mercury, Ivete Sangalo, Claudia Leitte, Margareth Menezes, Asa de Águia, Chiclete com Banana, entre outros.

Os pioneiros do gênero foram os músicos da renomada banda Acordes Verdes, que acompanhava Luiz Caldas e eram músicos de estúdio da W.R, em Salvador. O principal arranjador do estúdio, na altura, era o compositor Alfredo Moura . “fonte Wikipédia”

Confira aqui Axe “Samba ai (mexe mexe/bole bole) com Axe Blond.

3. Baião: É um gênero de música e dança popular da região Nordeste do Brasil, derivado de um tipo de lundu , denominado “baiano“, de cujo nome é corruptela. O baião utiliza muito os seguintes instrumentos musicais: viola caipira, triângulo, flauta doce e acordeão (também chamado de sanfona). A rabeca é apontada como o instrumento característico do Baião, dada a sonoridade lembrar a da sanfona que por sua vez seria a mais identificado quando o ritmo se tornou conhecido nacional e internacionalmente . Os sons destes instrumentos são intercalados ao canto. A temática do baião é o cotidiano dos sertanejos e das dificuldades da vida dos tais, como na canção “Asa Branca” que fala do sofrimento do sertanejo em função da seca nordestina.

Foi na segunda metade da década de 1940 que o baião tornou-se popular, através dos músicos e radialista Luiz Gonzaga (conhecido como o “rei do baião”) e Humberto Teixeira (“o doutor do baião”), abrindo caminho para outros artistas que ficariam muito conhecidos como Sivuca e Carmélia Alves.

O baião ainda influenciaria o trabalho de muitos artistas contemporâneos, tendo renascido o interesse pelo gênero ainda na década de 1970 com o advento da “Tropicália” e como influência marcante nos trabalhos de músicos nordestinos desde então. “fonte Wikipédia”

Confira aqui “Baião” com Luiz Gonzaga.

4. Bachata: A bachata é um estilo musical e uma dança originário na República Dominicana na década de 60. Considera-se um híbrido do bolero (sobre tudo, o bolero rítmico) com outras influências musicais como por exemplo o cha-cha-cha e o tango. A ex-RBD Maite Perroni é considerada a Rainha da Bachata.

O chamado Bolero ritmo latino-americano, nos anos 30 até aos anos 50 faziam as delicias do povo dominicano, e, com esta influência, nasceu a Bachata nos finais da década de 50, no entanto, apenas nos anos 80 teve o seu reconhecimento e foi lançada mundialmente a fim de aumentar o turismo na ilha. Com a ajuda de cantores que se popularizaram, tais como Luís Días nos anos 80, enquanto Enrique Iglesias, consequentemente sendo seguido por Ricky Martin e Shakira trouxeram a partir dos anos 90 uma nova expressão musical.

Primeira fase da Bachata

Nessa fase a bachata foi um gênero marginalizado tanto na música como na dança, apenas possível de ouvir em cabarés ou bordéis.

No entanto, com a ajuda da rádio e produtora discográfica “O Guarachita” (empresa que fez a promoção e distribuição deste gênero musical) e devido ao sucesso do ritmo torna-se muito popular entre grupos sociais marginais como os migrantes que deixaram o campo para morar na cidade. Com o a queda da ditadura de Rafael Leonidas Trujillo, a “libertação” desta sub-população urbana na República Dominicana torna este género musical livre.

Segunda fase.

Parece estar relacionada com o aparecimento de uma segunda geração de cantores. As vozes mais conhecidas são: Luis Segura, Mélida Rodriguez e Leonardo Paniagua, que constituem parte de uma expressão que foi popularizando a Bachata nos anos 70 e 80, usando instrumentação electrónica, fusões com outras formas de música moderna.

Terceira fase.

Aparece devido à digitalização da gravação da Bachata, a introdução de novos instrumentos, um novo senso de poesia, o duplo sentido erótico, a insinuação de um imaginário, a busca de um dos mais belos versos poeticamente formulada com imagens literárias, e apelando para o sentimento, que deu origem a manifestação de amor e carinho, saudade e a proposta de vida em que a mulher é a fonte do amor e do desejo.

“O Guarachita” desaparece completamente, e são vozes como: Teodoro Reyes, Joe Veras, Luis Vargas, Romeo Santos, Yóskar Sarante, Raulín Rodríguez, Zacarías Ferreiras, entre outros, que formam a legião de novas estrelas deste género musical.

Apareceram dois grupos que fizeram e ainda fazem um sucesso internacional incomparável e que fazem crescer e expandir a Bachata no mundo: Monchy y Alexandra e Aventura. Últimamente, têm aparecido alguns grupos fora da Republica Dominicana a difundir este estilo musical.

Bachata e melancolía.

Bachata desempenha o mesmo espírito melancólico, nostálgico, o amor e a animosidade entre outras expressões musicais latino-americano conhecido como o tango-canção do bairro de Buenos Aires, onde combinaram a animosidade apaixonada (o amor-ódio), com a nostalgia do emigrante e migrantes.

Tal como nos conhecemos esta nostalgia Bachata na expressão musical do facto de que este período coincidiu com o pico da cultura sub-urbana a partir da migração rural-urbana desde 1961. Durante esse período ficou conhecido como “Bitter Música” neste sentido que evoca nostalgia.

O bolero na cultura latina tem sido, tradicionalmente, uma música romântica, lidando com temas como engano e perda do amor.

Na Bachata tal como no Blues norte americano, canta-se sobre a dor e dificuldade, o amor e a paixão…

A Bachata no Brasil.

No Brasil a Bachata chegou primeiro as escolas de dança, com o grande pesquisador e difusor das danças de salão no Brasil, O professor Jomar Mesquita, que já no final dos anos 90 aplicava os conhecimentos deste maravilhoso ritmo, vindo da República Dominicana, dentro de sua escola localizada na rua Ituiutaba no bairro Barroca em Belo Horizonte-MG.

De lá pra cá o estilo vem sido amplamente difundido pelas diversas cidades brasileiras através de profissionais que buscam conhecimento em diversos países atraídos pela música e dança que atingem a calorosa alma brasileira.

Quanto a música, os precursores do ritmo aqui foram: o cantor Kaiann Lobo do Pará após viagem pela republica dominicana,

Suriname e arredores e a banda X10 da Bahia ganhando muitos apaixonados, além das escolas de dança invadindo a internet com seus sucesso muitos deles regravados dos grandes nomes internacionais para o português.em 2013 a Banda Calypso em seu 19º CD lança também este ritmo para seu publico. Outra voz em ascensão é o cantor Jeff L’amour que tem na rede grande numero de acesso e tem participado de vários festivais cantando o ritmo revelação do Brasil.

Também trazendo o ritmo para a mídia, o cantor Gustavo lima grava a musica “Jejum de amor” um sertanejo com forte influencia dos bongôs da Bachata. “fonte Wikipédia”

Confira Bachata aqui “El Perdedor” com Enrique Iglesias e Marco Antonio Solís.

5. Bebop: O Bebop representa uma das correntes mais influentes do Jazz. Seu nome provém da onomatopéia feita ao imitar o som das centenas de martelos que batiam no metal na construção das ferrovias americanas, gerando uma “melodia”cheia de pequenas notas.

Segundo alguns jazzistas, as melodias ágeis e velozes do seu estilo musical se assemelhavam ao som produzido pelos martelos nas obras das ferrovias.

Características

O bebop privilegia os pequenos conjuntos, como os trios, os quartetos e os solistas de grande virtuosismo.

Talvez o elemento que sofreu a maior modificação dentro da revolução bebop tenha sido o ritmo, com a proliferação de síncopas e de figuras rítmicas complexas. O fraseado é flexível, nervoso, cheio de saltos que exigem uma técnica instrumental muito desenvolvida. Além dos fundadores Charlie Parker e Dizzy Gillespie, encontramos entre os expoentes do bebop os músicos que se encontravam regularmente no “Minton’s Playhouse”, clube localizado em um bairro de Manhattan em Nova York chamado “Harlem” e na 52nd Street, como o pianista Thelonious Monk, Miles Davis e John Coltrane, os bateristas Kenny Clarke e Max Roach e o guitarrista Charlie Christian; e também o vibrafonista Milt Jackson, o pianista Bud Powell e o trombonista J. J. Johnson. “fonte Wikipédia”

Um clássico do Bebop é Donna Lee, de Charlie Parker.

Confira Bebop aqui “Donna Lee” com Charlie Parker.

6. Bolero: Um dos avós do Mambo, Chá Chá Chá e Salsa, nasceu na Inglaterra passando pela França e Espanha com nomes variados(dança e contradança). Mais tarde um bailarino espanhol, Sebastian Cerezo, fez uma variação baseadas nas Seguidillas, bailados de ciganas, cujos vestidos eram ornados com pequenas bolas(as boleras).Cantores mais famosos: Agustin Lara, Bienvenido Granda, Lucho Gatica, Gregório Barrios, Pedro Vargas, Consuelo Velasquez, Armando Manzanero, Trio Irakitã e recentemente Luis Miguel.

De acordo com o site Wikipédia temos uma outra história que vale a pena conhecer.

O bolero é um gênero musical cubano que mescla raízes espanholas com influências locais de vários países hispano-americanos.

Apesar de nascer em Cuba, tornou-se também bastante conhecido como canção romântica mexicana . O ritmo foi se modificando, tornando-se mais lento e desenvolvendo especialmente temas mais românticos. Têm tradição no bolero os seguintes países: Cuba, Porto Rico, República Dominicana, Colômbia, México, Peru, Venezuela , Uruguai, Argentina e Brasil.

O primeiro bolero surgiu na data de 1883, na voz do cubano José Sanchéz. Posteriormente o estilo também fez muito sucesso no México e depois por toda a América Latina. Sabe-se que o bolero influenciou o samba-canção, mambo (bolero-mambo), o chá-chá-chá e a salsa. Na República Dominicana, surgiu, na década de 1960, uma variante do bolero chamada bachata.

O mais célebre bolero mexicano é Bésame mucho, composto por Consuelo Velásquez (1941), e interpretado, entre outros, por: The Beatles, Plácido Domingo, Diana Krall, João Gilberto, Simone, Cesária Évora, Rosa Passos, Frank Sinatra. Em francês (adaptado por Francis Blanche em 1945): Dalida, Céline Dion, Arielle Dombasle, Michel Petrucciani, Marc Lavoine, Guy Marchand e Lili Boniche.

Em 20 de julho de 2012, foi feito pela primeira vez em Portugal um concerto que juntou o bolero da Colômbia e o Fado no mesmo palco, no Teatro São Luiz. Esse evento foi organizado pela embaixada da Colômbia em Portugal, que marcou a comemoração do dia nacional da Colômbia e contou com a fadista portuguesa Raquel Tavares e a bolerista colombiana Lucía Pulido.

Dentre os mais conhecidos intérpretes estão: Altemar Dutra (Brasil), Trio Irakitan (Brasil), Nana Caymmi (Brasil), Trio Los Panchos, Agustin Lara, Bienvenido Granda, Lucho Gatica, Pedro Vargas, Consuelo Velásquez, Armando Manzanero, Lucho Barrios, e recentemente Luis Miguel, podendo ser dançado com música atuais como MPB e Baladas. “fonte Wikipédia”

Confira Bolero aqui “La Barca” com Luis Miguel.

7. Bossa Nova: Inicialmente este termo referia-se a um jeito de cantar e tocar, até tornar-se sinônimo de um dos gêneros musicais brasileiros mais conhecidos em todo o mundo. No final do ano de 1957, um show realizado por Carlos Lyra, Ronaldo Bôscoli, Sylvia Telles, Roberto Menescal e Luiz Eça no Clube Hebraica (RJ) já era anunciado como “… grupo bossa nova apresentando sambas modernos”. Considerada uma nova forma de tocar samba, a bossa nova foi criticada pela forte influência norte-americana, traduzida nos acordes dissonantes comuns ao jazz. A letra das canções contrastava com as das canções de sucesso até então, abordando temas leves e descompromissados, definidos através da expressão “o amor, o sorriso e a flor”, que faz parte da letra de “Meditação”, de Tom Jobim e Newton Mendonça, e que foi utilizada para caracterizar a poesia bossa-novista. Outra característica foi a forma de cantar, também contrastante com a que se tinha na época: “desenvolver-se-ia a prática do ‘canto-falado’ ou do ‘cantar baixinho’, do texto bem pronunciado, do tom coloquial da narrativa musical, do acompanhamento e canto integrando-se mutuamente, em lugar da valorização da ‘grande voz'” (MEDAGLIA, Júlio. in CAMPOS, Augusto de. “Balanço da bossa e outras bossas”. São Paulo: Perspectiva, 1993, p. 72). A bossa nova nasceu casualmente, fruto de encontros da classe média carioca em apartamentos ou casas residenciais da zona sul, onde as pessoas se reuniam para fazer e ouvir música, e que se tornaram muito freqüentes a partir de 1957. Extraido da matéria de http://dicionariompb.com.br/bossa-nova/dados-artisticos

Confira aqui “Wave” com Tom Jobim e Luiza Jobim.

8. Brega: É um gênero musical brasileiro. Todavia, sua conceituação como estética musical tem sido um tanto difícil – uma vez que não há um ritmo musical propriamente “brega” – e alvo de discussões por estudiosos e profissionais do meio musical. Mesmo sem ter estabelecidas características suficientemente rígidas, o termo praticamente foi alçado à condição de gênero.

Inicialmente, o termo designava um tipo de música romântica, com arranjo musical sem grandes elaborações, bastante apelo sentimental, fortes melodias, letras com rimas fáceis e palavras simples, em outras palavras, uma música supostamente de “mau gosto” ou “cafona”. Mas a partir da imprecisão conceitual que o termo carrega desde sua origem, podia abarcar artistas de outros gêneros musicais da música brasileira, o que, na verdade, só reforçaria essa imprecisão.

Para tornar a conceituação mais difícil, o “brega” assimilaria na década de 1990 novos aspectos – alguns dos quais distantes da linha romântica popular, como são os casos do brega pop e do tecnobrega, bastante populares na cena regional do Norte do Brasil, em especial, na cidade de Belém. Além disso, enquanto muitos artistas da “velha guarda” romântica-popular ainda rejeitavam o rótulo “brega”, outros assumiram a pecha – um deles, Reginaldo Rossi.

Embora esteja longe de uma definição conceitualmente precisa, o “brega” segue alcançando grande aceitação entre segmentos das camadas populares do Brasil.

Fonte Wikipédia

Confira aqui “Garçom” com Reginaldo Rossi.

9. Calypso: O Calipso é originário de Trinidad, a partir da trama de tambores daquela região, durante as manifestações populares, principalmente durante o carnaval caribenho. As raízes dessa música remetem à chegada dos escravos africanos, que não podendo conversar uns com os outros, comunicavam-se pela música. No final do século XX, o Calipso passou a fazer sucesso de diversas formas no mundo inteiro, criando versões totalmente diferentes. Em Moçambique o Calipso também recebeu influências afro-portuguesas.

Esse hábito construiu entre os escravos um senso de comunidade desde os tempos de escravidão. Com a chegada da música francesa, espanhola e inglesa à ilha, os hábitos mudaram. Os franceses trouxeram o carnaval, no qual muito tempo depois as competições de Calipso ganharam muita popularidade, principalmente com os movimentos negros que foram amplamente divulgados a partir da década de 1980.

Enquanto a maior parte dos especialistas atribui raízes africanas ao Calipso, num livro escrito em 1986 intitulado “Calypso from France to Trinidad, 800 Years of History” (Calipso: da França para Trinidad, 800 anos de história) o Calipso veterano “The Roaring Lion” (Rafael de Leon) afirma que o Calipso descende da música medieval dos trovadores franceses.

Reza a lenda do tambor de aço (instrumento percussivo bastante utilizado no calipso) que, na Segunda Guerra Mundial foram deixados tambores de gasóleo, que serviam para abastecer as aeronaves, entretanto, os nativos pensaram que aqueles tambores poderiam servir para mais alguma coisa se não causar poluição. Então, pegaram nos tambores e fizeram alvéolos circulares, e assim se constituíram o tambor de aço (steel drums), da categoria dos idiofones. Mas na verdade o instrumento foi criado pelos afrodescendentes jamaicanos da ilha de Trinidad como forma de comunicação entre os negros escravizados e foram subsequentemente declarados ilegais pelo governo colonial britânico em 1883, com receio de que os ilhéus pudessem organizar rebeliões através da comunicação sonora. Os negros também utilizavam os tambores de aço durante a celebração da terça-feira gorda, festividade trazida às ilhas de Trinidad e Tobago pelos franceses.

Confira aqui “Matilda” com Harry Belafonte.

10. Carimbó: Música folclórica da Ilha de Marajó desde o século XIX e também considerado um dos ritmos mais marcantes dos territórios brasileiros no norte, o Carimbó surgiu em Belém através de influências antigas negras e que hoje influencia novos ritmos como a lambada e também o zouk. O vestuário compõem-se basicamente de sais longas, rodadas e floridas para as mulheres acompanhadas de blusas neutras, e os homens de calça branca ou neutra, ambos descalços. O nome surgiu devido aos tambores utilizados na prática do Carimbó, denominados como curimbó. Fonte http://jornalggn.com.br/noticia/os-ritmos-brasileiros-e-suas-origens

Confira “Sinhá pureza” com Pinduca.

11. Chá Chá Chá: O chá-chá-chá foi introduzido em Cuba pelo compositor e violinista Enrique Jorrín, em 1953. Sua música “La Engañadora”, de 1951, é considerada o primeiro cha-cha-cha.

O cha-cha-cha começa na quarta batida da medida 4/4. A dança mexicana conta “1-2-3, 1-2”. Os passos em todas as direções devem ser dirigidos primeiramente com a parte anterior do pé em contacto com o chão e, em seguida, com o calcanhar diminuindo quando o peso é totalmente transferido. Quando o peso é liberado a partir de um pé, o calcanhar deve liberar primeiro, permitindo que os dedos do pé mantenham contato com o chão. onomatopéico, derivado do som ritmado do güiro (reco-reco) e dos pés dos dançarinos ao arrastá-los no chão.O estilo se tornou independente, com características próprias de música e dança.

O moderno estilo de dança do cha-cha-chá deriva de estudos feitos pelo professor de dança Monsieur Pierre (Pierre Zurcher-Margolle), partner de Doris Lavelle. Pierre, vindo de Londres, visitou mexico em 1952, buscando formas de danças mexicanas características da época. Ele notou que havia uma nova dança cujo ritmo se desenvolvia sobre 4 batidas, mas com uma parada não na primeira, e sim na segunda batida. Ele levou a idéia para a Inglaterra e eventualmente criou o que se tornou conhecido como a dança de salão cha-cha-cha.

Tal argumentação é estabelecida sob algumas evidências; primeiro, há um filme da “Orquestra Jorrin” apresentando a dança cha-cha-cha em Cuba; segundo, o ritmo clássico de Benny More “Santa Isabel de las Lajas” é claramente sincopado sobre 4 batidas. Note-se também que a “rumba” também é dançada na segunda batida.

Tendo sido implantada nos anos 50, com Pierre & Lavelle, foi promovida nos anos 60 por Walter Laird e por competições da época.

O moderno cha-cha-cha é resultado da evolução dessa dança através do tempo, mas sua essência é firmada no cha-cha-cha original do Mexico dos anos 50.

Na dança de salão é popularmente chamado por cha-cha.

Confira Chá Chá Chá aqui “El Bodeguero” com Nat King Cole.

12. Choro: O choro, popularmente chamado de chorinho, é um gênero de música popular e instrumental brasileira, que surgiu no Rio de Janeiro em meados do século XIX.

O choro pode ser considerado como a primeira música urbana tipicamente brasileira e ao longo dos anos se transformou em um dos gêneros mais prestigiados da música popular nacional, reconhecido em excelência e requinte. Tem como origens estilísticas o lundu, ritmo de inspiração africana à base de percussão, com gêneros europeus. A composição instrumental dos primeiros grupos de choro era baseada na trinca flauta, violão e cavaquinho – a esse núcleo inicial do choro também se chamava pau e corda, por serem de ébano as flautas usadas -, mas com o desenvolvimento do gênero, outros instrumentos de corda e sopro foram incorporados. O choro é visto como o recurso do qual se utilizou o músico popular para executar, ao seu estilo, a música importada e consumida nos salões e bailes da alta sociedade do Império a partir da metade do século XIX. Sob o impulso criador e improvisado dos chorões, logo a música resultante perdeu as características dos seus países originários e adquiriu feições genuinamente brasileiras. A improvisação é condição básica do bom chorão, termo ao qual passou a ser conhecido ao músico integrante do choro, bem como requer uma alta virtuosidade de seus intérpretes, cuja técnica de composição não deve dispensar o uso de modulações imprevistas e armadas com o propósito de desafiar e a capacidade ou o senso polifônico dos acompanhantes. Além disso, admite uma grande variedade na composição instrumental de cada conjunto e comporta a participação de um grande número de participantes, sem prefixar seu número. Os primeiros conjuntos de choro surgiram por volta da década de 1870, nascidos nas biroscas do bairro Cidade Nova e nos quintais dos subúrbios cariocas. O flautista e compositor Joaquim Antônio da Silva Calado, os pianistas Ernesto Nazaré e Chiquinha Gonzaga, e o maestro Anacleto Medeiros compuseram quadrilhas, polcas, tangos, maxixes, xotes e marchas, estabelecendo os pilares do choro e da música popular carioca da virada do século XIX para o século XX, que com a difusão de bandas de música e do rádio foi ganhando todo o território nacional. Herdeiro de toda essa tradição musical, Pixinguinhaconsolidou o choro como gênero musical, levando o virtuosismo na flauta e aperfeiçoando a linguagem do contraponto com seu saxofone e organizou inúmeros grupos musicais, tornando-se o maior compositor de choro. “fonte Wikipédia”

Confira aqui “Brejeiro” de Ernestto Nazaré com Conjunto Época de Ouro.

13. Country: Ou Country Music, suas raízes são encontradas na música folclórica tradicional, na música celta, no Blues, na Música gospel, e na música popular do Século XIX que se desenvolveu rapidamente nos anos de 1920. O termo, Country music começou a ser usado no anos da década de 1940, nos EUA, quando o termo original e precedente, música hillbilly (em Português, “música caipira”), foi considerado degradante, e o novo termo foi abraçado amplamente nos anos de 1970, enquanto o termo Country and Western (em Português, “Sertaneja e do Oeste”) caiu de uso deste então, com exceção do Reino Unido, aonde o termo ainda é freqüentemente usado.

Também os imigrantes franceses e italianos contribuíram na sua formação, mas suas principais raízes são compostas pelas velhas canções inglesas. Por se tratar de um gênero representado pelos homens do campo é muito associado a vestes e instrumentos rústicos como o Banjo, Bandolim, Rabeca, Violão, Washboard, etc. As primeiras gravações datam de meados de 1922, quando a gravadora Victor lançou no mercado norte americano o som de Uncle Eck Robertson e Henry Gilliard. Nos EUA, Jimmie Rodgers é conhecido como o Pai da Música Country, que durante sua pequena carreira influenciou grandes nomes como Hank Williams e a lenda da Música Country Willie Nelson. Porém, o grande nome da Música Country foi Hank Williams, autor do clássico Jambalaya que é executado em todos os países do mundo como a música que mais representa esse estilo. Hank Williams teve uma carreira meteórica, morrendo aos 30 anos de idade em decorrência de Coma Alcoólico. Suas músicas até hoje são regravadas e executadas em todo mundo. Outros grandes nomes da Música Country são: Waylon Jennings, Johnny Cash, Bill Monroe, Patsy Cline, George Jones, Loretta Lynn, Emmylou Harris, Dolly Parton, Roy Clark, Don Williams, Merle Haggard, Doc Watson, Bob Dylan e mais recentemente Shania Twain, Brad Paisley, Alan Jackson, The Wreckers, Taylor Swift, Clint Black, George Strait, Faith Hill, Kathy Mattea, Carrie Underwood, Suzy Bogguss, Brooks & Dunn, Billy Ray Cyrus, Garth Brooks, BlackSmith, Travis Tritt, LeAnn Rimes e Tracy Lawrence.

A “capital” estadunidense da música country é Nashville, Tennessee, pois é lá onde se encontrava a sede de diversas gravadoras do gênero, e onde se realizaram os mais famosos festivais desse estilo musical.Fonte http://rhbjhistoria.blogspot.com.br/2009/04/historias-da-musica-novo.html

Confir aqui “Chattahoochee” com Alan Jackson.

14.Cumbia: A Cúmbia é um dos principais marcos da expressão africana na América, já que os “fundadores” foram os descendentes de escravos colombianos vindos da África.

A palavra cúmbia vem de cumbé, que significa festa. É originaria da parte alta do vale do rio Magdalena (Colômbia), da zona geográfica denominada a depressão momposina, e mais precisamente da zona correspondente ao país indígena Pocabuy (incluídas as culturas das sabanas e do Sinú) que esteve conformado pelas atuais populações de El Banco, Guamal, Menchiquejo e San Sebastián no Magdalena, Chiriguaná e Tamalameque no Cesar y Mompós, Chilloa, Chimí e Guatacá no Bolívar.

Os africanos que chegaram como escravos a estas regiões, ao contar a história de seus grupos étnicos e aqueles feitos famosos dignos de guardar na memória, se serviam de certos cantos que distinguiam com o nome de “areítos” que queria dizer, “bailar cantando”:

Pondo no alto as candeias, levavam a coreo, que era como a lição histórica que, depois de ser ouvida e repetida muitas vezes, ficavam na memória de todos os ouvintes. O centro do círculo era ocupado pelos que davam a lição com o pé do canto e aqueles mais hábeis e peritos no manejo das guacharacas, milhos, tambores e maracas, para entonar com a delicadeza a música daqueles cantares que foram passando, com o tempo, de ser elegíacos a entusiasmar, galantear, querelar e divertir.

A cumbia, estilo musical que transcendeu todas as fronteiras e que deu tantas satisfações à nação colombiana dentro e fora de seu território, é madre de muitos ritmos que hoje em dia se conhece, e dos que se podia pensar nada tem a ver com ela: porros, chalupas, bullerengues, chandés, paseos, sones, puyas entre dezenas mais.

A cumbia e o fandango, um de seus derivados, são os únicos ritmos populares que ainda conservam aquele alumbrado, que nos ritmos primitivos a céu aberto não era outra cosa que as luzes que serviam de esplendor às velações.

A cumbia é uma dança e ritmo com conteúdos de três vertentes culturais distintas, a saber: negra, branca (espanhola), e indígena,sendo fruto da larga e intensa miscigenação dada entre estas culturas durante a conquista e colonização das terras americanas. A presença destes elementos culturais se pode apreciar assim:

Presença de movimentos sensuais, marcadamente galantes, sedutores, característicos dos ritmos de origem africana.

A vestiduras têm claros rasgos espanhóis, muito parecidas às do atual flamenco: Largas polleras, encajes, lantejolas, candongas, entre outros. E os mesmos tocados de flores e a maquiagem intensa nas mulheres. As vestimentas dos homens, por outro lado, são muito parecidas às usadas no círculo das festas de San Fermín em Pamplona: camisa e calça brancas, um pañolón vermelho anudado ao joelho e sombreiro.

Na instrumentação estão os tambores de claro origem africano, as maracas, o guache e os pitos (milho e gaitas) de origem indígena, enquanto que os cantos e canções são aportes da poesia espanhola.

Confira Cumbia aqui “Enamorando” com Henan Rojas e Los Warahuaco.

15. Dance Music: A dance music surgiu a partir da música eletrônica e da disco music. A música disco ou simplesmente “discoteca”foi um gênero musical surgido na década de 1970, e foi uma derivação da Soul Music e do Funk dois estilos de música negra que prezavam pelo ritmo.

É um estilo de música que ganhou força na década de 1990, anos marcantes pela grande disseminação de estilos variados da música eletrônica, assim dando introdução a muitas pessoas que até hoje são adeptas e fãs, seria uma denominação para as músicas “pop” de todas as vertentes da e-music (música eletrônica) e não tem um estilo musical definido.

Os estilos incluem techno, house, trance, drum & bass e muitos outros, por isso existem algumas músicas difíceis de se classificar, graças às diversas possibilidades que a música eletrônica oferece aos seus produtores.Fonte Wikipédia

Confira aqui “I Feel Love” com Donna Summer.

16. Disco:A música disco (também conhecida em inglês disco music ou, em francês, discothèque ) é um gênero de música de dança cuja popularidade atingiu o pico em meados da década de 1970. Teve suas raízes nos clubes de dança voltados para negros, latino-americanos, gays e apreciadores de música psicodélica, além de outras comunidades na cidade de Nova York e Filadélfia durante os anos 1970.

A música disco foi um movimento de liberdade de expressão, liderado pelos gays, negros e latinos heterossexuais contra a dominância do rock e desvalorização da música dance da contracultura durante este período. Mulheres abraçaram bem o estilo, sendo consideradas“divas”, vários grupos também foram populares na época. O estilo é conhecido por ser o primeiro abraçado por casas de dança, denominados “discotecas” e posteriormente apenas clubes.

As principais influências musicais incluem o funk, a música latina, psicodélica e o soul music. Arranjos de música clássica como acompanhamento são frequentes no estilo, criando um som cheio de colcheias e fusas mas ao mesmo tempo muito repetitivo.

A introdução de arranjos orquestrais é uma herança do som da Motown. As linhas de baixo elétrico vindo do funk, e os cantores geralmente preferiam cantar em falsete. Na maioria das faixas de disco, cordas, metais, pianos elétricos e guitarras criam um som de fundo luxuriante. Ao contrário do rock, guitarra é raramente usada em solos.

Nos anos 1970 os mais famosos artistas de disco eram Donna Summer, Bee Gees, KC and the Sunshine Band, ABBA, Chic, os irmãos The Jacksons. Summer se tornaria a primeira artista de disco popular, recebendo o título de “Rainha da Disco”, e também desempenhou um papel pioneiro no som da eletrônica, que mais tarde tornou-se uma parte da disco. Embora os artistas tenham acumulado a maior parte da atenção pública, os produtores por trás das cenas tiveram um papel importante na música disco, já que muitas vezes escreviam canções e criavam sons inovadores. O filme Saturday Night Fever contribuiu para o aumento da popularidade da disco music.

Durante o início da década de 1980, a disco music começou a sofrer preconceito nos Estados Unidos que criticavam as danças, e os amantes do estilo que eram minorias na sociedade como negros, mulheres e homossexuais. A música disco da década foi apelidada de Pós-disco, e o rock voltou a dominar as paradas estado-unidenses. Apesar da queda da popularidade nos Estados Unidos, a disco music continuou a fazer sucesso no mundo todo durante toda a década de 1980 até evoluir para os derivados de música dance/eletrônica populares nas décadas seguintes.

Fonte Wikipédia

Confira aqui “Dancing Queen”com ABBA

17. Dixieland: O dixieland é um subgénero de jazz criado em 1910, em Nova Orleans.

O dixieland ou jazz tradicional foi o último estilo que surgiu da mistura da música africana e europeia depois de 1900.

Nova Orleans, a cidade mais importante no surgimento do jazz, era um grande porto marítimo e o lar de muitos ex-escravos, que trouxeram as “Canções de Trabalho” e o “Spirituals”. No lado dos brancos, a música deles foi mais popular na forma de marcha, hinos e séries de danças como a quadrilha. Nos bares e bordéis do bairro chamado Storyville, se ouvia o Ragtime e o Blues.

O jazz de Nova Orleans era um estilo de música com uma estrutura fixa de grupo, com papéis estritamente estabelecimentos para cada instrumento. Geralmente se destacava o trompetista ou cornetista, que tocavam a melodia com o apoio harmônico do trombone,e filigramas do clarineteue mantinham um ritmo constante estabelecido pela seção rítmica, que normalmente estava composta por piano, banjo, guitarra, tuba ou contrabaixo e bateria.

Papa Jack Laine, de Nova Orleans, diretor de bandas de rua, foi o “pai do jazz branco”. Nas festas de rua, bandas de brancos e de negros, competiam marchando pela cidade. Os brancos eram menos expressivos, mas tinham mais recursos técnicos e os negros possuíam mais alegria e suas improvisações estavam carregadas de Blues. Cada integrante da banda tinha um espaço para improvisar, isto é, em todo tempo havia improvisação coletiva. Pela primeira vez na história da música, em 1917, a Original Dixieland Jazz Band utiliza o termo JAZZ, anteriormente se escrevia JASS.

A Original Dixieland Jazz Band (O.D.J.B.) gravou para a Columbia o primeiro disco conhecido de jazz e no mês seguinte gravou para a gravadora Victor: !Dixie Jass Band”, “One Step” e “Livery Stable Blues”. Eles introduziram a palavra JAZZ no vocabuláriodos nova-iorquinos, das pessoas da rua e até dos moradores de palácios. Os componentes da O.D.J.B. não inventaram o jazz, apenas o escutaram em Nova Orleans, no bairros dos bordéis, nos desfiles de rua e nas marchas fúnebres. Era um som raro, discordante e agridoce, que parecia misturar a música miliatar, as canções de vodevil, os cânticos religiosos e o blues rural, com situações festivas, de trabalho e sentimentais.

Nessa época também se destacaram Buddy Bolden, Louis Armstrong, Muggsy Spainer, Kid Ory, King Oliver, Sidney Bechet, Johnny Dodds,Jelly Roll Morton e Baby Dodds. Fonte Wikipédia

Confira Dixieland aqui” When The Saints Go Marching In” Dukes of Dixieland”

18. Eletrônica: Música eletrônica é toda música que é criada ou modificada através do uso de equipamentos e instrumentos eletrônicos, tais como sintetizadores, gravadores digitais, computadores ou softwares de composição. A forma de composição é geralmente intuitiva e muitas vezes podem ser feitas até mesmo por pessoas com pouca experiência musical.

Confira aqui “Rendez-Vous IV ” com Jean Michel Jarre.

19. Fado: A origem histórica do fado é incerta. Não é uma importação. É o resultado de uma fusão histórica e cultural que ocorreu em Lisboa.

Surge na segunda metade do século XIX, embalado nas correntes do romantismo: melopeia exprimindo a tristeza de um povo, a sua amargura pelas dificuldades que vive, mas capaz de induzir esperança. Contaminando mais tarde os salões da aristocratas, tornar-se-ia rapidamente expressão musical tipicamente portuguesa.

O musicólogo Rui Vieira Nery, considera que a história do fado tem início bem longe de Lisboa mas o investigador Paulo Caldeira afirma que o fado começou por ser cantado nas chamadas “Casas de Fado” , como Alfama , Castelo, Mouraria, Bairro Alto, Madragoa. As suas origens boémias e ordinárias provêm das tabernas e bordéis, dos ambientes de orgia e violência dos bairros mais pobres da capital. Tornava por isso o fado condenável aos olhos da Igreja, que desde cedo tentou impedir a sua evolução. As tabernas, primordialmente, eram palco de encontros de fidalgos, artistas, trabalhadores das hortas, populares e estrangeiros, que se reuniam em noites de fado vadio, ou seja, o fado não profissional. É com a penetração da fidalguia nos bairros do castelo, com a presença constante de cavalheiros e fidalgos titulares, que o fado se toca ao piano em salões aristocráticos. Os nobres que se aventuravam naquele ambiente bairrista foram traduzindo as melodias da guitarra para as pautas das damas chiques que até ali só investiam em modinhas. Passada a década de 1880, torna-se o fado assíduo nesses salões. Por outro lado, as guerras civis dos meados do século criaram um clima de insegurança, que envolveu vicissitudes na vida parlamentar e política, provocando um maior apego popular ao fado.

Amália, arte de rua em Lisboa.

A primeira cantadeira de fado de que se tem conhecimento foi Maria Severa Onofriana que cantava e tocava guitarra nas ruas da Mouraria, especialmente na Rua do Capelão. Era amante do Conde de Vimioso e o romance entre ambos é tema de vários fados.

Mas é com início do século XX que nasce Ercília Costa, uma fadista quase esquecida pelas vicissitudes do tempo, que foi a primeira fadista com projecção internacional e a primeira a galgar fronteiras de Portugal.

Os temas mais cantados no fado são a saudade, a nostalgia, o ciúme, as pequenas histórias do quotidiano dos bairros típicos e as lides de touros. Eram os temas permitidos pela ditadura de Salazar, que permitia também o fado trágico, de ciúme e paixão resolvidos de forma violenta, com sangue e arrependimento. Letras que falassem de problemas sociais, políticos ou quejandos eram reprimidas pela censura.

Deste fado “clássico” são expoentes mais recentes Carlos Ramos, Alfredo Marceneiro, Maria Amélia Proença, Berta Cardoso, MariaTeresa de Noronha, Hermínia Silva, Fernando Farinha, Fernando Maurício, Lucília do Carmo, Manuel de Almeida, entre outros.

O fado moderno iniciou-se e teve o seu apogeu com Amália Rodrigues. Foi ela quem popularizou fados com letras de grandes poetas, como Luís de Camões, José Régio, Pedro Homem de Mello, Alexandre O’Neill, David Mourão-Ferreira, José Carlos Ary dos Santos e outros, no que foi seguida por outros fadistas como João Ferreira-Rosa, Teresa Tarouca, Carlos do Carmo, Beatriz da Conceição, Maria da Fé, Carlos Macedo, Mísia e Dulce Pontes. Também João Braga tem o seu nome na história da renovação do fado, pela qualidade dos poemas que canta e música, dos autores já citados e de Fernando Pessoa, António Botto, Affonso Lopes Vieira, Sophia de Mello Breyner Andresen, Miguel Torga ou Manuel Alegre, e por ter sido o mentor de uma nova geração de fadistas. Acompanhando a preocupação com as letras, foram introduzidas novas formas de acompanhamento e músicas de grandes compositores: com Amália é justo destacar Alain Oulman (um papel determinante na modernização do suporte musical do fado), mas também Frederico de Freitas, Frederico Valério, José Fontes Rocha, Alberto Janes, Carlos Gonçalves.

Nascido em Lisboa o fado tornou-se rapidamente numa canção nacional que é hoje conhecido mundialmente pode ser (e é muitas vezes) acompanhado por violino, violoncelo e até por orquestra, mas não dispensa a sonoridade da guitarra portuguesa, de que houve e ainda há excelentes executantes, como Armandinho, José Nunes, Jaime Santos, Raul Nery, José Fontes Rocha, Carlos Gonçalves, Pedro Caldeira Cabral, José Luís Nobre Costa, Ricardo Parreira, Paulo Parreira, Ricardo Rocha ou Álvaro Martins. Também a viola é indispensável na música fadista e há nomes incontornáveis, como Alfredo Mendes, Martinho d’Assunção, Júlio Gomes, José Inácio, Francisco Perez Andión, o Paquito,

Jaime Santos Jr., Carlos Manuel Proença ou José Maria Nóbrega.

Actualmente, muitos jovens – Débora Rodrigues, Cuca Roseta, Marco Rodrigues, Ana Moura, Carminho, Raquel Tavares, Maria Ana Bobone, Mariza, Yolanda Soares, Joana Amendoeira, Mafalda Arnauth, Miguel Capucho, Ana Sofia Varela, Marco Oliveira, Katia Guerreiro, Luísa Rocha,

Camané, Aldina Duarte, Gonçalo Salgueiro, Diamantina Rodrigues, Ricardo Ribeiro, Cristina Branco, António Zambujo – juntaram o seu nome aos dos consagrados ainda vivos e estão dando um fôlego incrível a esta canção urbana.

O fado dito “típico” é hoje em dia cantado principalmente para turistas, nas “casas de fado” e com o acompanhamento tradicional.

As mais tradicionais casas de fado encontram-se nos bairros típicos de Alfama, Mouraria, Bairro Alto e Madragoa. Mantém as características dos primórdios: o cantar com tristeza e com sentimento mágoas passadas e presentes. Mas também pode contar uma história divertida com ironia ou proporcionar um despique entre dois cantadores, muitas vezes improvisando os versos – então, é a desgarrada.

Confira aqui”Fado Português” com Amalia Rodrigues.

20. Forró: O forró não é um estilo ou ritmo musical e sim uma dança popular de origem nordestina. De acordo com pesquisadores, o forró surgiu no século XIX. Nesta época, como as pistas de dança eram de barro batido, era necessário molhá-las antes, para que a poeira não levantasse. As pessoas dançavam arrastando os pés para evitar que a poeira subisse. O nome forró deriva de forrobodó, “divertimento pagodeiro”, segundo o folclorista Câmara Cascudo. O forró era em sua origem um baile animado por vários gêneros musicais, como o baião, o xote, e o xaxado. Nesse sentido, também era conhecido como “arrasta-pé” ou “bate-chinela”. O forró, hoje, é praticamente um gênero musical que engloba os ritmos acima mencionados. Sua origem é o sertão nordestino e os instrumentos musicais utilizados são basicamente a sanfona ou acordeão, o triângulo e a zabumba. Alguns estudiosos atribuem a origem da palavra forró à pronúncia abrasileirada dos bailes “for all” (para todos), que, no começo do século, os engenheiros ingleses da estrada de ferro Great Western, promoviam para os operários em Pernambuco, na Paraíba e em Alagoas.

Confira o verdadeiro forró com Pinho dos 8 Baixos – No Forró do Pedro Sertanejo.

21. Frevo: O frevo é um ritmo musical e uma dança brasileira com origem no estado de Pernambuco, misturando marcha, maxixe, dobrado e elementos da capoeira.

Foi declarado Patrimônio Imaterial da Humanidade pela UNESCO no ano de 2012.

Origem

Surgido Em Pernambuco no fim do século XIX, o frevo caracteriza-se pelo ritmo extremamente acelerado. Muito executado durante o carnaval, eram comuns conflitos entre blocos de frevo, em que capoeiristas saíam à frente dos seus blocos para intimidar blocos rivais e proteger seu estandarte.

A capoeira, luta desenvolvida por escravos africanos em solo brasileiro e que tem em Pernambuco um de seus berços, influenciou diretamente as origens do frevo.[1] Na foto, capoeiristas em Olinda.

O frevo é uma criação de compositores de música ligeira, feita para o carnaval para proporcionar mais animação nos folguedos. Com o decorrer do tempo, o frevo ganhou características próprias.

Dança

Da junção da capoeira com o ritmo do frevo nasceu o passo, a dança do frevo foi utilizada inicialmente como armas de defesa dos passistas que remetem diretamente a luta, resistência e camuflagem, herdada da capoeira e dos capoeiristas, que faziam uso de porretes ou cabos de velhos guarda-chuvas como arma contra grupos rivais. Foi da necessidade de imposição e do nacionalismo exacerbado no período das revoluções Pernambucanas que foi dada a representação da vontade de independência e da luta na dança do frevo.

A dança do frevo pode ser de duas formas: quando a multidão dança, ou quando passistas realizam os passos mais difíceis, de forma acrobática durante o percurso. O frevo possui mais de 120 passos catalogados.

Os músculos mais requisitados do frevo são os das pernas, e do abdômen.

Origem do nome

A palavra frevo vem de ferver, por corruptela, frever, que passou a designar: efervescência, agitação, confusão, rebuliço; apertão nas reuniões de grande massa popular no seu vai e vem em direções opostas, como o Carnaval, de acordo com o Vocabulário Pernambucano, de Pereira da Costa.

Divulgando o que a boca anônima do povo já espalhava, o Jornal Pequeno, vespertino do Recife que mantinha uma detalhada seção carnavalesca da época, assinada pelo jornalista “Oswaldo Oliveira”, na edição de 9 de fevereiro de 1907, fez a primeira referência ao ritmo, na reportagem sobre o ensaio do clube Empalhadores do Feitosa, do bairro do Hipódromo, que apresentava, entre outras músicas, uma denominada O frevo. E, em reconhecimento à importância do ritmo e a sua data de origem, em 9 de fevereiro de 2007, a Prefeitura do Recife comemorou os cem anos do Frevo durante o carnaval.

Instrumentos e a letra

Orquestra de frevo nas ruas do Centro Histórico de Olinda.

De instrumental, o gênero ganhou letra no frevo-canção e saiu do âmbito pernambucano para tomar o resto do Brasil. Basta dizer que O teu cabelo não nega, de 1932, considerada a composição que fixou o estilo da marchinha carnavalesca carioca, é uma adaptação do compositor Lamartine Babo do frevo Mulata, dos pernambucanos Irmãos Valença.

A primeira gravação com o nome do gênero foi o Frevo Pernambucano (Luperce Miranda/Oswaldo Santiago) lançada por Francisco Alves no final de 1930. Um ano depois, Vamo se Acabá, de Nelson Ferreira pela Orquestra Guanabara recebia a classificação de frevo.

Dois anos antes, ainda com o codinome de “marcha nortista”, saía do forno o pioneiro Não Puxa Maroca (Nelson Ferreira) pela orquestra Victor Brasileira comandada por Pixinguinha.

Ases da era de ouro do rádio como Almirante (numa adaptação do clássico Vassourinhas), Mário Reis (É de Amargar, de Capiba), Carlos Galhardo (Morena da Sapucaia, O Teu Lencinho, Vamos Cair no Frevo), Linda Batista (Criado com Vó), Nelson Gonçalves (Quando é Noite de Lua), Cyro Monteiro (Linda Flor da Madrugada), Dircinha Batista (Não é Vantagem), Gilberto Alves (Não Sou Eu Que Caio Lá, Não Faltava Mais Nada, Feitiço), Carmélia Alves (É de Maroca) incorporaram frevos a seus repertórios.

Em 1950, inspirados na energia do frevo pernambucano, a bordo de uma pequena fubica, dedilhando um cepo de madeira eletrificado, os músicos Dodô & Osmar fincavam as bases do trio elétrico baiano que se tornaria conhecido em todo o país a partir de 1969, quando Caetano Veloso documentou o fenômeno em seu Atrás do Trio Elétrico.

O frevo no carnaval

Paço do Frevo, espaço cultural dedicado ao frevo no Recife.

Em 1957, o frevo Evocação nº 1, de Nelson Ferreira, gravado pelo bloco Batutas de São José (o chamado frevo de bloco) invadiria o carnaval carioca derrotando a marchinha e o samba. O lançamento era da gravadora local, Mocambo, que se destacaria no registro de inúmeros frevos e em especial a obra de seus dois maiores compositores, Nelson (Heráclito Alves) Ferreira (1902-1976) e Capiba. Além de prosseguir até o número 7 da série Evocação, Nelson Ferreira teve êxitos como o frevo Veneza Brasileira, gravado pela sambista Aracy de Almeida e outros como No Passo, Carnaval da Vitória, Dedé, O Dia Vem Raiando, Borboleta Não É Ave, Frevo da Saudade. A exemplo de Nelson, Capiba também teve sucessos em outros estilos como a clássica valsa canção Maria Bethânia gravada por Nelson Gonçalves em 1943, que inspiraria o nome da cantora. Depois do referido É de Amargar, de 1934, primeiro lugar no concurso do Diario de Pernambuco, Capiba emplacou Manda Embora Essa Tristeza (Aracy de Almeida, 1936), e vários outros frevos que seriam regravados pelas gerações seguintes como De Chapéu de Sol Aberto, Tenho uma Coisa pra lhe Dizer, Quem Vai pro Farol é o Bonde de Olinda, Linda Flor da Madrugada, A pisada é essa, Gosto de Te Ver Cantando.

Cantores como Claudionor Germano e Expedito Baracho se transformariam em especialistas no ramo. Um dos principais autores do samba-canção de fossa, Antônio Maria (Araújo de Morais, 1921-1964) não negou suas origens pernambucanas na série de frevos (do número 1 ao 3) que dedicou ao Recife natal. O gênero esfuziante sensibilizou mesmo a intimista bossa nova. De Tom Jobim e Vinicius de Moraes (Frevo) a Marcos e Paulo Sérgio Valle (Pelas Ruas do Recife) e Edu Lobo (No Cordão da Saideira) todos investiram no (com)passo acelerado que também contagiou Gilberto Gil a munir de guitarras seu Frevo Rasgado em plena erupção tropicalista.

A baiana Gal Costa misturou frevo, dobrado e tintura funk (do arranjador Lincoln Olivetti) num de seus maiores sucessos, Festa do Interior (Moraes Moreira/Abel Silva) e a safra nordestina posterior não deixou a sombrinha cair. O pernambucano Carlos Fernando, autor do explosivo Banho de Cheiro, sucesso da paraibana Elba Ramalho, organizou uma série de discos intitulada Asas da América a partir do começo dos 1980.

Alceu Valença iniciou-se no gênero com a série de discos Asas da América, idealizada por Carlos Fernando, nos anos 80. Neste período, compõe os frevos Homem da Meia-Noite, Sou Eu Teu Amor, Menina Pernambucana, Pitomba Pitombeira. Recria o clássico Voltei Recife, de Luiz Bandeira. Seguem-se sucessos como Bom Demais, Me Segura Que Senão Eu Caio, Beijando a Flora, Roda e Avisa, De Janeiro a Janeiro, entre outros. Tropicana ganhou versão em frevo, orquestrada pelo maestro Duda. Em 2006, reúne 150 mil pessoas em Recife na gravação do DVD carnavalesco Marco Zero. Em 2013, lança o disco Amigo da Arte, também dedicado ao frevo e aos gêneros do carnaval. Seu show anual de carnaval no Marco Zero é um dos principais eventos do calendário da música e da cultura de Pernambuco. Fonte Wikipédia

Confira “Banho de Cheiro / Frevo Mulher / Asa Branca” com Elba Ramalho.

22. Free jazz: A vanguarda no jazz – O free jazz

O “Free Jazz” é uma corrente musical de vanguarda do Jazz que nasceu nos anos cinqüenta e se desenvolveu até meados dos anos sessenta.

É posterior ao Be Bop, outro movimento de vanguarda no Jazz que surgiu em Nova York no início dos anos 40.

Caracterizado por harmonias complexas e uso de dissonâncias nos temas e nos improvisos, bastante extensos e fraseados. O saxofonista Charlie Parker e o trompetista Dizzy Guillespie foram os maiores divulgadores do Bee bop.

Os músicos precursores do Free Jazz queriam expandir os limites da improvisação, que foi bastante explorada no período do Be Bop.

Neste estilo se improvisava depois de exposta a melodia e a harmonia, mas sem fugir da seqüência de acordes na qual foi composta a música. Porém no Free Jazz, os músicos queriam ficar mais livres na improvisação, e para isso não obedeciam à seqüência harmônica e rítmica na qual havia sido composta a música. A composição era uma idéia melódica que depois de exposta, o conceito do Free Jazz – harmonia, ritmo e improviso coletivo totalmente livre- começava a ser colocado em prática. Os improvisos chegavam a durar cerca de quarenta minutos por cada tema apresentado.

Um dos maiores representantes e precursor do Free Jazz foi o saxofonista americano Ornette Colleman que afirmou, “não existe maneira correta de tocar Jazz, relacionando uma nota com um acorde tradicional limita-se a escolha da nota seguinte.” Ornette Colleman começou a desenvolver essa nova tendência no Jazz com um grupo de jovens instrumentistas que foram convidados a participar dessa “improvisação coletiva”.

Eles se encontravam diariamente e tocavam horas com total ruptura das regras escritas da “forma” Jazzística que limitavam os músicos aos padrões pré-estabelecidos. O grupo era formado por um quarteto composto de sax tenor, sax barítono, contrabaixo e bateria.

O grupo não tinha instrumento harmônico o que facilitava a ruptura com a tonalidade.

Outro músico que merece destaque no cenário do Free Jazz é o pianista Cecil Taylor – da Costa Oeste dos USA-. Ele foi o primeiro músico a gravar um disco de Free Jazz em 1955 com o título de Jazz Advance. Embora tenha sido os discos de Ornette Coleman que na década de sessenta causaram mais polêmicas e discussões no ambiente jazzístico, principalmente aquele intitulado em “Free Jazz” – uma improvisação coletiva de dois quartetos de 36 minutos e vinte e três segundos. A partir do lançamento deste disco, importantes músicos de Jazz tais como Coltrane, Sonny Rollins e Gil Evans aderiram a nova corrente lançada por Ornette Coleman.

“Em sessenta e cinco foram lançados os primeiros discos pela gravadora ESP, dedicada à documentação de tudo que existia no já extenso campo do Free Jazz”. Até sessenta e oito gravou cerca de quarenta micro-sulcos dedicados a esta música. Neste mesmo ano Coltrane gravou “Ascension”, profissão de fé daquela música. Em sessenta e quatro sessenta e cinco foram gravados inúmeros temas de Free Jazz, através das gravadoras ESP, Impulse , Blue Note e Vortex. Enquanto isso graças ao escritor Leroy Jones, anova música ficou ligada também ao mundo intelectual norte americano” (The Jazz Master, 1990).

Comparando o Jazz tradicional com o Free Jazz temos as seguintes características:

Jazz tradicional segundo Don Hecman (The Jazz Master, 1990)

Improvisação

Uma sólida base rítmica

A improvisação é feita sobre algo.

Free Jazz, segundo Joachim E. Berendt (The Jazz Master, 1990)

Atonalidade

Nova concepção do ritmo

Irrupção da música mundial

Acentuação dos momentos de intensidade

Ampliação do som musical pelo ruído

Felizmente, o Free Jazz não é um estilo rígido e nele cabem desde Ornette Coleman, com sua musica atonal e cheia de ruídos, até Keith Jarret, no disco “In Concert” gravado em Colônia, onde esbanja serenidade e elegância.

O Free Jazz recebeu outros rótulos como, New Wave e New Thing. Neste sentido, o Free Jazz tem uma grande quantidade de interpretes e diferentes estilos individuais que estão mais de acordo em uma estética que uma idéia em comum. Muitos deles recusam a etiqueta de Free Jazz. “Quando Ornette e eu chegamos a Nova York” , afirma com sinceridade o contrabaixista Charlie Haden “só queríamos tocar Jazz, foram os críticos que puseram o nome” (Jazz, Ken Burn 1998).

Confira Free jazz aqui “Triste (Antonio Carlos Jobim)”Free Jazz Festival 1987 – Dominguinhos, Arismar do Espírito Santo, Amilson Godoy, Heraldo do Monte, Dirceu Medeiros…

Fonte : http://canone.com.br/historia-da-musica/99-a-vanguarda-no-jazz-o-free-jazz

23. Funk: Os músicos negros norte-americanos primeiramente chamavam de funk à música com um ritmo mais suave. Esta forma inicial de música estabeleceu o padrão para músicos posteriores: uma música com um ritmo mais lento, sexy, solto, orientado para frases musicais repetidas (riffs) e principalmente dançante. Funk era um adjetivo típico da língua inglesa para descrever estas qualidades. Nas jam sessions, os músicos costumavam encorajar outros a “apimentar” mais as músicas, dizendo: Now, put some stank (stink/funk) on it!” (algo como “coloque mais ‘funk’ nisso!”).

Num jazz de Mezz Mezzrow dos anos 30, Funky Butt, a palavra já aparecia. Devido à conotação sexual original, a palavra funk era normalmente considerada indecente. Até o fim dos anos 50 e início dos 60, quando “funk” e “funky” eram cada vez mais usadas no contexto da soul music, as palavras ainda eram consideradas indelicadas e inapropriadas para uso em conversas educadas. A essência da expressão musical negra norte-americana tem suas raízes nos spirituals, nas canções de trabalho, nos gritos de louvor, no gospel e no blues.Na música mais contemporânea, o gospel, o blues e suas variantes tendem a fundir-se. O funk se torna assim uma fusão do soul, do jazz e do R&B.

Somente com as inovações de James Brown e Sly and the Family Stone em meados dos anos 60 é que o funk passou a ser considerado um gênero distinto. Na tradição do R&B, estas bandas bem ensaiadas criaram um estilo instantaneamente reconhecível, repletos de vocais e côros de acompanhamento cativantes. Brown mudou a ênfase rítmica 2:4 do soul tradicional para uma ênfase 1:3, anteriormente associada com a música dos brancos – porém com uma forte presença da seção de metais. Com isto, a batida 1:3 virou marca registrada do funk ‘tradicional’. A gravação de Brown feita em 1965, de seu sucesso “Papa’s Got a Brand New Bag” normalmente é considerada como a que lançou o gênero funk, porém a música Outta Sight, lançada um ano antes, foi claramente um modelo rítmico para “Papa’s Got a Brand New Bag.” James Brown e os outros têm creditado a criação do gênero a Little Richard que em turnê com sua banda The Upsetters, com Earl Palmer na bateria, em meados de 1950s, como sendo a primeira a colocar o funk na batida do rock ‘n’ roll. Após a sua saída temporária da música secular para se tornar um evangelista, alguns dos membros da banda Little Richard, se juntaram a Brown da e usa banda Famous Flames, começando uma seqüência de sucessos em a partir de 1958.Nos anos 70, George Clinton, com suas bandas Parliament, e, posteriormente, Funkadelic, desenvolveu um tipo de funk mais pesado, influenciado pelo jazz e Rock psicodélico. As duas bandas tinham músicos em comum, o que as tornou conhecidas como ‘Funkadelic-Parliament’. O surgimento do Funkadelic-Parliament deu origem ao chamado P-Funk’, que se referia tanto à banda quanto ao subgênero que desenvolveu.

Outros grupos de funk que surgiram nos anos 70 incluem: B.T. Express, The Commodores, Earth, Wind & Fire, War, Lakeside, Brass Construction, KC and the Sunshine Band, Kool & The Gang, Chic, Cameo, Fatback, The Gap Band, Instant Funk, The Brothers Johnson, Ohio Players, Wild Cherry, Skyy, e músicos/cantores como Jimmy “Bo” Horne, Rick James, Chaka Khan, Tom Browne, Kurtis Blow (um dos precursores do rap), e os popstars Michael Jackson e Prince. Nos anos 80 o funk tradicional perdeu um pouco da popularidade nos EUA, à medida em que as bandas se tornavam mais comerciais e a música mais eletrônica. Seus derivados, o rap e o hip hop, porém, começaram a se espalhar, com bandas como Sugarhill Gang e Soulsonic Force (em parceria com Afrika Bambaataa).

A partir do final dos anos 80, com a disseminação dos samplers, partes de antigos sucessos de funk (principalmente dos vocais de James Brown) começaram a ser copiados para outras músicas pelo novo fenômeno das pistas de dança, a house music.

Nesta época surgiu também algumas derivações do funk como o Miami Bass, DEF, e a ramificação latina da Freestyle Music conhecida no brasil como Funk Melody que também faziam grande uso de samplers, Caixas de ritmos e sintetizadores. Tais ritmos se tornaram combustível para os movimentos Break e Hip Hop.Os anos 80 viram também surgir o chamado funk-metal (também conhecido como funk rock), uma fusão entre guitarras distorcidas de heavy-metal e a batida do funk, em grupos como Red Hot Chili Peppers e Faith No More. Fonte http://rhbjhistoria.blogspot.com.br/2009/04/historias-da-musica-novo.html

Confira Funk aqui “Can’t Get Enough Of Your Love Baby” com Barry White.

24. House : House music é um estilo musical surgido em Chicago, nos Estados Unidos, na primeira metade da década de 1980. Há muitos mitos sobre como ocorreu o nascimento da house music, mas de fato nenhum deles detém fontes e nem ao menos se sabe quais foram os produtores que trabalharam com maior afinco no desenvolvimento da cultura house music. Muitos dizem que a house music é uma vertente da disco music e da electropop dos anos 70, pois foram estilos de música quase que contemporâneos . Frankie Knuckles é aclamado por muitos como o “pai” da House Music , ele que é um dos pioneiros deste gênero juntamente com outros nomes como Tony Humphries . Atualmente existem muitas sub-vertentes do house, tais como: funky-house, tech-house, disco-house, progressive house, electro-house, acid house, soulful house, neo-jazz-house, entre outros.

O elemento comum de quase toda a house music é uma batida 4/4 gerada numa bateria eletrônica, completada com uma sólida (muitas vezes também gerada eletronicamente) linha de baixo e, em muitos casos, acréscimos de “samplers”, ou pequenas porções de voz ou de instrumentos de outras músicas. Representa, de certa forma, também uma evolução da disco music dos anos 70. A maioria dos projetos (desenvolvidos por DJs e produtores) e grupos de house music têm como origem a Holanda, a Itália, a Alemanha, a Bélgica, além dos Estados Unidos e Reino Unido.

Batida seca, 4/4,com “viradas” de muitas batidas, vocais femininos, melodia alegre e com velocidade próximas a 120 a 135 BPM (Batidas por Minuto).

Apesar da House ter seu inicio no verão de 1987, no Brasil ela somente destronou outros ritmos em 1989, quando o Mega Hit Pump Up the Jam (Technotronic) invadiu as pistas do Mundo Inteiro, tornando a Dance Music uma mania mundial. Com o surgimento desse hit no Brasil, a House ficou popularmente conhecida pelo termo pejorativo de “poperô”. Em 1993 essa mesma música retornou as paradas de sucesso no filme Space Jam, provando que a House Music tinha muito mais fôlego que os críticos poderiam imaginar.

É difícil destacar algum hit como principal, pois a House Music produziu inúmeros hits de grande sucesso.

Muitos, na época, falaram que a House era um estilo passageiro e que seria apenas mais um modismo, mas passados 20 anos, o ritmo dançante da house music continua intacto e parece até com mais vigor, agora com o apoio de ritmos que originaram dela, como o Techno, Psy, Trance e vários outros.

Hoje no Brasil a House Music tem se difundido cada vez mais. Inúmeras casas noturnas do país fazem sucesso tocando música House e convidando inclusive vários DJ’s de renome internacional que passaram a tocar em terras brasileiras. Além disso é um dos estilos mais tocados em festas caseiras, entre amigos (chill-out). Fonte Wikipédia

Confira House aqui “Higher Self ft. Lurker-House Music Hustle”

25. Kizomba: O Kizomba é um género de música e dança com origem em Angola nos anos 80, através de uma banda que na altura pertencia às forças armadas populares de libertação de Angola (FAPLA), uma cultura que se estendeu mais tarde a Cabo Verde.

Reconhecido como um ritmo africano, o Kizomba surge num continente com um diverso historial musical, sendo que nos anos 50 e 60 já se ouvia falar das chamadas “kizombadas”, grandes festas onde se reuniam inúmeros estilos musicais angolanos como o Merengue, o Semba, a Maringa e o Caduque.

Na década de 70, essas festas passaram a ser dominadas por ritmos mais lentos, ligados sobretudo ao Semba, um estilo muito apreciado pelos jovens, que se desenvolveu numa mescla de ritmos – surgindo então o Kizomba.

Em Portugal, a palavra kizomba é utilizada para reconhecer qualquer estilo de musica Zouk, mesmo não sendo angolana, no entanto, esta é uma associação errada uma vez que este género de musica provém das Antilhas do início dos anos 80.

Devido às suas origens nas zonas urbanas dos Camarões, a semelhança ao Kizomba é óbvia e ambos os estilos se tornam difíceis de distinguir. Devemos ter em conta que Zouk não é o nome do estilo musical mas, devido ao desconhecimento das pessoas em relação ao crioulo, “zouk” era a palavra que se destacava, sendo que em português significa “A farra é o único medicamento que temos”.

O Kizomba tem outros significados – deriva da palavra Kimbundo, que significa festa; significa festa do povo, assim como a capoeira tiveram origem nas danças dos negros que resistiram à escravidão; congregação, confraternização, resistência; luta por liberdade e por justiça; instrumento musical, etc.

Em relação à estrutura musical, o Kizomba é marcado maioritariamente por uma batida forte dada por tambor grave como o Surdo (tambor), acompanhadas por uma melodia dada por um chimbal. Na introdução e durante as bridge, a batida forte é muitas vezes omitida, ficando apenas a melodia dada pelo chimbal e pelos outros instrumentos da bateria.

Dentro do Kizomba existem quatro estilos distintos: a Passada — estilo clássico, a Tarraxinha, a Ventoínha e a Quadrinha.

Fonte:http://www.angolaformativa.com/pt/voxpop/origem-e-significado-da-danca-ki/

Confira aqui”Lento (Kizomba)” com Daniel Santacruz.

26. Kuduru: Kuduro é um gênero musical e sobretudo um gênero de dança surgida em Angola. É influenciado por outros géneros como Sungura, Kizomba, Semba, Ragga, Afro House e Rap.

Recentemente, o Kuduro tornou-se um fenômeno musical em todos os países de língua portuguesa, assim como em outras partes do mundo, principalmente após o lançamento dos hits Vem Dançar Kuduro e Danza Kuduro, dos cantores Lucenzo e Don Omar.

O kuduro surge em finais dos anos 80, primeiro como uma dança e com o passar do tempo evoluindo para um género musical, estilo house africano em que se mistura elementos electrónicos com o folclore tradicional, feito pelo povo mais pobre de Luanda e com os meios precários que dispunham.

A música é peculiar no uso de breaks e funk muito utilizados nos anos 80 para criar melodias, mas utilizando loops e letras explícitas, que acabam por ser um reflexo de boa parte da população.

O nome da dança referia-se a um movimento peculiar em que os dançarinos parecem ter o quadril duro, simulando uma forma agressiva e agitada de dançar como os golpes de Van Damme, que segundo Tony Amado, auto-proclamado criador do Kuduro, foi de onde surgiu a ideia da dança, depois de o mesmo ver o filme de 1988, de Jean Claude Van Damme,(kickboxer), o desafio do dragão.

Em que ele aparece num bar, todo bêbado, a dançar com um estilo muito rijo e pouco habitual para aquela época. As letras caracterizam-se pela sua simplicidade e humor.

São geralmente escritas em português, e muitas vezes com algum vocabulário de línguas angolanas (por exemplo, kimbundo, kikongo, etc.), tais como as musicas Kassumuna de Tony Amado; Felicidade de Sebem; Tchiriri de Magnésio; I am de Bruno M; Comboio dos Lambas; Bongo de Noite e Dia entre outros sucessos.

Fonte: http://www.angolaformativa.com/pt/voxpop/origem-e-significado-da-danca-ku/

Confira aqui ” Sofrer só” com Tony Amado.

27. Lambada: História da Lambada.

Essa história é bem interessante pois é praticamente contemporânea. Mas, por incrível que pareça é muito mal contada, e cada um tenta puxar a sardinha prá sua brasa. Tive a oportunidade de começar a dançar bem antes da explosão da lambada e acompanhei bem de perto todo o processo de ascensão e queda deste ritmo como moda no Brasil e em outros países. Estive no Pará e em outros estados da costa nordestina até o Sul da Bahia pesquisando sobre essa história. Assim, não resisti e preparei esse texto para vocês e a conclusão que chego é mais ou menos assim:

As Origens – O Carimbó Na região norte do Brasil, desde os tempos da colônia se dançava uma dança de origem africana chamada Carimbó, tocada com tambores de tronco de árvores enormes afinados a fogo. A dança era solta e super sensual, com movimentos onde a mulher tentava encobrir o homem com a saia e muitos giros. O Carimbó foi evoluindo e ganhando cara nova tanto na música como na dança. Musicalmente foi sofrendo uma influência muito forte da música Caribenha em virtude da proximidade física. Até hoje é comum se ouvir rádios que tocam músicas Caribenhas no norte do Brasil ou mesmo dependendo da localidade como o Amapá escutar as próprias rádios de outros países. Esse contato foi gerando uma mudança tão grande que começou a gerar novos ritmos como o Sirimbó o Lari Lari entre outros alem de dar cara nova ao Carimbó.

O Nome e o pai- Com o tempo em Belém uma rádio local passou a chamar as formas musicais que iam surgindo como “Ritmos de batida forte” ou ritmos de “Lambada” o que foi pegando e firmando um novo nome para uma dança velha que agora tinha cara nova. A dança do Carimbó por sua vez passou a ser dançada a dois, era binária (muito parecida com o Merengue) e bem girada. Cheguei a dançar em 1983 em Belém e em Macapá e comprei alguns LP’s do rei do Carimbó, Pinduca uma autor pouco conhecido no sul mas que fez história e pode ser considerado como o verdadeiro pai da Lambada. A fusão do ritmo Afro original com a música metálica e eletrônica do Caribe deu ao Carimbó nova cor e força e permitiu com que começasse a migrar para o nordeste, mas já com o nome de Lambada.

A Fase Bahiana da Lambada – O Primeiro BUM da Lambada Na Bahia a dança se misturou como o Forró e começou a ganhar uma cara nova além do ritmo ter se transformado em quaternário com um passo diferente do Paraense. A lambada dessa época usava as pernas bem dobradas e era marcada lateralmente com dois movimentos para cada lado. É dessa fase o logotipo do Lambar que mostra as pernas bem dobradas e a saia justa. Nessa época o carnaval Bahiano estava entrando em seu apogeu e a cada ano se lançava uma dança nova. Antes da Lambada veio o “Fricote”, o “Ti ti ti” e várias outras. A força dos trios elétricos da Bahia lançou a Lambada no Brasil, mas foi em Porto Seguro que ela encontrou seu terreno mais fértil. Essa época foi conhecida como o primeiro BUM da Lambada e havia ainda um preconceito muito grande no sul do país. Cuidado com as confusões: O que foi proibido na década de 30 foi o Maxixe e não a lambada que por ter movimentos e letras ousadas deu muito o que falar. O que de fato ocorreu com a lambada é que no seu auge foi muito confundida com algo pornográfico por pessoas que não sabiam nada de dança e quiseram fazer sensacionalismo em cima de algo que na verdade era apenas sensual (eles nem imaginavam o que estava por vir a frente como as boquinhas da garrafa e companhia…) Apesar da dança ter sido uma febre e a Lambada ter sido reconhecido como o ritmo do verão não teve ainda uma repercussão tão forte como a que iria suceder mais a frente. As primeiras lambaterias que abriram não resistiram ao inverno e fecharam, mas ainda não era o fim…

O Sucesso Internacional- Enquanto o Brasil já parecia enterrar a Lambada no Inverno a Europa estava atenta, de olhos abertos. Ao terminar o verão brasileiro dois empresários franceses vieram ao Brasil e compraram os direitos autorais de mais de 300 músicas brasileiras. Montaram o KAOMA com músicos de qualidade e uma senhora estrutura de Marketing. O sucesso foi tão grande que rodou o mundo todo; a Lambada virou uma febre até no Japão onde se dança até hoje.

O Segundo BUM da Lambada- A fama da Lambada no exterior foi tão grande que conseguiu algo inimaginável: Voltou ao Brasil e fez sucesso no sul. Conseguiu uma proeza maravilhosa que só por isso deveríamos agradecer a esse ritmo: Conseguiu tirar a juventude brasileira de uma exílio de 30 anos. Nossos jovens que deixaram de dançar a dois na era do Rock e dos Beatles voltaram as pistas e nunca mais deixaram. Se hoje temos milhares de escolas, uma lista de DS na Internet e muito mais jovens nas pistas é devido ao sucesso do Kaoma e da Lambada no exterior. A essa volta se chamou de “Segundo BUM da Lambada”. Esse momento foi bem maior e mais abrangente do que o primeiro e deixou marcas fortíssimas na nossa cultura. Além do fato marcante dos Jovens terem voltado a Danças de Salão levou a Lambada ao pé de Igualdade do Samba como Música que representava o Brasil no exterior.

Apenas uma ironia.: A música do Kaoma que mas fez sucesso “Chorando se foi” é na verdade Boliviana e se chamava “Llorando se fue”. Como no disco ele era o tema principal foi batizada de Lambada e por esse motivo há até quem diga que a Lambada nasceu na Bolívia o que é um disparate óbvio.

A mudança na dança- Com a explosão mundial a dança da Lambada tomou ares nunca antes vistos no Brasil. A febre por dançarinos para Shows e filmes levou aos dançarinos a mudarem as bases originais da Lambada passando a incorporar muitos passos acrobáticos e giros pelas mãos (tipo Rock) o que antes não existia na dança. Só para se ter uma idéia eu cheguei a presenciar um concurso na “Lambateria UM” no primeiro BUM da Lambada onde seria desclassificado o casal que dançasse separado. Com o auge da lambada muitos músicos quiseram se apropriar da paternidade ou até mesmo da realeza e passaram a se chamar compositores de Lambada, mas a verdade não tardaria a chegar, mostrando que os aproveitadores não durariam muito como foi o caso de Sidney Magal, Fafá de Belém e outros que gravaram lambadas apenas para vender discos mas que de fato não tinham sua bases musicais nesses ritmos.

O Declínio e as novas músicas- Depois desse sobe e desce a produção musical de lambada, que já era fraca, foi diminuindo e como conseqüência a dança foi perdendo sua força apesar de ter deixado milhões de aficionados por todo o Brasil e pelo mundo. Os dançarinos mais resistentes então, começaram a se utilizar de outras formas musicais para poderem continuar a dançar e exercitar um prazer recém descoberto que estava por morrer. Assim foi surgindo o hábito de se utilizar ritmos caribenhos como Salsa, Soca, Merengue, ZOUK entre outros para se dançar o que se fazia antes com as lambadas brasileiras. Outra banda de sucesso que foi muito utilizada e chegou a representar uma boa vendagem de discos associada a dança da lambada foi a banda de Rumba Flamenca “Gipsy Kings’. O fato é que a dança foi voltando sua a forma original menos acrobática e mais suavizada onde o contato com o parceiro tem seu valor resguardado, mas infelizmente (Como sempre queixa o Izrael) o nome que ficou foi o ZOUK pois nossos músicos se esqueceram de nós e a moda musical que não durou mais de dois verões deixou seus órfãos na dança. Será que é tão errado assim chamar a dança de ZOUK? Só sei que o fato nos leva a crer que o ZOUK é nosso “padrasto” ou pai adotivo? Esse assunto é muito filosófico para minha cabeça. Hoje queria apenas contribuir trazendo algo que tive a sorte de poder viver e antes que a nossa história passe a frente diferente da verdade quero deixar pelo menos essa contribuição. Feliz o povo que tem uma cultura assim tão vasta que pode escolher seu ritmo nacional. Mas, feliz também será o povo que souber cuidar da sua cultura para que ela não morra.

Texto de Chico Peltier. Maéria extraida de http://www.dancadesalao.com/agenda/lsthistorialambada.php

Confira “Lambada” com o Grupo Kaoma.

28. Lundum: Conhecido também como Lundu, Landu ou Londu. Dança e canto de origem africana, baseados em sapateados, movimentos acentuados de quadris e umbigadas. Trazidos para o Brasil(Pará) por escravos Bantos no século XVIII. Nessa mesma época os escravos praticam-no no Rio de Janeiro, onde constituiu uma das origens do Samba e da Chula.Cantores mais famosos: grupos folclóricos.

Confira ” Anônimo, século XIX. Colhida por Mário de Andrade.

Collegium Musicum de Minas.

29. Mambo: Nasceu em Cuba e virou uma salada musical. Tem como antepassados os ritmos afro-cubanos derivados de cultos religiosos no Congo. Seu nome vem da gíria usada pelos músicos negros(“Estás Mambo”-tudo bem com você?-) que tocavam El Son nas charangas(bandas locais cubanas). Perez Prado adicionou metais nas charangas e foi de fato o primeiro a rotular essa nova versão de El Son de Mambo. Invadiu os E.U.A. nos anos 50.Cantores mais famosos: Prez Prado, Xavier Cugat,Tito Puente e Beny Moré.

Confira “Hong Kong Mambo” com a Orquestra de Tito Puente.

30. Mariachi: O mariachi não é uma invenção de uma pessoa, mas o produto de uma mistura de cultura , religião e música que surgiu a partir de 1500.

Os historiadores dizem que, em 1533, Fray Juan de Padilla ensinava os povos nativos da Cocula a doutrina cristã usando música espanhola.

Os índios rapidamente se esforçaram para incluir o violino e guitarra em seus grupos e mostraram muito talento para criar instrumentos, mais tarde, o indígena Justo Rodríguez Nixen inventou a vihuela usando uma carapaça de tatu. Mais tarde foi introduzido o guitarrón usando tripas de animais como cordas. Ao longo dos séculos XVI e XVII, a música espanhola começou a florescer em todo o México e com a música nativa deu lugar a uma mistura de percussão e melodia que originou o mariachi.

Em algum momento pensou-se que a palavra mariachi viesse da palavra francesa “mariage” ( “para o casamento ou união”), relativa à banda com as partes durante a ocupação francesa no oeste do México. Esta foi uma versão bem conhecida e aquela que durou até aparece em alguns livros didáticos; no entanto foi rejeitado em 1981, quando nos arquivos de uma igreja, foi descoberta uma carta escrita por Arcebispo Pai Cosme Santa Ana , onde ele se queixa sobre o barulho “mariachis” e é datado de 1848, muito antes da ocupação pelos franceses.

A versão mais bem sucedida e simples é que a palavra mariachi foi criado em cocula no século XVI pelos índios , descendentes dos chimalhuacanos para se referir a “músico ou artista de qualquer instrumento.” No entanto, não existe uma versão oficial da origem da palavra, mas parece muito mais velho do que se pensava.

Apesar de terem desfrutado de uma tradição de várias centenas de anos, a música mariachi foi principalmente uma forma de arte do povo do campo usado como acompanhamento para dançar e foi aprendido e ensinado apenas “de ouvido”. Não era até o início do século passado, quando o mariachi foi padronizado com a chegada maciça na Cidade do México, após a Revolução, os grupos que tocavam este gênero como Mariachi José e Cirilo Marmolejo, atingiu o Distrito Federal em 1927. O mariachi até então consistia num conjunto de apenas instrumentos de corda: guitarra, guitarra baixo, vihuela e, por vezes, harpa, embora na parte sudeste do México, a flauta também foi incluído para interpretar a huapango.

Já nos anos trinta, o futuro presidente Lázaro Cárdenas, em um esforço para unificar a tradição cultural e musical do México, convidou o Marichi Vargas de Tecalitlán (criado por Gaspar Vargas em 1898) para acompanhá-lo na sua campanha em 1936, favorecendo a popularidade da música mariachi e tornando-se uma referência do México. Vargas, em seguida, incluiu um músico treinado, Ruben Fuentes para liderar o grupo, padronizando as apresentacoes incluindo o uso de música escrita e nos anos cinquenta foi incluído o trompete e adotado o mariachi charro como vestuário, tal como a conhecemos hoje.

Texto de Patricia Diaz

Fonte?http://aztecacharrua.webcindario.com/lahistoriadelmariachi.htm

Confira aqui”Mariachi Vargas”

31. Merengue: Estilo em rítmo veloz e malicioso, nascido na República Dominicana, tem o seu nome derivado do jeito que os dominicanos chamavam os invasores franceses no século XVII(merenque).Cantores mais famosos: Juan Luis Guerra e Walfrido Vargas.

Confira “Sin tu amor soy nada”com Maria Cordero.

32. Metal : O Heavy Metal, também chamado de Metal, é um estilo musical derivado, em suas raízes, do Rock’n roll. O nome, em inglês britânico, significa Metal pesado. Antes de se tornar um rotulo musical, a palavra Heavy Metal já foi usada pelo exercito norte americano emoperações de guerra. O Heavy Metal tem sua historia ligada ao rock. No inicio dos anos 50 o gênero Rock’n roll ganhou espaço na musica. O artista mais popular do estilo foi Elvis Presley.

O Rock’n roll deu origem ao rock, no qual Os Beatles foram a banda mais reconhecida, chegando a vender mais de um bilhão de álbuns.

Em 1969 os Beatles acabaram, com a saída de John Lennon do grupo. Nesta mesma época, as bandas Cream, Jimi Hendrix Experience, Blue Cheer e Led Zeppelin estavam começando a fazer modificações no blues e no rock, adicionando riffs e fazendo distorções de guitarra.

Durante o final dos anos 60 e inicio dos anos 70, o rock continuou como um gênero homogêneo, sem muitas modificações. Ainda nos anos 70, quando todos entenderam que os Beatles tinham realmente chegado ao fim, o rock passou a ter varias ramificações, como o Heavy Metal, o rock progressivo, e o Punk rock. Estes gêneros, juntamente com outros, deram origem ao hard rock, hardcore, industrial, new wave, pós-punk entre vários outros gêneros.

O Heavy Metal, embora tenha sido um sub gênero do Rock, se transformou em um estilo original, e muito complexo. Sua principal característica são os Riffs de guitarra. É considerado um estilo musical muito pesado, e marcante.

Algumas bandas muito importantes no Heavy Metal:

AC/DC: são considerados, juntamente com algumas outras bandas, os pioneiros do Heavy Metal. A banda diz que seu estilo é o Rock’n roll, embora se encontrem vários dos elementos originais do Heavy metal no trabalho da banda. Led Zeppelin: Mais uma banda pioneira do Heavy Metal, a banda foi formada na Inglaterra, em 1968. A Musica Stairway to Heaven é conciderada por muitos como o maior clássico do rock de todos os tempos.

Judas Priest: A banda ajudou a remover a maioria das influencias do blues no Heavy metal. Eles impulcionaram o Heavy metal no inicio da carrreira.

O Heavy metal tem varios sub gêneros:

Death metal: Surgiu na década de 80, suas letras contem temas como morte, violência e fragilidade humana. Este estilo possui bastante agressividade nas musicas.

Folk metal Mistura do Heavy metal com alguma musica cultural da região de origem.

Metal sinfônico: Um dos gêneros mais consagrados do Metal, este estilo mistura o Heavy metal com instrumentos musicais clássicos, como violino e acrescenta o teclado nas musicas. O Vocal é geralmente feminino e Lírico. Alguns ícones do estilo são as bandas Nightwish e Épica.

O Heavy metal foi a base para centenas de gêneros e subgêneros. Mesmo os subgêneros do metal têm outros Subgêneros, como o metal sinfônico, que tem como subgêneros o Black metal sinfônico, Cello metal e o Power metal sinfônico.

Fonte:http://www.infoescola.com/musica/heavy-metal/

Confira Metal aqui” Fear of the dark” com Iron Maide

33. Milonga: A Milonga é um género musical folclórico, típico da Argentina e da cultura gaúcha, embora a sua origem seja controversa e incerta, discutindo-se se se desenvolveu a partir da Habanera Cubana ou da Guarira Flamenca. Actualmente também são chamados de milongas os bailes onde se dança Tango, Milonga e Valsa Argentina e, por extensão, os locais onde esses se realizam.

Sabe-se que contem elementos africanos na sua constituição rítmica e na origem do seu nome, já que em Kimbundo milonga significa “palavras” e se utilizam várias letras para a mesma melodia de Milonga. A Milonga sofreu influências de danças criolas, europeias, brasileiras e cubanas e adaptações em cada região até chegar ao Rio da Prata (Buenos Aires e Montevideu). Descende ainda do Choro, do Candomblé, da Chamarrita, do Tango e sobretudo da Habanera – motivo pelo qual era conhecida por Habanera dos pobres.

Em 1931 Sebastián Piana criou uma nova forma de Milonga. À original passou-se a chamar de Milonga Campera ou Surera e, à nova de Milonga Ciudadana ou Sentimental, sendo a que actualmente se dança.

Confira “Milonga” com Tango Argentino.

34. MPB: A Música Popular Brasileira (MPB) é um gênero musical que surgiu nos finais dos anos 60 no Brasil, alavancado pelo movimento musical da Bossa Nova, que encontrava-se em declínio.

Para muitos, a MPB surge no ano de 1966, compondo a chamada “segunda fase da Bossa Nova”. No contexto brasileiro, a época era de efervescência política, cultural, econômica diante do poder totalitário, o Golpe de 64, a ditadura militar, manifestações, censura, protestos, movimentos estudantis, a contracultura.

No ano anterior, em 1965, fora realizado o “I Festival de Música Brasileira”, recebido com muito sucesso pelo público e transmitido pela TV Excelsior, de São Paulo. Diante do Sucesso do festival, no ano seguinte, a emissora promoveu, a segunda edição do evento, o “II Festival de Música Brasileira”, o qual teve grande repercussão e êxito. Por conseguinte, em 1967, a TV Excelsior realiza o “III Festival de Música Popular Brasileira”, a versão mais famosa de todas, que revelou vários novos compositores e intérpretes da história da música brasileira, como Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Elis Regina.

Paralelamente aos festivais paulistas, a TV Globo lançou o Festival Internacional da Canção (FIC), também lançando nomes da MPB, como Milton Nascimento, Raul Seixas, Beth Carvalho, Ivan Lins, e muitos outros.

Portanto, a MPB foi caracterizada pela união das técnicas da bossa nova com as ideias inovadoras dos estudantes da UNE que buscavam uma música mais brasileira, popular e menos sofisticada, como a Bossa Nova se apresentava.

Com isso, surge esse novo estilo, que muitas vezes é confundido com a música brasileira em si. Nesse sentido, vale lembrar que a MPB é um gênero musical que cresce cada vez mais, representado por muitos artistas da atualidade, como por exemplo, Gal Costa, Maria Bethânia, Adriana Calcanhoto, Chico César, Elba Ramalho, João Bosco, Lenine, Maria Rita, Milton Nascimento, Nando Reis, Seu Jorge, Tim Maia, Ney Matogrosso, Vanessa da Matta, Zeca Baleiro.

Desde o início, a MPB foi marcada por temas da cultura brasileira, com influência de uma mistura de ritmos como do rock, soul, samba, pop, reggae, dando origem a estilos como o samba-rock, o samba-reggae, dentre outros.

Confira “Um indio” com Milton Nascimento.

35. Pagode: Variação do samba que apresenta características do choro, com conotação romântica e andamento fácil para dançar. Obteve grande sucesso comercial no início da década de 1990.

Confira “Uma Prova De Amor” com Zeca Pagodinho.

36. Passodoble: Nasceu há três séculos, na Espanha, junto com as touradas. Tem o mesmo ritmo quente e apaixonante desse espetáculo.

Confira com “Pasodobles españoles”

37. Polca: A Polca é oriunda da Boêmia (atualmente, região da República Tcheca) do início do século XIX. Além de estilo musical, também é uma espécie popular de dança, que tinha como atrativo na sua origem a proximidade necessária – para a execução da coreografia – entre os casais. Foi muito difundida mais tarde pela Europa e pela América.

Caracteriza-se pelo compasso binário simples e por ritmo alegre e intenso. No Brasil, alcança grande popularidade a partir da segunda metade do século XIX como ritmo musical e de dança. Desenvolve-se com a criação de subestilos como a polca militar e a carnavalesca. Influenciará mais tarde a criação do Choro.

Confira “Jura” com Altamiro Carrilho e sua bandinha.

38. Pop: Música Pop é um gênero musical que não apresenta um rítmo específico, mas um sistema de valores que envolve espetáculo no palco, moda visual e empatia entre o público juvenil. É um tipo de música que alcança um alto número de vendas e/ou execuções. A música Pop tem a marca e apreciação por parte de todo tipo de público. Os artistas que se dedicam a compor canções no estilo Pop tem como principal objetivo a sua audiência e o seu sucesso comercial.

Confira “Billie Jean” com Michael Jackson.

39. Punk: É conhecido como punk o estilo de rock característico da segunda metade da década de 1970, tendo em comum poucos acordes, refrões marcantes e canções de cerca de dois minutos de duração, ou até menos.

O estilo punk é caracterizado ainda por ser completamente urbano, nascido do inconformismo e do tédio com o cenário musical da época, que reconhecidamente promovia músicas e artistas “produzidos”, ou seja, que recebiam todo um preparo de empresários e técnicos envolvidos no negócio musical, e que não raramente, negociavam a inserção das canções de seus protegidos em rádio e televisão.

Com essa visão em mente, os primeiros punks forjaram o seu visual a partir do método que ficou conhecido pela sigla DIY (do it yourself, ou faça você mesmo), que envolvia se vestir, comportar, expressar, e principalmente, fazer música do modo como cada um achasse melhor. A criatividade e a individualidade eram a norma.

A origem do punk pode ser encontrada em grupos como MC5, Velvet Underground e Stooges, ativos no fim dos anos 60 e início dos 70. Influenciados por esse tipo de som, jovens que mal sabiam tocar instrumentos começaram a se reunir e fazer sua própria música. Esse é o caso dos Ramones, que começou a se apresentar no hoje lendário clube CBGB de Nova Iorque em 1974.

Com jaquetas de couro, cabelos a la Beatles, um som forte e rápido, praticamente nada se parecia com aquela banda na cena local, e, por isso mesmo, as primeiras apresentações reuniam pouco mais de meia dúzia de “testemunhas”. Um ano depois a cena punk começa a se desenvolver na Grâ-Bretanha, a partir da loja de roupas “Sex”, de Malcolm McLaren.

Observando os clientes de sua loja, McLaren seleciona quatro jovens ignorantes sobre música, que, sob sua direção, formam os Sex Pistols, a principal banda de punk britânica. Devido à natureza da sociedade local, excessivamente estratificada, ou seja, onde a diferença de classe é fator fundamental no destino do cidadão, o punk é adotado pelos jovens da classe trabalhadora mais humilde, que, numa Grâ-Bretanha em crise, com pouca oferta de emprego e perspectiva, alimentava movimentos como o punk, de revolta e descontentamento com o modo como a sociedade funcionava. Apresentando-se em pequenos teatros, salões de escolas, porões de prédios transformados em clube, os Pistols vão reunindo uma legião de fãs, e animando outros a formarem bandas, exemplo de The Clash, que compõe letras de forte cunho social e político de esquerda, além de demonstrar grande influência do reggae, ska e rocksteady trazido pelos imigrantes jamaicanos, que viviam ao lado desses mesmos jovens brancos da humilde classe trabalhadora. Assim como as bandas britânicas da década de 60, que receberam forte influência do rhythmn & blues e do soul, o punk iria trazer influências da música jamaicana.

No início dos anos 80, a intensidade do punk diminui, os Sex Pistols desaparecem, os Ramones continuam, mas com menos intensidade, e o Clash logo vai se extinguir, e a cena musical começa a ser dominada por um estilo mais suave e idílico, o chamado “new wave”. Mas, a semente da revolta e do inconformismo estava ainda muito viva, fato comprovado pelo movimento grunge, que surgiria em Seattle, no início dos anos 90, na terra do guitarrista Jimmy Hendrix, e cujo principal representante seria a mais importante banda de rock da década, o Nirvana, de Kurt Cobain. Fonte http://www.infoescola.com/musica/musica-punk/

Confira Punk “Polly” com Nirvana.

40. Rancheira: É um estilo musical brasileiro, originada no meio rural. Apresenta variações regionais, sendo as mais importantes a rancheira gaúcha, com marca da influência do ritmo do norte argentino, e a rancheira sertaneja, originada no Sudeste do Brasil, mais especificamente no interior paulista, com influência de ritmos bolivianos e paraguaios. A rancheira é também o nome da forma de dançar (bailar) que é adequada à música. “fonte Wikipédia”

Confira”Somos apaixonados”com Chitãozinho e Xororó”

41. Reggae: A cultura musical do povo jamaicano até a primeira metade do século XX resumia-se basicamente aos cantos folclóricos e religiosos de origem africana, além de interpretações da música europeia executadas por escravos para os fazendeiros locais.

Com o processo de industrialização e as novas tecnologias dos anos de 1940/50, como o rádio, o povo da ilha caribenha passou a sofrer influência dos ritmos americanos – o Rhythm&Blues, que eram tocados nas rádios de Nova Orleans. Os cantores americanos em destaque na época eram – Fats Domino, Ray Charles e Louis Jordan.

Devido essa influência a Jamaica deu início a sua primeira manifestação musical quando surgiram os primeiros Sound System, no início da década de 1950. Esses Sound System eram uma discoteca de rua, que eram montadas nas regiões mais pobres de Kingston, onde as pessoas reuniam-se para dançar e interagir ao som dos Rhythm&Blues.

Com intenção de obter lucro nas produções e apresentações dessas discotecas de rua, os Sound System, surgiram figuras importantes, como – Clement Coxsone Dodd e Arthur Duke Reid, com suas gravadoras e seus comércios de bebidas. As gravadoras não produziam discos para o comércio, mas exclusivamente para a promoção dos Sound System.

Devido à produção destes discos que eram executados na versão jamaicana do Rhythm&Blues, por músicos americanos, foi sendo desenvolvido um novo ritmo peculiar na Jamaica – o SKA.

Este ritmo jamaicano relatava em suas canções temas sobre a realidade da classe trabalhadora, da marginalidade e da discriminação.

Após a independência, em 1962, o SKA saiu das periferias de Kingston e adquiriu adeptos mundo afora. O povo jamaicano intensificou a procura por toca discos com a intenção de ouvir em suas residências as músicas que eram tocadas nos Sound System e sob a influência, principalmente do cantor e compositor jamaicano Price Buster, o SKA internacionalizou-se, com sua entrada na Inglaterra.

Enquanto o SKA era aceito pelas classes ricas da Jamaica e da Inglaterra, os bairros mais pobres de Kingston eram um território sem leis, dominados por gãngsters – os Rudeboys. Essa classe excluída, percebendo que o SKA havia se tornado um ritmo das elites, passaram a adotar um ritmo mais lento com letras que representasse sua realidade social e econômica.

E sob a influência do Soul de Dionne Warwick e o Pop de Martha Reeves a periferia de Kingston criou um novo ritmo – o Rocksteady.

Esse era o Pop dos Jovens pobres da Jamaica.

O Rocksteady continuou sendo executado no mesmo método do SKA, em encontros nos Sound System nas periferia, e comandados pela nova geração de Rudeboys. Nos guetos de Kingston, o Rocksteady foi a maneira que a juventude encontrou para buscar a paz interior, a paz de espirito com letras carregadas de romantismo.

Não havia nenhum pensamento focado em dinheiro ou consumismo, mas somente a busca em fortalecer a honestidade, a sinceridade e a pureza espiritual.

Contudo, as condições de vida na Jamaica no final da década de 1960, foram se degradando, devido à recessão econômica do pós-independência.

Eis que floresce do undergroud jamaicano a música que iria revolucionar internacionalmente, com suas letras pesadas e carregadas de engajamento social – o Reggae.

Este estilo undergroud jamaicano, o Reggae, recebeu influência do Blues e do Jazz americano, além da percussão africana com efeitos de teclados. Os precursores deste estilo de Reggae foram – Pioneers, Beltones e Larry Marschall. No entanto, quem difundiu o Reggae internacionalmente foram personagens como – Bunny Wailer, Peter Tosh e Bob Marley.

O Reggae ainda hoje é cultuado e identificado com o movimento Rastafári, que se propagou e conquistou muitos adeptos mundo afora, devido sua filosofia de paz, amor, resistência, conscientização e critica social. Fonte: http://musicblues.net/as-origens-do-reggae/

Com o objetivo de preservar essa história musical, o Ministério da Cultura da Jamaica iniciou um processo para inscrever o Reggae como patrimônio cultural jamaicano, que será apresentado na Unesco, em 2017.

Confira Reggae aqui”No Woman no cry” com Bob Marley.

42. Rock And Roll: ou simplesmente Rock, é o estilo musical que surgiu nos Estados Unidos em meados da década de 1950 e, por evolução e assimilação de outros estilos, tornou-se a forma dominante de música popular em todo o mundo. Os elementos mais característicos do estilo são as bandas compostas de um ou mais vocalistas, baixo e guitarras elétricas muito amplificadas, e bateria. Também podem ser usados teclados elétricos e eletrônicos, sintetizadores e instrumentos de sopro e percussão diversos.

Do ponto de vista musical, o Rock surgiu da fusão da música Country, inspirada nas baladas da população branca e pobre do Kentucky e de outras regiões rurais do centro dos Estados Unidos, de estilo épico e narrativo; e do Rhythm and Blues, por sua vez uma fusão dos primitivos cantos de trabalho negros e do Jazz instrumental urbano. Inicialmente de música muito simples, era um estilo de forte ritmo dançante. Entre os primeiros cantores e compositores, quase todos negros, destacaram-se Chuck Berry, Little Richards e Bill Halley, este líder de uma banda conhecida no Brasil com o nome de Bill Haley e seus Cometas, que gravou a pioneira Rock Around the Clock. As letras das canções da época referiam-se, de forma inculta e irreverente, a temas comuns ao universo dos jovens, como amor, sexo, crises da adolescência e automóveis. Utilizavam percussivamente o som das palavras e também sílabas soltas e onomatopaicas, como be-bop-a-lula, que deu nome a uma canção.

Elvis Presley foi o primeiro grande astro do Rock e da emergente indústria fonográfica. Apoiadas sobretudo no sucesso do gênero, as gravadoras americanas transformaram-se em impérios financeiros e, em sua intenção de tornar o rock atraente a uma maior audiência, promoveram transformações que descaracterizaram a vitalidade inicial do movimento. No início da década de 1960, no entanto, o Rock inglês explodiu com uma carga de energia equivalente à dos primeiros músicos americanos do estilo e seu sucesso logo conquistou o público jovem americano. Destacaram-se no período The Beatles, banda inglesa cuja música foi influenciada diretamente pelos primeiros compositores do Rock. Tipicamente agressiva era a postura dos Rolling Stones, a mais duradoura das bandas da época, ainda em atividade na década de 1990. A sonoridade das palavras voltou eventualmente a ser mais importante que o sentido, na tentativa de descrever experiências com o uso de alucinógenos. Na América, Bob Dylan tornou-se conhecido com o Folk Rock, que unia os ritmos do Rock às baladas tradicionais da música Country. Sua música encerrava uma mensagem política em linguagem poética.

Progressivamente, as letras das canções passaram a abordar os mais variados assuntos, em tom ora filosófico e contemplativo, ora ácido e mordaz. A música passou também por um processo de maior elaboração e surgiram os solistas de grande virtuosismo, sobretudo guitarristas, e arranjos com longas partes instrumentais de complexa orquestração. A cantora Janis Joplin, o guitarrista Jimi Hendrix e o cantor Jim Morrison, do The Doors, representam um período de fértil experimentação musical do estilo.

Na década de 1970, surgiram inúmeros subgêneros, como o Rock progressivo do Pink Floyd, basicamente instrumental e conectado com a música erudita; o Technopop do Alan Parsons Project, que explorava o sintetizador e as técnicas de estúdio; o Art Rock, ligado ao artista pop Andy Warhol e aos músicos John Cale e Lou Reed; o Heavy Metal do Kiss e do Van Halen e o Punk Rock do Sex Pistols, surgido no movimento punk, que levou a extremos a intensidade sonora dos instrumentos e a agressividade das letras e atitudes; o glitter de Alice Cooper e David Bowie, que acentuou o lado andrógino dos cantores, com figurinos exóticos e pesada maquiagem; e o Pop Rock, fusão do estilo a gêneros mais comerciais, com larga utilização de instrumentos eletrônicos.

Confira aqui”God Gave Rock And Roll To You” com Kiss.

43. Rock instrumental: Rock Instrumental é a música de rock & roll que ganhou força no fim dos anos de 1950 nos Estados Unidos, caracterizada pela ausência de vocal, sendo valorizada somente a condução instrumental. Faz parte da chamada música instrumental popular.

É pioneira em experimentalismo e flerta bastante com a música folk e música regional.

A música instrumental já era difundida antes da anos 50 e foi importante para o desenvolvimento do rock ‘n’ roll, como o bluegrass, western swing e boogie woogie. Honky Tonk foi um R&B de 1956 de Bill Doggett e influente para o gênero.

O rock instrumental se fortaleceu mais precisamente a partir de 1958 na América com artistas que contribuíram com a evolução do baixo elétrico e daguitarra elétrica. Eles experimentaram músicas regionais e efeitos sonoros. Alguns dos varios artistas são; Link Wray, Duane Eddy, Santo & Johnny e

The Fireballs. Outros grupos ganharam destaque em 1959 como The Ventures e o inglês The Shadows. O rock instrumental é uma das raízes do surf rock.

O rock instrumental e surf rock (período de 1958 até 1964) foram importantes para a época, e também serviram de influencia para a Invasão Britânica.

Além de contribuir na evolução musical do rock ‘n’ roll, o rock instrumental permitiu experimentos como o desenvolvimento da distorção, reverbs e uso da díade, como exemplo o guitarrista Link Wray com a Rumble em 1958. Duane Eddy no mesmo ano também contribuiu gravando Movin’n’Groovin.

E Dick Dale, que apesar de só gravar em 1961, ajuda na evolução da potência da guitarra e reverbs nesse mesmo período através de seu trabalho com Leo Fender. Outro grupo pioneiro do gênero na época foi The Champs.

Desenvolvimento e primeira metade dos anos de 1960.

Estes artistas exploraram novos instrumentos e estimularam o experimentalismo. Um fator importante foi a influência de imigrantes mexicanos nos Estados

Unidos na segunda metade dos anos 1950. Um bom exemplo foi Ritchie Valens com seu sucesso em 1958 e 1959.

Link Wray é um descendente de Shawnee, uma tribo de índios americanos. Grava Rumble, sendo uma pioneira no rock e na distorção da guitarra. Esta canção foi acusada de apologia à violência pelo seu nome e proibida em varias estações de rádio, mas seu sucesso foi grande. Link Wray furava as caixas de som no estúdio para poder deixar o som distorcido. Ele citava suas origens nos nomes de seus instrumentais como Comanche de 1959. Músicos como Muddy Waters, T-Bone Walker e Elmore James também foram pioneiros da guitarra elétrica desde os anos de 1940.

Santo & Johnny foi a dupla clássica do rock’n’roll formada pelos irmãos ítalo-americanos, Santo & Johnny Farina que estudaram a guitarra e guitarra havaiana, mais conhecida como steel guitar no Hawaii. Santo com sua steel guitar e Johnny com a guitarra elétrica lançaram um instrumental em 1958 chamada Sleep walk.

A dupla foi um grande sucesso e influenciou praticamente muitos grupos de rock’n’roll de toda década de 1960.

Por volta de 1888, Jonah Kekuku, um havaiano de O’ahu, então com 14 anos e estudando em Honolulu, acha um cilindro de metal enferrujado no chão. Ele passa a usá-lo pra tocar seu violão acústico e assim nasceu a concepção que hoje reconhecemos como slide guitar, que é chamado por ele de steel guitar. O aço também se refere ao elemento usado para tocar o instrumento, o slide (deslizante).

Duane Eddy – Lança seu álbum de estreia em 1958, Have Twangy’ Guitar Will Travel, com classicos como Moovin’ N’ Groovin. Foi votado pelo New Musical Express (tablóide britânico) como personalidade musical número 1 do mundo. Foi o primeiro guitarrista do rock ‘n’ roll à ter uma assinatura modelo de guitarra.

Em 1960 a Guild Guitars introduziu a Duane Eddy Modelo DE 400 e a Deluxe DE 500. Influenciou muitos guitarristas.

Dick Dale lança suas músicas a partir de 1961 com Let’s Go Tripin, Jungle, etc. Misirlou (1962) é uma das mais conhecidas gravações de surf rock.

The Fireballs foi outro grupo importante para o rock instrumental com clássicos no fim dos anos 1950 como I Don’t Know e Fireball de 1958, Torquay e Bulldog em 1959 , além de EPs e álbuns em 1960 como Fireballs e Vaquero.

The Shadows antes era a banda chamada Drifters’ em 1958 que acompanhava Cliff Richard, um artista e pioneiro inglês. Como o grupo americano Drifters processou os inglêses, tiveram que mudar para Shadows, agora só como banda instrumental em 1959. O guitarrista Hank Marvin é um dos principais da banda,e o The Shadows é um dos mais influentes grupos no mundo. O grupo na época de Cliff Richard foi responsável por uma das primeiras gravações de rock’n’roll britânicas, segundo músicos como J. Lennon. O grupo lança a Jet Black em 1959.

O instrumental Apache de Shadows de 1960 foi escrito por Jerry Lordan, um compositor de música instrumental de nome na Inglaterra, e foi originalmente gravada no inicio de 1960 por Bert Weedon’, um guitarrista bastante conhecido no país. Jerry não gostou da versão e fêz com que não fosse liberada e realizada, deixando para os mais jovens The Shadows. Apache foi inspirada no filme de 1954 chamado Apache.

Os ingleses também influenciaram grupos da Jovem Guarda como Os Incríveis, Jet Blacks, e outros grupos de rock instrumental brasileiro, sendo o principal deles, The Jordans.

The Ventures foi um dos maiores representantes do surf rock nos anos 60, sendo o maior rival dos ingleses. Influenciou com seus clássicos como Walk Don’t Run e Perfídia em 1960. George Harrison diz que Beatles preferiu Ventures como base de influencia nos anos 1960.

Como resultado desta febre, se destacaram bandas como The Surfaris, The Atlantics, The Chantays e muitos outros entre 1961,1962 e 1963. Bo Diddley lançou discos do gênero, incluindo bandas de surf rock vocal como Beach Boys e a dupla Jan & Dean.

Depois da segunda metade dos anos 60 até a atualidade, surgiram vertentes musicais do rock’n’roll e rhythm & blues que deram sequencia a propostas virtuoses e instrumentais.fonte Wikipédia

Confira aqui “The Shadows – Riders In The Sky”

44. Rumba: Por volta de 1880, após a abolição da escravidão, os negros pobres de Havana e de Matanzas criam a rumba, em protesto contra uma sociedade que os marginaliza, embora já sejam completamente livres. Há quem afirme que a rumba vem de um outro ritmo denominado guaguancó , desde a época em que os colonizadores trouxeram para Cuba a chamada música flamenga, há mais de 400 anos. O estilo espanhol fundiu-se com os ritmos primitivos que os escravos africanos tocavam nos batás , originando-se dessa mistura de sons o novo ritmo em suas várias versões. Os batás eram espécies de tambores de duas bocas feitos a partir de troncos ocos de árvores e eram considerados pelos africanos como tambores sagrados de Xangô.

Na época de sua criação a rumba animava as festas espontâneas realizadas pelos negros nos solares – pátios dos casarios – e originalmente eram identificadas em três formas distintas: a colúmbia executada pelos escravos, o guaguancó sugerindo o jogo de sedução e o yambú , de forma mais lenta evocando a postura dos idosos.

A partir dos anos 40, a rumba cubana se internacionalizou. Invadiu os salões, constantemente aparecia nas telas dos cinemas em todo o mundo; cantores cubanos foram convidados a se apresentar em palcos da Europa e das Américas, orquestras cubanas tais como Lecuona Cuban Boys, Machito y sus Afro Cuban , Sonora Matancera são presenças constantes nos palcos internacionais; surgem as rumbeiras famosas nos palcos e nas telas, tais como Maria Antonieta Pons , Ninon Sevilha, Cuquita Carballo e outras mais.

Neste gênero, algumas composições tornaram-se verdadeiros clássicos da música popular, conseguindo romper a barreira do tempo permanecendo até hoje como temas de filmes ou mesmo em regravações com roupagens atualizadas. Dentre elas destacam-se:

Quiereme Mucho (G. Roig), Cubanacan (M. Simons), Rumba Azul (A. Oréfiche), Rumbas Cubanas (E. Grenet), El Manicero (M.Simons), etc. Fonte http://www.musicacubana.com.br/ritmos.htm

Confira “Orquestra Romantica Del Casino de Hawana- Asi Es La Rumba”

45. Sertanejo : Ou música caipira é um gênero musical do Brasil produzido a partir da década de 1910 por compositores rurais e urbanos, outrora chamada genericamente de modas, toadas, cateretês, emboladas, cujo som da viola é predominante.

O folclorista Cornélio Pires conheceu a música caipira, no seu estado original, nas fazendas do interior do Estado de São Paulo e assim a descreveu em seu livro “Conversas ao pé do Fogo”:

-“Sua música se caracteriza por suas letras românticas, por um canto triste que comove e lembra a tipicas historias do sertão’, mas sua dança é alegre”.

Cornélio Pires em seu livro “Sambas e Cateretês”, recolheu letras de música cantadas nas fazendas do interior do estado de São Paulo no início do século XX, antes de existir a música caipira comercial e gravada em discos. Sem o livro “Sambas e Cateretês” estas composições teriam caído no esquecimento.

Inicialmente tal estilo de música foi propagado por uma série de duplas, com a utilização de violas e dueto vocal. Esta tradição segue até os dias atuais, tendo a dupla geralmente caracterizada por cantores com voz tenor (mais aguda), nasal e uso acentuado de um falsete típico. Enquanto o estilo vocal manteve-se relativamente estável ao longo das décadas, o ritmo, a instrumentação e o contorno melódico incorporaram aos poucos elementos de gêneros disseminados pela indústria cultural.

Destacaram-se inicialmente, entre as duplas pioneiras nas gravações em disco de vinil, Zico Dias e Ferrinho, Laureano e Soares, Mandi e Sorocaba e Mariano e Caçula. Foram as primeiras duplas a cantar principalmente as chamadas modas de viola, de temática principalmente ligada à realidade cotidiana – casos de “A Revolução Getúlio Vargas” e “A Morte de João Pessoa”, composições gravadas pelo duo Zico Dias e Ferrinho, em 1930, e “A Crise” e “A Carestia”, modas de viola gravadas por Mandi e Sorocabinha, em 1934. Gradualmente, as modificações melódicas e temáticas (do rural para o urbano) e a adição de novos instrumentos musicais consolidaram, na década de 1980, um novo estilo moderno da música sertaneja, chamado hoje de “sertanejo romântico” – primeiro gênero de massa produzido e consumido no Brasil, sem o caráter geralmente épico ou satírico-moralista e menos frequentemente, lírico do “sertaneja de raiz”.

Tais modificações dentro do gênero musical têm provocado muitas confusões e discussões no país a cerca do que seria música caipira/sertaneja. Críticos literários, críticos musicais, jornalistas, produtores de discos, cantores de duplas sertanejas, compositores e admiradores debatem sobre as quais seriam as formas artísticas de expressão do gênero, que levam em conta as mudanças ocorridas ao longo de sua história. Muitos estudiosos seguem a tendência tradicional de integrar as músicas caipira e sertaneja como subgêneros dentro um só conjunto musical, estabelecendo fases e divisões: de 1929 até 1944, como “música caipira” (ou “música sertaneja raiz”); do pós-guerra até a década de 1960, como uma fase de transição da velha música caipira rumo à constituição do atual gênero sertanejo; e do final dos anos sessenta até a atualidade, como música “sertaneja romântica”. Outros no meio acadêmico, no entanto, consideram “música caipira” e “música sertaneja” gêneros completamente independentes, baseado na ideia de que a primeira seria a música rural autêntica e/ou do homem rural autêntico, enquanto a segunda seria aquela feita, como “produto de consumo”, nos grandes centros urbanos brasileiros por não-caipiras. Outros autores estendem o conceito de música caipira/sertaneja ao baião, ao xaxado e outros ritmos do interior do Norte e Nordeste.

Se for adotado o critério de que música caipira e sertaneja são sinônimos, pode-se dividir este gênero musical em alguns subgêneros principais: “Caipira” (ou “Sertanejo de Raiz”), “Sertanejo Romântico” e “Sertanejo Universitário”. “fonte Wikipédia”

Confira aqui”Do outro lado do rádio” com Daniel.

sertanejo romântica

“Casa caipira’ com Tonico e Tinoco

sertanejo raiz

46. Sertanejo universitário: Provém de uma mistura da música sertaneja, do segmento Freestyle do Funk Carioca e dos embalos e agitos das danças do Arrocha. No movimento sertanejo, o segmento é conhecido como sendo seu terceiro movimento. Canções simples predominam nesse estilo, e por conta dos cantores jovens é considerado “universitário”.5 Em vez dos tradicionais acordeões e violões, sintetizadores e guitarras elétricas começaram a ser usadas com mais frequência nesse estilo de música. Esta variação se diferencia do sertanejo por ter mais elementos do pop, e linguagem voltada ao público mais jovem se comparada com demais movimentos do gênero.

Segundo o advogado Rafael Teodoro, crítico de música e literatura, o conceito de “sertanejo universitário” é dos mais obscuros do cancioneiro nacional. Trata-se de uma aparente “contradictio in terminis”, afinal, “sertanejo” remete à ideia de “sertão”, área agreste, rústica, visto que distanciada dos grandes centros urbanos. Já “universitário” é adjetivo que se liga incontinenti à “universidade”, isto é, espaços de difusão dos saberes científico e filosófico e que, o mais das vezes, situam-se justamente em áreas de intensa urbanização. Por isso, já houve quem quisesse definir “sertanejo universitário” como sendo o “caipira que passou no vestibular” ou “o cidadão urbano com origens no sertão”. Nenhum desses conceitos, é claro, corresponde à realidade. De “sertanejo” esse universitário não tem absolutamente nada. Cuida-se, sim, da juventude da cidade que decidiu colocar um chapéu de cowboy e “cair na balada” “fonte Wikipédia”

“O tempo não apaga” com Victor e Leo.

47. Salsa: Salsa é uma mescla de ritmos tais como o son montuno, o mambo, cha-cha-chá e a rumba cubana. A Salsa surgiu depois que a banda La Sonora Matancera saiu de Cuba, durante a revolução cubana e se instalou no México, porém a Salsa foi criada na década de 40 em Havana (Cuba); foram eles que criaram o nome Salsa. Recebeu ainda influências do merengue (da República Dominicana),

do Calipso de Trinidad e Tobago, da cumbia colombiana, do rock norte-americano e do reggae jamaicano. Hoje, é uma mistura de sons e absorve influências de ritmos mais modernos como rap ou techno. A dança é caracterizada pelo compasso quaternário.

Salsa, em castelhano, significa “tempero” e a adoção do nome transmite a ideia de uma música com “sabor”. O movimento que originou este novo estilo de música latino-americana começou em Nova Iorque, quando um grupo de jovens músicos começou a mesclar sons e ritmos visando a criar uma sonoridade que tivesse um “sabor” latino-americano.

A salsa debutou no Hotel Saint-George no Brooklyn (Nova Iorque), onde o grupo Lebron Brothers, de origem porto-riquenha, entusiasmou o público no início dos anos 1970. Daí, se espalhou entre as comunidades latino-americanas nos EUA e Porto Rico, depois em Cuba, Venezuela, Colômbia e outros países de língua espanhola. Nomes como Tito Puente, Celia Cruz, Johny Pacheco, Hector Lavoe e Willie Colón (La Fania) se tornaram expoentes do gênero.

Nos anos 1980, a salsa foi invadida pelo merengue da República Dominicana e também pela música disco. Neste momento, surgiu uma nova geração de músicos como Frankie Ruiz, Eddie Santiago e Luis Henrique, que começaram a mudar o panorama da música latina criando a chamada “salsa erótica” – para muitos, uma traição do próprio caráter da salsa, machista, forte, ligada às ruas. No entanto, esta salsa erótica ou sensual trouxe nova atenção ao gênero.

Na década de 1980, a salsa se espalhou pelo México, Argentina, Europa e chegou ao Japão, onde surgiu a Orquestra de La Luz, banda onde todos os integrantes são japoneses. Enquanto isto, o ritmo do merengue se tornava mais e mais popular em países como Porto Rico e era o ritmo que embalava as discotecas de música latina.

Um país no qual se produziu, nos últimos anos, uma expansão da salsa com maior vigor é a Colômbia, destacando-se Joe Arroyo, o grupo Niche e a orquestra Guayacán. Entre os híbridos mais recentes da salsa, destacam-se os chamados “mereng-house”, a “salsa merengue” e “salsa gorda”.

Em 2000, surgiu a primeira companhia especializada em salsa no Brasil, a Conexión Caribe Companhia de Danças, que, em 2001, criou o Encontro Nacional de Salsa, evento anual que, a partir de 2003, se transformou no Congresso Mundial de Salsa do Brasil, um dos maiores eventos do gênero no mundo. “fonte Wikipédia”

Confira Salsa aqui” No le pegue a la negra” com Joe Arroyo.

48. Samba: dança popular e gênero musical derivado de ritmos e melodias de raízes africanas, como o Lundu e o Batuque. A coreografia é acompanhada de música em compasso binário e ritmo sincopado. Tradicionalmente, é tocado por cordas (cavaquinho e vários tipos de violão) e variados instrumentos de percussão. Por influência das orquestras americanas em voga a partir da segunda guerra mundial, passaram a ser utilizados também instrumentos como trombones e trompetes, e, por influência do Choro, flauta e clarineta. Apesar de mais conhecido atualmente como expressão musical urbana carioca, o samba existe em todo o Brasil sob a forma de diversos ritmos e danças populares regionais que se originaram do Batuque. Manifesta-se especialmente no Maranhão, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.

Como gênero musical urbano, o Samba nasceu e desenvolveu-se no Rio de Janeiro nas primeiras décadas do século XX. Em sua origem uma forma de dança, acompanhada de pequenas frases melódicas e refrões de criação anônima, foi divulgado pelos negros que migraram da Bahia na segunda metade do século XIX e instalaram-se nos bairros cariocas da Saúde e da Gamboa. A dança incorporou outros gêneros cultivados na cidade, como Polca, Maxixe, Lundu, Xote etc., e originou o samba carioca urbano e carnavalesco. Surgiu nessa época o Partido Alto, expressão coloquial que designava alta qualidade e conhecimento especial, cultivado apenas por antigos conhecedores das formas antigas do samba.

Em 1917 foi gravado em disco o primeiro Samba, Pelo telefone, de autoria reivindicada por Donga (Ernesto dos Santos). A propriedade musical gerou brigas e disputas, pois habitualmente a composição se fazia por um processo coletivo e anônimo. Pelo telefone, por exemplo, teria sido criado numa roda de partido alto, da qual participavam também Mauro de Almeida, Sinhô e outros. A comercialização fez com que um samba passasse a pertencer a quem o registrasse primeiro. O novo estilo firmou-se no mercado fonográfico e, a partir da inauguração do rádio em 1922, chegou às casas da classe média.

Os grandes compositores do período inicial foram Sinhô (José Barbosa da Silva), Caninha (José Luís Morais), Pixinguinha (Alfredo da Rocha Viana) e João da Baiana (João Machado Guedes). Variações surgiram no final da década de 1920 e começo da década de 1930: o Samba-Enredo, criado sobre um tema histórico ou outro previamente escolhido pelos dirigentes da escola para servir de enredo ao desfile no carnaval; o Samba-Choro, de maior complexidade melódica e harmônica, derivado do choro instrumental; e o Samba-Canção, de melodia elaborada, temática sentimental e andamento lento, que teve como primeiro grande sucesso Ai, ioiô, de Henrique Vogeler, Marques Porto e Luís Peixoto, gravado em 1929 pela cantora Araci Cortes.

Também nessa fase nasceu o samba dos blocos carnavalescos dos bairros do Estácio e Osvaldo Cruz, e dos morros da Mangueira, Salgueiro e São Carlos, com inovações rítmicas que ainda perduram. Nessa transição, ligada ao surgimento das escolas de samba, destacaram-se os compositores Ismael Silva, Nilton Bastos, Cartola (Angenor de Oliveira) e Heitor dos Prazeres. Em 1933, este último lançou o samba Eu choro e o termo “breque” (do inglês break, então popularizado com referência ao freio instantâneo dos novos automóveis), que designava uma parada brusca durante a música para que o cantor fizesse uma intervenção falada. O Samba-de-Breque atingiu toda sua força cômica nas interpretações de Moreira da Silva, cantor ainda ativo na década de 1990, que imortalizou a figura maliciosa do sambista malandro.

O Samba-Canção, também conhecido como samba de meio do ano, conheceu o apogeu nas décadas de 1930 e 1940. Seus mais famosos compositores foram Noel Rosa, Ari Barroso, Lamartine Babo, Braguinha (João de Barro) e Ataulfo Alves. Aquarela do Brasil, de Ari Barroso, gravada por Francisco Alves em 1939, foi o primeiro sucesso do gênero Samba-Exaltação, de melodia extensa e versos patrióticos.

A partir de meados da década de 1940 e ao longo da década de 1950, o samba sofreu nova influência de estilos latinos e americanos: surgiu o Samba de Gafieira, mais propriamente uma forma de tocar — geralmente instrumental, influenciada pelas orquestras americanas, adequada para danças aos pares praticadas em salões públicos, gafieiras e cabarés — do que um novo gênero. Em meados da década de 1950, os músicos dessas orquestras profissionais incorporaram elementos da música americana e criaram o Sambalanço. O partido alto ressurgiu entre os compositores das escolas de samba dos morros cariocas, já não mais ligado à dança, mas sob a forma de improvisações cantadas feitas individualmente, alternadas com estribilhos conhecidos cantados pela assistência. Destacaram-se os compositores João de Barro, Dorival Caymmi, Lúcio Alves, Ataulfo Alves, Herivelto Martins, Wilson Batista e Geraldo Pereira.

Com a Bossa Nova, que surgiu no final da década de 1950, o samba afastou-se ainda mais de suas raízes populares. A influência do Jazz aprofundou-se e foram incorporadas técnicas musicais eruditas. O movimento, que nasceu na zona sul do Rio de Janeiro, modificou a acentuação rítmica original e inaugurou um modo diferente de cantar, intimista e suave. A partir de um festival no Carnegie Hall de Nova York, em 1962, a bossa nova alcançou sucesso mundial. O retorno à batida tradicional do samba ocorreu no final da década de 1960 e ao longo da década de 1970 e foi brilhantemente defendido por Chico Buarque de Holanda, Billy Blanco e Paulinho da Viola e pelos veteranos Zé Kéti, Cartola, Nelson Cavaquinho, Candeia e Martinho da Vila.

Na década de 1980, o Samba consolidou sua posição no mercado fonográfico e compositores urbanos da nova geração ousaram novas combinações, como o paulista Itamar Assunção, que incorporou a batida do Samba ao Funk e ao Reggae em seu trabalho de cunho experimental. O Pagode, que apresenta características do Choro e um andamento de fácil execução para os dançarinos, encheu os salões e tornou-se um fenômeno comercial na década de 1990.

Confira Samba aqui “Deixa eu te amar” com Agepê.

49. Soul : Soul (em inglês: alma) é um gênero musical dos Estados Unidos que nasceu do rhythm and blues e do gospel durante o final da década de 1950 e início da década de 1960 entre os negros. Durante a mesma época, o termo soul já era usado nos Estados Unidos como um adjetivo usado em referência ao afro-americano, como em “soul food” (“comida de alma”). Esse uso apareceu justamente numa época de vários movimentos de liberalismo social, tanto com a revolução dos jovens com o uso das drogas, como os movimentos antiguerra e

antirracial. Por consequência, a “música soul” nada mais era que uma referência a música dos negros, independente de gênero.

Durante a década de 1960, surgiu até o programa de televisão estadunidense Soul Train, que apresentava os sucessos das canções dos negros daquele país, independente do gênero do sucesso musical. Ainda no rhythm and blues, a popular dupla Sam & Dave escreveu um sucesso que ressurgiu mais tarde no filme Blues Brothers, no qual interpretam a canção “Soul Man”.

Sua letra cita ” eu sou um

homem negro “. “fonte Wikipédia”

Confira aqui” Sossego” com Tim Maia.

50. Vanera: É um tipo de dança típica do Rio Grande do Sul.

Assim como a vanerão e a vanerinha, nasceu de origem alemã e se desenvolveu no Rio Grande Do Sul. Seu ritmo foi influenciado pela habanera, originada em Havana, Cuba, da mesma forma que vários outros encontrados nos países hispano-americanos, como o tango, o samba canção e o maxixe.

De acordo com o andamento da música, têm-se as variantes vanerinha, para ritmo lento, vanera, para ritmo moderado, e vanerão, para ritmo mais rápido.

Ao lado do xote, do bugio e do fandango, tornou-se uma das danças mais populares do Rio Grande do Sul e dos outros estados da região sul, Santa Catarina e Paraná, devido à migração de gaúchos para outras terras.

Foi levada também a Mato Grosso do Sul pelos gaúchos que para lá partiram em busca de novas fronteiras agrícolas no século XX. Hoje pode-se encontrar grupos famosos responsáveis pelo ritmo na região centro-oeste.

O vanerão também conhecido como limpa-banco, tendo o andamento mais rápido do que a vanera, prestando-se ao virtuosísmo do gaiteiro de gaita piano ou botonera (voz trocada), sendo assim muitas vezes um tema instrumental. Quanto à forma musical, o vanerão pode ser construído em três partes (rondó), utilizado em ritmos tradicionais brasileiros como o choro e a valsa. Quando cantado, dependendo do andamento e da divisão rítmica da melodia, exige boa e rápida dicção por parte dos intérpretes. O Vanerão com sua vivacidade exige bastante energia, tantos dos músicos, como dos bailadores. Os passos do Vaneirão devem ser executados em três movimentos : dois passos para a esquerda e um para a direita. Na dança as pessoas usam roupas originárias da Europa e Oriente Médio. “fonte Wikipédia”

Confira aqui”Nossa vanera” com Os serranos e Sergio Reis.

51. Tango: surgido como criação anônima dos bairros pobres e marginais de Buenos Aires, o tango argentino tradicional tornou-se mundialmente famoso na voz de Carlos Gardel e, adaptado a uma estética moderna, com as composições instrumentais de Astor Piazzolla.

Tango é uma música de dança popular que nasceu em Buenos Aires, capital da Argentina, no final do século XIX. Evoluiu a partir do candombe africano, do qual herdou o ritmo; da Milonga, que inspirou-lhe a coreografia; e da Habanera, cuja linha melódica assimilou. Chamado pelos argentinos de “música urbana”, tem a peculiaridade de apresentar letras na gíria típica de Buenos Aires, o lunfardo.

Os primeiros Tangos, ainda próximos à Milonga, eram animados e alegres. O primeiro cantor profissional de tango, também compositor, foi Arturo de Nava. A partir da década de 1920, tanto a música como a letra assumiram tom acentuadamente melancólico, tendo como principais temas os tropeços da vida e os desenganos amorosos. A temática é freqüentemente ligada à vida boêmia, com menção ao vinho, aos amores proibidos e às corridas de cavalos. As orquestras compunham-se inicialmente de bandolim, bandurra e violões. Com a incorporação do acordeão, a que seguiram a flauta e o bandoneon, o tango assumiu sua expressão definitiva.

Dos subúrbios chegou ao centro de Buenos Aires, por volta de 1900. As primeiras composições assinadas surgiram na década de 1910, no período conhecido como da Guardia Vieja (Velha Guarda). A partir daí, conquistou grande popularidade na Europa, com o impulso da indústria fonográfica americana. Os tradicionalistas incriminam a predominância da letra, a partir da década de 1920, como responsável pela adulteração do caráter original do tango. A voz do cantor modificou o estilo, que já não comportava o mesmo modo de dançar. As figuras mais importantes da Guardia Nueva (Nova Guarda) foram o cantor Carlos Gardel — cuja voz e personalidade, aliadas à morte trágica num acidente de avião, ajudaram a transformar em mito argentino — e o compositor Enrique Santos Discepolo. Ao mesmo tempo, compositores europeus, como Stravinski e Milhaud, utilizavam elementos do tango em suas obras sinfônicas.

Embora continuasse a ser ouvido e cultuado na Argentina conforme a feição que lhe foi dada por Gardel, o tango começou a sofrer tentativas de renovação. Entre os representantes dessa tendência, figuram Mariano Mores e Aníbal Troilo e, sobretudo, Astor Piazzolla, que rompeu decididamente com os moldes clássicos do tango, dando-lhe tratamentos harmônicos e rítmicos modernos.

O Tango — como o Samba, no Brasil — tornou-se símbolo nacional com forte apelo turístico. Casas de tango e o culto aos nomes famosos de Gardel e Juan de Dios Filiberto perpetuam o gênero. Ao contrário do samba, no entanto, a criação artística do tango sofreu forte declínio a partir da década de 1950.

Dança. Por sua forte sensualidade, o tango foi, a princípio, considerado impróprio a ambientes familiares. O estilo herdou algumas características de outras danças de casais, como as corridas e quebradas da habanera, mas aproximou mais o par e acrescentou grande variedade de passos. Os dançarinos mais exímios compraziam-se em combiná-los e inventar outros, numa demonstração de criatividade. Fora dos ambientes populares e dos prostíbulos, onde imperava nos subúrbios, o tango perdeu um pouco da lendária habilidade dos bailarinos. Admitido nos salões, abdicou das coreografias mais extravagantes e evitou posturas sugestivas de uma intimidade considerada indecente, numa adaptação ao novo ambiente.

Confira Tango aqui “Por una cabeza”com Carlos Gardel.

52. Valsa: Dança de salão derivada do Ländler, popular na Áustria, Baviera e Boêmia. Caracteriza-se pelo compasso ternário da música, pelos passos em que os pés deslizam pelo chão e pelos giros dos pares. Surgiu entre 1770 e 1780.

Confira aqui ” O lago dos Cisnes” com Orquestra Frank Pourcel.

53. Xaxado: Originalmente, era uma dança exclusivamente masculina, executada pelos cangaceiros, sem acompanhamento instrumental para o canto, com o ritmo marcado pela coronha dos rifles, batidos no chão. O nome xaxado deve ser uma onomatopeia do xá-xá-xá que faziam as alpercatas de couro ao se arrastarem no chão. A dança, difundida por Lampião e seu bando, dispensava a presença feminina. Segundo Luiz Gonzaga, “nessa dança, a dama é o rifle”. Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro foram os principais divulgadores desse estilo.

54. Xote: Tipo de dança de salão de origem alemã, popular no Nordeste do Brasil, executada ao som de sanfonas nos bailes populares. Trazida ao Brasil em 1851 pelo professor de dança José Maria Toussaint, com o nome original de schottische. Também chamada Xótis.

Confira aqui”O xote das meninas” com Luiz Gonzaga.

Por: Roberto Barros

ROBERTO BARROS XXI
Enviado por ROBERTO BARROS XXI em 19/09/2017
Reeditado em 19/09/2017
Código do texto: T6118856
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