A estranha viúva do açougueiro.

A estranha viúva do açougueiro.

Com seus passos medidos e dentro da normalidade do lugar

Seguia ladeira abaixo aquela jovem senhora toda de preto

Estranha figura de mulher nova bonita, mas, já carregada.

Curioso ficou, pois nada sabia dela e, por conseguinte voava.

Aquele andar macio e altivo na ponta dos pés lembrou-me alguém

Os entendidos conhecem a fogosa mulher por seu andar saltitante.

Se vires uma mulher com seus passos arrastados será pura decepção

Caso o seu andar seja igual de uma gazela é ir para o sonho, fogosa.

E assim fiquei matutando e curioso indaguei a quem da Freguesia.

Sua historia foi muito simples, todas as noites ao seu esposo pedia.

Era um velho açougueiro e o casamento não havia aprovação familiar.

Todos os dias era discussão inútil e nunca terminava muito bem.

Cansada de desejos e lampejos eróticos aquela mulher pegou

Um martelo e a cabeça do dito cujo bateu até virar carne moída.

Foi inocentada por sua atitude considerada de boa conduta.

Hoje todos falam e para satisfazer os seus desejos segue solene

E na ponta dos pés todas as noites a visitar os cabarés na cidade.

Quem mandou querer casar com um cara de muito mais idade.

Suas loucuras amorosas são mais conhecidas e todos falam dela

Linda no involucro e fútil na sua conduta considerada uma boa puta.

LAURO PAIXÃO
Enviado por LAURO PAIXÃO em 23/08/2017
Código do texto: T6093171
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