PRISCAS ERAS...Ô DE CASA...Ô DE FORA...
Meu baú de lembranças não me decepciona nunca! Vejam só o que fui lembrar? Na minha infância passada em cidade do interior de Goiás, minha querida Ipameri, em priscas eras eu imagino, o costume de deixar a porta aberta perdurou por muitas gerações e, como era bom ouvir o latido do cachorro anunciando a chegada de uma visita que logo se identificava dizendo: Ô DE CASA! E logo vinha a resposta Ô DE FORA!
Era o abre-te sésamo para nós crianças sairmos correndo para ver quem era, na esperança de ser a vovó querida, uma tia com os nossos primos, um amigo ou amiga da família trazendo um pratinho de doce, costume que imperava entre parentes, amigos e vizinhos. M e lembro bem que de todas as quitandas que a mamãe fazia, ela deixava uma parte para agradar alguém. Era através do muro que separava nossa casa dos vizinhos que sempre era passado uma iguaria prá lá e prá cá! Confesso que já ficava um banquinho de madeira ou uma escada para facilitar o “intercâmbio”.
O tempo foi passando...passando e, através do mesmo muro, as crianças que agora já eram mocinhas e rapazes, tocavam confidências, davam recados dos namorados e namoradas, ali sonhos e sonhos povoavam as mentes, choravam as mágoas, as frustações e com certeza muitas briguinhas comuns da idade seguidas de “vamos fazer as pazes?”.
Saudades demais de tempos maravilhosos que, graças á Deus, muitos amigos e eu vivemos e lembranças especiais nos marcaram para sempre.
Goiânia, 22 de novembro de 2013. Sônia.
Para meditar:
EM TUDO DAI GRAÇAS!!!