Ia em passo corrido, era tarde! Caramba, como fariam os outros, por quem passava, lentos que nem lesmas?! Parecia que o seu tempo voava numa velocidade diferente.
Por um triz, conseguiu enfiar um pé na porta do autocarro, que ia arrancar, mas parou de novo, para o deixar entrar de vez.
Foi aos empurrões pela cochia daquele templo de vítimas, afim de ficar mais próximo da porta de saída.
Como lhe era difícil suportar parado a duração do percurso!
Tocou para parar. O condutor fez-lhe a vontade.
Sem sequer olhar, ele lançou-se em voo pela porta aberta e estatelou-se na brita da estrada.
Acordou no hospital: traumatismo craniano.
Meio pateta como ficara, ajeitava nos dedos enclavinhados as cobertas da cama onde permaneceria.