A Sensibilidade dos Cães
Plutão era um cachorro comum, sem raça definida ou, um vira-latas como chamam, remanescente de um casal de filhotes – sua irmã e companheira havia falecido já algum tempo - que sua dona há via adotado.
Era um cachorro dócil e bastante inteligente, acompanhava sua dona por todos os lados. Todos naquela pequena cidade do interior conhecia Plutão e tinha de certa forma, carinho com ele. Se acaso ele entrasse num cômodo comercial, todos já tinham o entendimento que é porque sua dona estava por ali ou então ele estava à procura dela. Quando se via perdido dela, ele entrava de loja em loja, as que ela costumava frequentar. Plutão havia se transformado num munícipe daquele lugar.
Apesar do nome imponente, não passava de um cachorro de estatura mediana e comum e até meio roliço de gordinho.
Mas a sua dona por motivos profissionais teve que se mudar da cidade e não tinha como levar Plutão, teria que separar do seu companheiro e amigo. Não sabia por quanto tempo iria durar sua ausência daquela cidade, por isso precisa deixar Plutão com alguém que pudesse trata-lo com carinho, o que acabou acontecendo. Encontrou uma senhora que prontamente acolheu o Plutão.
Sempre que podia, sua dona voltava apara visitar os amigos e também para ver Plutão, que ficava todo alegre e saltitante quando a via. Era notório o bem querer do animal, que a deixava com o coração em pedaços quando tinha que despedir.
Naquele tempo, não havia telefonia celular e os telefones fixos eram raridade por àquelas bandas. Por isso não havia como avisar aos amigos de quando ela iria, as visitas eram sempre decididas de última hora.
Certa vez ao chegar na casa de uma grande amiga, ela encontrou a mesa toda posta e foi logo perguntando:
- Que visita especial você está esperando?
- Você. – Disse ela.
- Como assim?
- Porque eu já notei que toda vez que você vem, Plutão vai para frente da sua casa te esperar, fica lá deitado. Hoje cedo ele estava lá.
Mais que depressa ela saiu e foi até sua casa que estava mantida fechada. La estava Plutão...E foi Àquela festa.
A sensibilidade dos animais, principalmente dos cães, foge um pouco do nosso conhecimento. E assim como no ser Humano, ela também se manifesta mais em uns que em outros.
(Um conto baseado em fatos reais, preservado os nomes dos verdadeiros personagens)