Querer é Poder
A um menino sofredor a um homem vencedor ele nasceu no Estado do Espírito Santo no Ano de mil e novecentos (1,900) eu ouvi a história dele, contada por ele Próprio.
convivemos juntos por vinte e três anos; de mil novecentos e quarenta e quatro até mil novecentos e sessenta e sete; contava: que Nasceu de Sete Meses; Em uma Família de quinze Irmãos, não eram todos mas a maioria o maltratavam muito;
Ele contava: Que seus Irmãos eram todos fortes, e ele franzino de corpo, e tinha as pernas frágeis mas eles não percebiam a diferença que exista entre eles; Ele dizia: nos afazeres eles queriam que eu fizesse as tarefas com a mesma desenvoltura que eles; Eu queria mas não conseguia; Eu não tinha a mesma força nem a mesma agilidade.
E onde você nasceu? Eu nasci em uma Propriedade que meu Pai comprou no Interior do Espírito Santo; Na época era Mata fechada; que foi sendo desmatada aos poucos; para aumentar a área de plantações; assim os meus Irmão mais velhos ganharam um pedaço de Terra para cultivar para eles; eu me entristecia, com tanto descaso, que na maioria das vezes me escondia na Mata para me livrar dos maus tratos; Minha Mãe apoiava os outros filhos, e eles se aproveitavam disso.
A primeiros anos, Minha Mãe ajudava nas Plantações, e nas colheitas com o tempo, o Lugar foi Povoando, minha Mãe virou Parteira; Ela era chamada para Atender Mulheres até mesmo em locais distantes; Minha Mãe por ser Descendente de índios ela praticava uma Religião que eu não entendia.cresci vendo aquilo sem entender nada; Só sei que ela
Ela mantinha um oratório na sala da casa, como se fosse uma Igreja; Aos Domingos, a casa ficava Cheia; Em seus Rituais Religiosos ela misturava catolicismo com Espiritismo; É por isso que eu não entendia
Ela dizia que não era uma coisa nem Outra nem católica, nem Espírita.
Ela Benzia pessoas doentes eles se sentiam curadas dava Água Benta para usarem como Remédio; Batizava Recém Nascido molhando com Água a cabecinha do Bebê, e Abençoava casamentos assim como fazem os padres, ela fazia.
Condução usada onde eu nasci era Lombo de Burro, era a condução que minha Mãe usava para atender aos chamados, que ela recebia das mulheres que estavam prestes a dar a Luz mamãe era uma senhora forte, ia sentada em um cilhão que era o acessório usado como assento feminino da época em lugar de arreio ou sela.
Eu desde os nove anos, saia para a Mata com Atiradeira para caçar passarinho; muitas vezes, chegava em casa minha Mãe não estava; minhas irmãs não cuidavam de nada para mim.
A minha felicidade única quando chego em casa, é pensar no dia seguinte. quando irei de Novo para a Mata; isso não era atoa algo de bom estaria para acontecer e acabou acontecendo .
Um dia, encontrei um senhor lá no meio da Mata, vestido com Roupas Brancas, ele foi a primeira pessoa que me disse: Bom Dia meu pequeno; Eu respondi bom dia senhor! Em seguida aquele Senhor me perguntou o que faz aqui?
Eu respondi: Nada! O Professor me rebateu dizendo: Quando estamos em algum Lugar, é sempre por Algum Motivo; Eu tenho o meu, e você tem o seu;. como é seu nome ? Respondi: Meu nome é Sebaste ; E quantos anos você tem? Respondi Eu tenho dez Anos; ele Você Estuda? eu Não Senhor; Até porque, Aqui não tem escola.
que pena você precisa estudar! Vai te servir muito; você não tem força Física para enfrentar Trabalhos pesados, mas tem força mental para fazer serviços leves; eu posso te ajudar, eu sou professor e tenho a missão de ensinar uma pessoa, acho que pode ser você! Você quer?
O senhor quer mesmo saber o que eu queria aprender? era fazer contas igual o seu Zezinho lá da venda. O professor fala com toda convicção, você pode, se você quer pode; Quer ver? Amanhã, traga um Lápis e um papel, que eu vou começar a te ensinar; Então, até amanhã, eu venho; O Professor disse: Isso será um segredo nosso a partir de hoje pode me chamar de Professor.
Dia Seguinte
Saí de casa correndo escondido de todos com um caderno que meu pai havia comprado para suas anotações e um Lápis escondido por dentro da roupa quando cheguei no local combinado não encontrei ninguém; eu não vi mas o professor estava bem perto de mim;
sentei em um tronco, para esperar o professor chegar, e ele chegou mesmo; senti um ar frio a correr pelo meu Corpo, tive medo aí eu me virei; quando levantei a cabeça, lá estava o Professor, que alívio.
Eu da minha parte fiquei muito feliz; O professor parecia escutar meu Pensamento ele disse: Eu também fiquei muito feliz em encontrá-lo aqui meu Aluno pontual! Eu cresci com a presença daquele Professor; Na minha vida Ele me ensinou Ler, escrever, e fazer as quatro operações de contas,
E muitas outras coisas que eu precisava para viver; bem como amar o meu próximo como a mim mesmo, que é um dos dez mandamentos da Lei de Deus. meu pai às vezes até quisesse me ajudar mas ele não tinha voz em casa, quem Mandava era minha mãe
Como eu te falei do meu aprendizado no alto da Mata me faltou dizer alguma coisa, como por exemplo: Minha mãe quando descobriu que eu estava Lendo e escrevendo ela queria saber onde foi que eu aprendi eu Não podia falar uma promessa que fiz ao meu professor quando ele disse: esse é um segredo entre nós.
Eu tinha de manter esse assunto entre mim e o professor mas minha mãe falou com meu pai dizendo que eu estava escondendo alguma coisa porque eu não quis falar com ela onde aprendi Ler e Escrever;
Meu pai me chamou para ir lá no alto ver uma Terra que havia mandado capinar para plantar café
foi a desculpa que meu pai arrumou para não falar perto de minha mãe; Eu não tinha do que meu pai queria; Chegando lá no alto ele sentou-se em um tronco de Arvore, e me perguntou: Você confia no seu pai? Não precisa responder eu também confio em você.
agora me diga, uma coisa! sua mãe me falou que você está sabendo ler e escrever, e ela perguntou onde aprendeu, tu não quis dizer; Mas para mim você vai dizer. Pai, eu não posso falar para ninguém, eu prometi isso ao meu Professor então tu não confia em mim! uma vós falou ao meu ouvido.
pode falar ai eu falei, pai eu vou falar: o professor me encontrou no meio da mata, ele me disse que tinha a missão de ensinar, e prometeu me ensinar; Eu peguei um caderno e levei para inciar, e os Livros ele arrumou e continua me ensinando; E qual é o orário que você estuda?
A hora que posso ir quando dá! Meu pai me perguntou: O professor está sempre lá mesmo que você vai a qualquer hora? Sim quando chego, ele está lá me esperando; Meu pai disse: isso é sobrenatural! Pode continuar seu estudo eu vou guardar seu segredo.
Daí eu toquei minha vida para a frente; o Professor havia me ensinado a medir uma Árvore pela sombra e calcular a metragem de Madeira que aquela Árvore daria; minha vida começou ali; Ele me disse: pega um machado Derruba aquela Árvore, com o mesmo machado você pisa em cima dela e lavra isto é depois cortada em toras no tamanho desejado, e assim eu fiz;
chamei Tonico, um pretinho baixinho que era muito trabalhador com um traçador em mão cortamos a Árvore no comprimento próprio para Serrar tábuas; montamos o estaleiro, rolamos a tora para cima, daquele estaleiro, lavramos a, tora, e com uma linha de Algodão e anil marcamos as linhas onde passaria a serra manual.
Tonico desceu embaixo para puxar a serra em poucos dias serrar Tábuas caibros tudo quietinhos lá dentro da mata; Quando decidi deixar tudo para sair da mata encontrei um Fazendeiro que me perguntou: O que está fazendo? Respondi: Estou serrando Madeira que tipo? Tábuas e caibros.
O Fazendeiro Senhor Calixto disse: Eu vou construir uma tulha para armazenar a próxima safra, vou precisar de bastante madeira desse tipo; Eu vendi toda a madeira que já estava pronta, e continuamos trabalhando; Meu companheiro feliz da vida, em pouco tempo, comprei um pedaço de terra;
Nesse terreno tinha árvores enormes de Cedro, peroba e Madeiras de lei; Tonico tornou meu parceiro predileto; derrubamos todas as árvores, cortamos em toras e pedaços, retiramos uma parte e preparamos a Terra para plantação eu plantei uma parte, dei outra para Tonico plantar para ele.
Depois disso eu conheci Célia era uma Morena baixinha mas muito bonitinha nos encontrava na casa de dona Carmelita, uma senhora que me conhecia desde criança ela dava força para a gente namorar. com tempo eu conheci os pais de Célia, e eles autorizaram nosso namoro.
Por dois Anos durou nosso namoro enquanto isso, construí uma casinha, Fiz chiqueiro, e galinheiro, tinha criação de porcos e galinhas já estava comercializando os meus produtos comprei um cavalo castanho para o meu transporte, e um Burro para levar as mercadorias para vender, ou trocar por coisas que eram necessária No Sítio.
Nesses dois anos eu e Sélia nos casamos, e fomos Morar no sítio; Foi um início muito bom Sélia cuidava das criações, e eu das plantações; era uma vida maravilhosa. recebíamos visitas constantes da família dela; A minha família não aparecia, mas para dizer a verdade, não fazia falta.
Meu pai não hia sabe porque? Ele parecia ter medo da minha mãe quando falo isto pode ser que você pense que ele tinha medo de apanhar, não era isso; O medo dele era de quanto ela ia falar no ouvido dele; Mesmo assim ele foi a minha casa algumas vezes sem ela saber
Sélia reclamava que minha mãe não gostava dela; Eu dizia: Não é isso, Meu amor, minha mãe é muito ocupada, e Célia se conformava com a minha desculpa, apesar de eu saber que ela tinha razão, mas eu não queria vê-la triste.
quando aproximávamos dos três anos de casados, Célia engravidou
foi um tempo difícil, ela se sentia mau todos os dias durante a Gravidez até que no parto minha amada faleceu, e a nossa filha também; De novo fiquei sozinho sem minha esposa e sem a filha que eu esperava com tanta ansiedade.
nesse tempo eu perdi a vontade de viver; eu só cuidava dos meus bichos porque eu os considerava tão viventes quanto eu; Foi um tempo difícil; minha vida era montar no meu Cavalo castanho e sair estrada fora. ia para o povoado mais próximo, e por lá eu passava o dia.
Na viagem eu passava por um Armazém que era de um conhecido chamado chico fazia uma parada, e ele pedia para eu recitar Aquela poesia que fiz e que ele gostava muito, e as pessoas que compravam e os que bebiam no balcão, ficavam esperando, por isso eu
dizia vou falar então: Eram dois Homens que suas mulheres deram à Luz no mesmo dia uma deu a Luz a uma menina que deu o nome de Maria, e a outra um menino deu nome de Paolo os pai brigaram, o pai de Maria matou o pai de Paolo; Dona Vicência guardou o punhal que matou seu marido por vinte anos,
Aí dona Vicência fala:
hoje faz vinte anos basta meu Paolo pois bem
vai ver a velha Vicência o amor que um filho tem
Hoje faz vinte anos fiz uma jura fatal.
uma jura mãe santíssima o que jurou?
jurei por esse sangue que em ferrugem se tornou
Que tu filho, mataria aquele que a seu pai matou
tu mata? Mato! Ainda que essa vingança te roube
Do seio o amor? Ainda assim; Então parte e vai
É Ricardo o matador; Ricardo pai de Maria, Mãe
Santíssima perdoai me! Filho ingrato parte e vai
Cumpra a jura ser maldito se não vingas a teu pai
A Noite se tinta em Sangue , com os cabelos no ar
o assassino de Ricardo aos pés da mãe vem lançar
o punhal
Foge a pobre espavorida assim vagou três dias no
quarto enlouqueceu, ainda ontem o caminhante passando
no coliseu, viu a pobre as gargalhadas vingança pedindo ao Céu
Parava em uma pensão onde tomava uma bebida, as vezes almoçava
quando dava vontade, se não eu saia para outro lugar, nessa penão eu conheci Luciana uma moça branca alta muito agradável, por quem me Apaixonei;
Daí já fazia sentido as minhas caminhada a cada dia eu queria ver Luciana e ela se mostrava estar feliz quando me via; ela soltava um sorriso espontâneo e agradável; E eu gostava eu apreciava aquele Sorriso como era amar e se sentir amado.
e isso me fez entrar em um segundo casamento tivemos um filho que viveu apenas dois anos. Esta é só a primeira parte da história…. e’ verídica
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Querer é Poder segunda parte
Aconteceu que quando o nosso filho fazia dois anos,foi quando meus pais Resolveram vender a propriedade e mudarem para Minas Gerais, e queriam que a família fosse toda junta; Minha mãe veio a minas e voltou vislumbrada com a terra que viu; Ela foi em minha casa, e disse: o homem que quer comprar as nossas Terras, quer incluir o seu terreno também.
eu relutei em vender mas ela sempre foi decisiva no que ela queria, e até mesmo chantagem até que me convenceu Luciana minha esposa que seria mas difícil, também entrou na dela; Demos permissão, e ela Incluindo o meu sítio no negócio
eu não rea vi o valor e fiquei preso a propriedade dela; na mudança todos viajaram e eu fiquei encarregado de tocar o Lote de Burros com a mudança que foi muito complicada depois é que vim saber que foi um complô porque nem um aceitou fazer o que eu fiz sem contar que havia.
um dos burros, não sei porque razão, se desembestou Mato a dentro se perdendo da tropa desmantelou a carga perdendo objetos pelo mato me fazendo atrasar três dias; Nessa viagem que meu filho adoeceu e veio a falecer. minha Esposa não tinha como me avisar.
só fiquei sabendo quando cheguei no local. foi doloroso chegar e ir ver apenas a cruz que foi colocada, e o montinho de terra que o cobria e na verdade nem todos seguiram o desejo de minha mãe; Seguiram se; Os seus próprios interesses meu Irmão benelito ficou em Resplendor. Na capital
Minha irmã Loisa era casada, o marido tinha condição, comprou um sítio Xisto também comprou seu próprio Sítio.Eu acho até houve um Acerto entre minha mãe para convencer os filhos protegidos a vir; Eu não sabia o que minha mãe queria; Se eu soubesse, jamais teria atendido sua insistência em nos trazer com eles;
Mas o que sua mãe queria realmente? Que você acha que foi uma manobra para convencê-lo a sair do que era seu, e se tornar dependente dela? É o seguinte: Eu era o único que faria as vontades dela e o único Alfabetizado, para cuidar dos negócios da Família.
sem contar que tudo era distante e ela queria manter meu pai fora dos Negócios como já disse, meu pai não tinha vós dentro de casa, e tendo quem cuidasse dos negócios, ela se tornaria chefe da Situação. Coisa que eu não sabia qual era o interesse dela de me ter por perto.
Quando eu perguntava porquê meu pai não tomava conhecimento de tal assunto, ela dizia faz o que eu mando e não faça perguntas.
Outro motivo: O mais perto ficava a uma, ou mais de uma hora distante era eu quem saia para fazer todo tipo de compras; Até mesmo Velas e toalhas para os seus trabalhos Religiosos; Era por isso que minha mãe Precisava de alguém com disposição para atendê la.
eu separei uma área para o meu cultivo, mas só conseguia trabalhar se Minha mãe não tivesse ocupação para mim; se eu tivesse preparando a Terra para plantar, e um animal fugiu do pasto para as Terras dos vizinhos, ela mandava alguém me procurar onde eu estivesse para procurá-lo e fazer o conserto da cerca por onde aquele animal havia saído.
Mas o pior é que Luciana ouvia os meus irmão se juntarem na casa dela para me criticarem porque minhas plantas estavam morrendo no mato sem capinar, outra hora o café caindo do pé sem fazer a colheita, minha Mulher foi se enchendo com isso e começamos a brigar porque ela falava com razão, mas eu não queria entender.
Luciana reclamava também, por que todos os que a acompanharam tinham suas casas e não sobrou uma pra gente; Nós morávamos em um Barracão onde o antigo dono das Terras guardava parte da colheita Luciana achava que era uma forma de desprezo, e Luciana teve uma ideia
que eu achei ótima; Luciana disse: Eu sei fazer muitas coisas de comer que dá para vender na beira da Estrada; e lá com certeza passa muita gente faminta porque não tem o que comprar para comer; Nós já caminhamos por essa estrada, não vi nem um comercio por aí você viu? Realmente, eu não vi; Então passa gente o dia todo.
(Novo)
passa cavaleiros, passa tropeiros tocando suas tropas, passam Boiadeiros tocando Boiadas, Famílias com crianças. enfim, sempre passa alguém! Se agente mudasse para a beira da Estrada, eu poderia ajudar; Luciana me ajudou muito; ela me ajudou a fazer uma casa de estuque e assoalho de tábuas; Enquanto trabalhávamos na casa, fizemos um forno de barro, ela fazia bolos e pães assava frangos a coisa deu certo mesmo chegamos a servir refeições.
No Governo Getúlio Vargas fui convidado a entrar na política como cabo Eleitoral; e como a maioria das pessoas em idade para tirar o título de Eleitor não sabia se quer assinar seu próprio nome, decidi abrir uma Escola na sala da minha casa, e passei a alfabetizar os interessados que se tornaram muitos.
Aumentei meu trabalho mas valeu a pena pois a gente vivia em meio a um povo sofrido, com o reconhecimento do meu trabalho pude ajudar a Muitas pessoas que precisavam; vou citar um exemplo: Um senhor que Roçava uma área de terra onde tinha uma moita de Bambu quando cortava, uma das varas de Bambu voltou se contra ele aquela ponta cortada pela sua foice acertou seu olho e vazou; quando fiquei sabendo, o homem estava em estado lastimável.
Tomei a iniciativa de testar meu conhecimento, e fui feliz! Escrevi uma Carta para o então Excelentíssimo senhor Getúlio vargas presidente da República fazendo um pedido de tratamento em favor deste trabalhador que teve a infelicidade de sofrer um acidente no trabalho que defendia os cuidados da sua família pois onde moramos não dispunha de Recursos do qual esse homem precisava; carta esta que foi respondida em quinze dias encaminhando para o tratamento na santa casa de misericórdia no Rio de Janeiro.
quando estava Nosso filho com oito anos, ele sofreu um acidente muito feio, quase o levou a morte; Aí é que fiquei sabendo que os tios dele estavam usando ele para fazer mandados para ir a venda acavalo como se ele tivesse idade para isso; Além de colocarem o menino a frente de Carro de Bois para Guiá-los pela estrada; Esse guia, chamava-se candieiro porque, os Bois não iam sozinhos?
Não! para seguirem pelo caminho certo dependiam de uma pessoa conhecida deles para ir a frente, para os Bois saberem onde teriam que ir quando era viagem longa, e que fosse uma Estrada única, o candieiro podia descansar.
Ele corria na frente, até sumir do olhar dos Bois, e se escondia atrás de uma moita de mato, esperava o carro passar, e subia na traseira do carro para descansar enquanto os bois caminhavam sozinhos sem encontrar outra Estrada;
No caso, em uma encruzilhada onde ficassem em dúvida sem saber que caminho seguir. Nesse caso o candieiro descia, e passava correndo
A frente para guiá-los pelo caminho certo
quanto ao acidente que meu filho sofreu, foi guiando os Bois não puxando um carro pelas Estradas, eles nessa feita puxavam um arado cortando terra para plantio de arroz era uma Tabatinga molhada e escorregadia que meu filho andava apalpando para não cair, mas
aconteceu ele escorregou e caiu onde o boi teria que passar; os Bois eram mansos; Seus nomes eram primeiro e Fumaça Primeiro quando percebeu que o menino caiu e que teria que passar por cima, porque o homem que guiava o arado vinha ferroando seu traseiro, e por isso ele não podia parar, abaixou a cabeça enfiou o chifre grande que tinha, e jogou meu filho para o lado e passou...
quando cheguei meu filho estava deitado, ele se virou e me mostrou um Hematoma nas costelas deixada pelo chifre do Boi que o salvou.
Aquilo para mim foi a gota d'água que para tomar a decisão mais drástica no momento sair do meio da Família, e deixar os interesses de minha Mãe que era a coisa mais difícil para mim.
escolhi uma Cidade chamada Colatina para terminar de criar meu filho.
Todo o nosso sofrimento parecia ter acabado mas como era um recomeço, tudo era muito difícil começamos pagando aluguel, de moradia, e eu não consegui Emprego; Me virei como vendedor ambulante, e Luciana como Lavadeira e passadeira de roupas para algumas senhoras ricas da Cidade; ela foi apresentada pela dona da casa onde a gente morava para uma senhora que ela conhecia .
Luciana era tão eficiente que sua fama passava de boca em boca chegando a ponto de recusar algumas porque não dava conta; Com tempo compramos uma máquina de costura, e como Luciana era uma boa costureira, ela começou a falar onde trabalhava como Lavadeira,
Ela dizia que havia comprado uma boa máquina de costura, e que ia começar a costurar em casa quando falou de costura, a sua patroa de Lavagem de Roupas disse que gostaria de ver seu trabalho; Ela disse a
senhora já está vendo, esse vestido que estou usando, é serviço meu o corte de pano estava comprado esperando a Máquina chegar eu fiz ontem.
Luciana me contou que Aquela senhora de quem falávamos, se levantou, foi lá dentro e trouxe um vestido que acabara de chegar de sua costureira e disse: esse vestido veio da costureira eu nem quis experimentar, ela estragou meu pano esse vestido não da em mim!
Luciana tirou as medidas dela, e disse: este vestido tem jeito trouxe o Vestido para casa, e pegou imediatamente para concertá-lo; Dois dias Depois ela levou o vestido para dona Alice que pegou e experimentou e queria pagar e disse a partir de hoje es a minha costureira. não levo meus vestidos para mais ninguém fazer!
Em pouco tempo, com bastante economia adquirimos nossa própria casinha arrumei pro filho como aprendiz de marceneiro em uma fábrica ele tinha apenas onze anos, mas era muito esforçado, e que já estava estudando e continuou os estudos e se tornou um bom Profissional em Fabricar Móveis.
Nessa Fábrica ele trabalhou até os dezessete anos sendo que quando o presidente Getúlio vargas sancionou a lei de que menor teria o direito de trabalhar ter carteira de trabalho assinada, eu levei ele para fazer a carteira e a Empresa assinou como aprendiz de Marceneiro aos doze anos de idade; foi o primeiro menor na Empresa a ter carteira assinada.
onde trabalhou por cinco Anos depois mudamos para Vitória no Espírito Santo.
Conlusaão
Esse Guerreiro na década de sessenta sofreu um acidente fazendo seu trabalho como vendedor Ambulante, ele sofreu um atropelamento por carro de passeio, ao atravessar a Avenida Carlos Lindenberg Es, entre os Bairros de São Torquato e Cobilândia no Município de Vila Velha sendo socorrido por um amigo desconhecido; que deixou no pronto socorro da Santa casa de misericórdia de vitória, sem deixar sua identificação, onde foi encontrado pela família três dias depois do acidente, sem o mínimo de cuidados; nem sequer o sangue foi limpo; das suas feridas,
e ainda apresentava vários ossos quebrados pelo corpo; sendo engessado da cabeça aos pés; O filho recorreu seu direito no I.A.P.I. que era o direito a tratamento benefício e aposentadoria do trabalhador na Indústria, assim que foi dado entrada, ele foi transferido para uma enfermaria; daí em diante, foi muito bem cuidado pelos Médicos e Enfermeiros pelo seu direito, e os cuidados do filho que Trabalhava perto, o visitava todos os dias acompanhando o tratamento; Sebasti sofreu com doença; Após Ter sofrido o Acidente, mas veio a falecer não por causa do acidente, por doença natural no mês de Março de 1967 que deu fim a sua história...
Luciana a quem dedico essa História, viveu até o ano de dois mil.
A um menino sofredor a um homem vencedor ele nasceu no Estado do Espírito Santo no Ano de mil e novecentos (1,900) eu ouvi a história dele, contada por ele Próprio.
convivemos juntos por vinte e três anos; de mil novecentos e quarenta e quatro até mil novecentos e sessenta e sete; contava: que Nasceu de Sete Meses; Em uma Família de quinze Irmãos, não eram todos mas a maioria o maltratavam muito;
Ele contava: Que seus Irmãos eram todos fortes, e ele franzino de corpo, e tinha as pernas frágeis mas eles não percebiam a diferença que exista entre eles; Ele dizia: nos afazeres eles queriam que eu fizesse as tarefas com a mesma desenvoltura que eles; Eu queria mas não conseguia; Eu não tinha a mesma força nem a mesma agilidade.
E onde você nasceu? Eu nasci em uma Propriedade que meu Pai comprou no Interior do Espírito Santo; Na época era Mata fechada; que foi sendo desmatada aos poucos; para aumentar a área de plantações; assim os meus Irmão mais velhos ganharam um pedaço de Terra para cultivar para eles; eu me entristecia, com tanto descaso, que na maioria das vezes me escondia na Mata para me livrar dos maus tratos; Minha Mãe apoiava os outros filhos, e eles se aproveitavam disso.
A primeiros anos, Minha Mãe ajudava nas Plantações, e nas colheitas com o tempo, o Lugar foi Povoando, minha Mãe virou Parteira; Ela era chamada para Atender Mulheres até mesmo em locais distantes; Minha Mãe por ser Descendente de índios ela praticava uma Religião que eu não entendia.cresci vendo aquilo sem entender nada; Só sei que ela
Ela mantinha um oratório na sala da casa, como se fosse uma Igreja; Aos Domingos, a casa ficava Cheia; Em seus Rituais Religiosos ela misturava catolicismo com Espiritismo; É por isso que eu não entendia
Ela dizia que não era uma coisa nem Outra nem católica, nem Espírita.
Ela Benzia pessoas doentes eles se sentiam curadas dava Água Benta para usarem como Remédio; Batizava Recém Nascido molhando com Água a cabecinha do Bebê, e Abençoava casamentos assim como fazem os padres, ela fazia.
Condução usada onde eu nasci era Lombo de Burro, era a condução que minha Mãe usava para atender aos chamados, que ela recebia das mulheres que estavam prestes a dar a Luz mamãe era uma senhora forte, ia sentada em um cilhão que era o acessório usado como assento feminino da época em lugar de arreio ou sela.
Eu desde os nove anos, saia para a Mata com Atiradeira para caçar passarinho; muitas vezes, chegava em casa minha Mãe não estava; minhas irmãs não cuidavam de nada para mim.
A minha felicidade única quando chego em casa, é pensar no dia seguinte. quando irei de Novo para a Mata; isso não era atoa algo de bom estaria para acontecer e acabou acontecendo .
Um dia, encontrei um senhor lá no meio da Mata, vestido com Roupas Brancas, ele foi a primeira pessoa que me disse: Bom Dia meu pequeno; Eu respondi bom dia senhor! Em seguida aquele Senhor me perguntou o que faz aqui?
Eu respondi: Nada! O Professor me rebateu dizendo: Quando estamos em algum Lugar, é sempre por Algum Motivo; Eu tenho o meu, e você tem o seu;. como é seu nome ? Respondi: Meu nome é Sebaste ; E quantos anos você tem? Respondi Eu tenho dez Anos; ele Você Estuda? eu Não Senhor; Até porque, Aqui não tem escola.
que pena você precisa estudar! Vai te servir muito; você não tem força Física para enfrentar Trabalhos pesados, mas tem força mental para fazer serviços leves; eu posso te ajudar, eu sou professor e tenho a missão de ensinar uma pessoa, acho que pode ser você! Você quer?
O senhor quer mesmo saber o que eu queria aprender? era fazer contas igual o seu Zezinho lá da venda. O professor fala com toda convicção, você pode, se você quer pode; Quer ver? Amanhã, traga um Lápis e um papel, que eu vou começar a te ensinar; Então, até amanhã, eu venho; O Professor disse: Isso será um segredo nosso a partir de hoje pode me chamar de Professor.
Dia Seguinte
Saí de casa correndo escondido de todos com um caderno que meu pai havia comprado para suas anotações e um Lápis escondido por dentro da roupa quando cheguei no local combinado não encontrei ninguém; eu não vi mas o professor estava bem perto de mim;
sentei em um tronco, para esperar o professor chegar, e ele chegou mesmo; senti um ar frio a correr pelo meu Corpo, tive medo aí eu me virei; quando levantei a cabeça, lá estava o Professor, que alívio.
Eu da minha parte fiquei muito feliz; O professor parecia escutar meu Pensamento ele disse: Eu também fiquei muito feliz em encontrá-lo aqui meu Aluno pontual! Eu cresci com a presença daquele Professor; Na minha vida Ele me ensinou Ler, escrever, e fazer as quatro operações de contas,
E muitas outras coisas que eu precisava para viver; bem como amar o meu próximo como a mim mesmo, que é um dos dez mandamentos da Lei de Deus. meu pai às vezes até quisesse me ajudar mas ele não tinha voz em casa, quem Mandava era minha mãe
Como eu te falei do meu aprendizado no alto da Mata me faltou dizer alguma coisa, como por exemplo: Minha mãe quando descobriu que eu estava Lendo e escrevendo ela queria saber onde foi que eu aprendi eu Não podia falar uma promessa que fiz ao meu professor quando ele disse: esse é um segredo entre nós.
Eu tinha de manter esse assunto entre mim e o professor mas minha mãe falou com meu pai dizendo que eu estava escondendo alguma coisa porque eu não quis falar com ela onde aprendi Ler e Escrever;
Meu pai me chamou para ir lá no alto ver uma Terra que havia mandado capinar para plantar café
foi a desculpa que meu pai arrumou para não falar perto de minha mãe; Eu não tinha do que meu pai queria; Chegando lá no alto ele sentou-se em um tronco de Arvore, e me perguntou: Você confia no seu pai? Não precisa responder eu também confio em você.
agora me diga, uma coisa! sua mãe me falou que você está sabendo ler e escrever, e ela perguntou onde aprendeu, tu não quis dizer; Mas para mim você vai dizer. Pai, eu não posso falar para ninguém, eu prometi isso ao meu Professor então tu não confia em mim! uma vós falou ao meu ouvido.
pode falar ai eu falei, pai eu vou falar: o professor me encontrou no meio da mata, ele me disse que tinha a missão de ensinar, e prometeu me ensinar; Eu peguei um caderno e levei para inciar, e os Livros ele arrumou e continua me ensinando; E qual é o orário que você estuda?
A hora que posso ir quando dá! Meu pai me perguntou: O professor está sempre lá mesmo que você vai a qualquer hora? Sim quando chego, ele está lá me esperando; Meu pai disse: isso é sobrenatural! Pode continuar seu estudo eu vou guardar seu segredo.
Daí eu toquei minha vida para a frente; o Professor havia me ensinado a medir uma Árvore pela sombra e calcular a metragem de Madeira que aquela Árvore daria; minha vida começou ali; Ele me disse: pega um machado Derruba aquela Árvore, com o mesmo machado você pisa em cima dela e lavra isto é depois cortada em toras no tamanho desejado, e assim eu fiz;
chamei Tonico, um pretinho baixinho que era muito trabalhador com um traçador em mão cortamos a Árvore no comprimento próprio para Serrar tábuas; montamos o estaleiro, rolamos a tora para cima, daquele estaleiro, lavramos a, tora, e com uma linha de Algodão e anil marcamos as linhas onde passaria a serra manual.
Tonico desceu embaixo para puxar a serra em poucos dias serrar Tábuas caibros tudo quietinhos lá dentro da mata; Quando decidi deixar tudo para sair da mata encontrei um Fazendeiro que me perguntou: O que está fazendo? Respondi: Estou serrando Madeira que tipo? Tábuas e caibros.
O Fazendeiro Senhor Calixto disse: Eu vou construir uma tulha para armazenar a próxima safra, vou precisar de bastante madeira desse tipo; Eu vendi toda a madeira que já estava pronta, e continuamos trabalhando; Meu companheiro feliz da vida, em pouco tempo, comprei um pedaço de terra;
Nesse terreno tinha árvores enormes de Cedro, peroba e Madeiras de lei; Tonico tornou meu parceiro predileto; derrubamos todas as árvores, cortamos em toras e pedaços, retiramos uma parte e preparamos a Terra para plantação eu plantei uma parte, dei outra para Tonico plantar para ele.
Depois disso eu conheci Célia era uma Morena baixinha mas muito bonitinha nos encontrava na casa de dona Carmelita, uma senhora que me conhecia desde criança ela dava força para a gente namorar. com tempo eu conheci os pais de Célia, e eles autorizaram nosso namoro.
Por dois Anos durou nosso namoro enquanto isso, construí uma casinha, Fiz chiqueiro, e galinheiro, tinha criação de porcos e galinhas já estava comercializando os meus produtos comprei um cavalo castanho para o meu transporte, e um Burro para levar as mercadorias para vender, ou trocar por coisas que eram necessária No Sítio.
Nesses dois anos eu e Sélia nos casamos, e fomos Morar no sítio; Foi um início muito bom Sélia cuidava das criações, e eu das plantações; era uma vida maravilhosa. recebíamos visitas constantes da família dela; A minha família não aparecia, mas para dizer a verdade, não fazia falta.
Meu pai não hia sabe porque? Ele parecia ter medo da minha mãe quando falo isto pode ser que você pense que ele tinha medo de apanhar, não era isso; O medo dele era de quanto ela ia falar no ouvido dele; Mesmo assim ele foi a minha casa algumas vezes sem ela saber
Sélia reclamava que minha mãe não gostava dela; Eu dizia: Não é isso, Meu amor, minha mãe é muito ocupada, e Célia se conformava com a minha desculpa, apesar de eu saber que ela tinha razão, mas eu não queria vê-la triste.
quando aproximávamos dos três anos de casados, Célia engravidou
foi um tempo difícil, ela se sentia mau todos os dias durante a Gravidez até que no parto minha amada faleceu, e a nossa filha também; De novo fiquei sozinho sem minha esposa e sem a filha que eu esperava com tanta ansiedade.
nesse tempo eu perdi a vontade de viver; eu só cuidava dos meus bichos porque eu os considerava tão viventes quanto eu; Foi um tempo difícil; minha vida era montar no meu Cavalo castanho e sair estrada fora. ia para o povoado mais próximo, e por lá eu passava o dia.
Na viagem eu passava por um Armazém que era de um conhecido chamado chico fazia uma parada, e ele pedia para eu recitar Aquela poesia que fiz e que ele gostava muito, e as pessoas que compravam e os que bebiam no balcão, ficavam esperando, por isso eu
dizia vou falar então: Eram dois Homens que suas mulheres deram à Luz no mesmo dia uma deu a Luz a uma menina que deu o nome de Maria, e a outra um menino deu nome de Paolo os pai brigaram, o pai de Maria matou o pai de Paolo; Dona Vicência guardou o punhal que matou seu marido por vinte anos,
Aí dona Vicência fala:
hoje faz vinte anos basta meu Paolo pois bem
vai ver a velha Vicência o amor que um filho tem
Hoje faz vinte anos fiz uma jura fatal.
uma jura mãe santíssima o que jurou?
jurei por esse sangue que em ferrugem se tornou
Que tu filho, mataria aquele que a seu pai matou
tu mata? Mato! Ainda que essa vingança te roube
Do seio o amor? Ainda assim; Então parte e vai
É Ricardo o matador; Ricardo pai de Maria, Mãe
Santíssima perdoai me! Filho ingrato parte e vai
Cumpra a jura ser maldito se não vingas a teu pai
A Noite se tinta em Sangue , com os cabelos no ar
o assassino de Ricardo aos pés da mãe vem lançar
o punhal
Foge a pobre espavorida assim vagou três dias no
quarto enlouqueceu, ainda ontem o caminhante passando
no coliseu, viu a pobre as gargalhadas vingança pedindo ao Céu
Parava em uma pensão onde tomava uma bebida, as vezes almoçava
quando dava vontade, se não eu saia para outro lugar, nessa penão eu conheci Luciana uma moça branca alta muito agradável, por quem me Apaixonei;
Daí já fazia sentido as minhas caminhada a cada dia eu queria ver Luciana e ela se mostrava estar feliz quando me via; ela soltava um sorriso espontâneo e agradável; E eu gostava eu apreciava aquele Sorriso como era amar e se sentir amado.
e isso me fez entrar em um segundo casamento tivemos um filho que viveu apenas dois anos. Esta é só a primeira parte da história…. e’ verídica
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Querer é Poder segunda parte
Aconteceu que quando o nosso filho fazia dois anos,foi quando meus pais Resolveram vender a propriedade e mudarem para Minas Gerais, e queriam que a família fosse toda junta; Minha mãe veio a minas e voltou vislumbrada com a terra que viu; Ela foi em minha casa, e disse: o homem que quer comprar as nossas Terras, quer incluir o seu terreno também.
eu relutei em vender mas ela sempre foi decisiva no que ela queria, e até mesmo chantagem até que me convenceu Luciana minha esposa que seria mas difícil, também entrou na dela; Demos permissão, e ela Incluindo o meu sítio no negócio
eu não rea vi o valor e fiquei preso a propriedade dela; na mudança todos viajaram e eu fiquei encarregado de tocar o Lote de Burros com a mudança que foi muito complicada depois é que vim saber que foi um complô porque nem um aceitou fazer o que eu fiz sem contar que havia.
um dos burros, não sei porque razão, se desembestou Mato a dentro se perdendo da tropa desmantelou a carga perdendo objetos pelo mato me fazendo atrasar três dias; Nessa viagem que meu filho adoeceu e veio a falecer. minha Esposa não tinha como me avisar.
só fiquei sabendo quando cheguei no local. foi doloroso chegar e ir ver apenas a cruz que foi colocada, e o montinho de terra que o cobria e na verdade nem todos seguiram o desejo de minha mãe; Seguiram se; Os seus próprios interesses meu Irmão benelito ficou em Resplendor. Na capital
Minha irmã Loisa era casada, o marido tinha condição, comprou um sítio Xisto também comprou seu próprio Sítio.Eu acho até houve um Acerto entre minha mãe para convencer os filhos protegidos a vir; Eu não sabia o que minha mãe queria; Se eu soubesse, jamais teria atendido sua insistência em nos trazer com eles;
Mas o que sua mãe queria realmente? Que você acha que foi uma manobra para convencê-lo a sair do que era seu, e se tornar dependente dela? É o seguinte: Eu era o único que faria as vontades dela e o único Alfabetizado, para cuidar dos negócios da Família.
sem contar que tudo era distante e ela queria manter meu pai fora dos Negócios como já disse, meu pai não tinha vós dentro de casa, e tendo quem cuidasse dos negócios, ela se tornaria chefe da Situação. Coisa que eu não sabia qual era o interesse dela de me ter por perto.
Quando eu perguntava porquê meu pai não tomava conhecimento de tal assunto, ela dizia faz o que eu mando e não faça perguntas.
Outro motivo: O mais perto ficava a uma, ou mais de uma hora distante era eu quem saia para fazer todo tipo de compras; Até mesmo Velas e toalhas para os seus trabalhos Religiosos; Era por isso que minha mãe Precisava de alguém com disposição para atendê la.
eu separei uma área para o meu cultivo, mas só conseguia trabalhar se Minha mãe não tivesse ocupação para mim; se eu tivesse preparando a Terra para plantar, e um animal fugiu do pasto para as Terras dos vizinhos, ela mandava alguém me procurar onde eu estivesse para procurá-lo e fazer o conserto da cerca por onde aquele animal havia saído.
Mas o pior é que Luciana ouvia os meus irmão se juntarem na casa dela para me criticarem porque minhas plantas estavam morrendo no mato sem capinar, outra hora o café caindo do pé sem fazer a colheita, minha Mulher foi se enchendo com isso e começamos a brigar porque ela falava com razão, mas eu não queria entender.
Luciana reclamava também, por que todos os que a acompanharam tinham suas casas e não sobrou uma pra gente; Nós morávamos em um Barracão onde o antigo dono das Terras guardava parte da colheita Luciana achava que era uma forma de desprezo, e Luciana teve uma ideia
que eu achei ótima; Luciana disse: Eu sei fazer muitas coisas de comer que dá para vender na beira da Estrada; e lá com certeza passa muita gente faminta porque não tem o que comprar para comer; Nós já caminhamos por essa estrada, não vi nem um comercio por aí você viu? Realmente, eu não vi; Então passa gente o dia todo.
(Novo)
passa cavaleiros, passa tropeiros tocando suas tropas, passam Boiadeiros tocando Boiadas, Famílias com crianças. enfim, sempre passa alguém! Se agente mudasse para a beira da Estrada, eu poderia ajudar; Luciana me ajudou muito; ela me ajudou a fazer uma casa de estuque e assoalho de tábuas; Enquanto trabalhávamos na casa, fizemos um forno de barro, ela fazia bolos e pães assava frangos a coisa deu certo mesmo chegamos a servir refeições.
No Governo Getúlio Vargas fui convidado a entrar na política como cabo Eleitoral; e como a maioria das pessoas em idade para tirar o título de Eleitor não sabia se quer assinar seu próprio nome, decidi abrir uma Escola na sala da minha casa, e passei a alfabetizar os interessados que se tornaram muitos.
Aumentei meu trabalho mas valeu a pena pois a gente vivia em meio a um povo sofrido, com o reconhecimento do meu trabalho pude ajudar a Muitas pessoas que precisavam; vou citar um exemplo: Um senhor que Roçava uma área de terra onde tinha uma moita de Bambu quando cortava, uma das varas de Bambu voltou se contra ele aquela ponta cortada pela sua foice acertou seu olho e vazou; quando fiquei sabendo, o homem estava em estado lastimável.
Tomei a iniciativa de testar meu conhecimento, e fui feliz! Escrevi uma Carta para o então Excelentíssimo senhor Getúlio vargas presidente da República fazendo um pedido de tratamento em favor deste trabalhador que teve a infelicidade de sofrer um acidente no trabalho que defendia os cuidados da sua família pois onde moramos não dispunha de Recursos do qual esse homem precisava; carta esta que foi respondida em quinze dias encaminhando para o tratamento na santa casa de misericórdia no Rio de Janeiro.
quando estava Nosso filho com oito anos, ele sofreu um acidente muito feio, quase o levou a morte; Aí é que fiquei sabendo que os tios dele estavam usando ele para fazer mandados para ir a venda acavalo como se ele tivesse idade para isso; Além de colocarem o menino a frente de Carro de Bois para Guiá-los pela estrada; Esse guia, chamava-se candieiro porque, os Bois não iam sozinhos?
Não! para seguirem pelo caminho certo dependiam de uma pessoa conhecida deles para ir a frente, para os Bois saberem onde teriam que ir quando era viagem longa, e que fosse uma Estrada única, o candieiro podia descansar.
Ele corria na frente, até sumir do olhar dos Bois, e se escondia atrás de uma moita de mato, esperava o carro passar, e subia na traseira do carro para descansar enquanto os bois caminhavam sozinhos sem encontrar outra Estrada;
No caso, em uma encruzilhada onde ficassem em dúvida sem saber que caminho seguir. Nesse caso o candieiro descia, e passava correndo
A frente para guiá-los pelo caminho certo
quanto ao acidente que meu filho sofreu, foi guiando os Bois não puxando um carro pelas Estradas, eles nessa feita puxavam um arado cortando terra para plantio de arroz era uma Tabatinga molhada e escorregadia que meu filho andava apalpando para não cair, mas
aconteceu ele escorregou e caiu onde o boi teria que passar; os Bois eram mansos; Seus nomes eram primeiro e Fumaça Primeiro quando percebeu que o menino caiu e que teria que passar por cima, porque o homem que guiava o arado vinha ferroando seu traseiro, e por isso ele não podia parar, abaixou a cabeça enfiou o chifre grande que tinha, e jogou meu filho para o lado e passou...
quando cheguei meu filho estava deitado, ele se virou e me mostrou um Hematoma nas costelas deixada pelo chifre do Boi que o salvou.
Aquilo para mim foi a gota d'água que para tomar a decisão mais drástica no momento sair do meio da Família, e deixar os interesses de minha Mãe que era a coisa mais difícil para mim.
escolhi uma Cidade chamada Colatina para terminar de criar meu filho.
Todo o nosso sofrimento parecia ter acabado mas como era um recomeço, tudo era muito difícil começamos pagando aluguel, de moradia, e eu não consegui Emprego; Me virei como vendedor ambulante, e Luciana como Lavadeira e passadeira de roupas para algumas senhoras ricas da Cidade; ela foi apresentada pela dona da casa onde a gente morava para uma senhora que ela conhecia .
Luciana era tão eficiente que sua fama passava de boca em boca chegando a ponto de recusar algumas porque não dava conta; Com tempo compramos uma máquina de costura, e como Luciana era uma boa costureira, ela começou a falar onde trabalhava como Lavadeira,
Ela dizia que havia comprado uma boa máquina de costura, e que ia começar a costurar em casa quando falou de costura, a sua patroa de Lavagem de Roupas disse que gostaria de ver seu trabalho; Ela disse a
senhora já está vendo, esse vestido que estou usando, é serviço meu o corte de pano estava comprado esperando a Máquina chegar eu fiz ontem.
Luciana me contou que Aquela senhora de quem falávamos, se levantou, foi lá dentro e trouxe um vestido que acabara de chegar de sua costureira e disse: esse vestido veio da costureira eu nem quis experimentar, ela estragou meu pano esse vestido não da em mim!
Luciana tirou as medidas dela, e disse: este vestido tem jeito trouxe o Vestido para casa, e pegou imediatamente para concertá-lo; Dois dias Depois ela levou o vestido para dona Alice que pegou e experimentou e queria pagar e disse a partir de hoje es a minha costureira. não levo meus vestidos para mais ninguém fazer!
Em pouco tempo, com bastante economia adquirimos nossa própria casinha arrumei pro filho como aprendiz de marceneiro em uma fábrica ele tinha apenas onze anos, mas era muito esforçado, e que já estava estudando e continuou os estudos e se tornou um bom Profissional em Fabricar Móveis.
Nessa Fábrica ele trabalhou até os dezessete anos sendo que quando o presidente Getúlio vargas sancionou a lei de que menor teria o direito de trabalhar ter carteira de trabalho assinada, eu levei ele para fazer a carteira e a Empresa assinou como aprendiz de Marceneiro aos doze anos de idade; foi o primeiro menor na Empresa a ter carteira assinada.
onde trabalhou por cinco Anos depois mudamos para Vitória no Espírito Santo.
Conlusaão
Esse Guerreiro na década de sessenta sofreu um acidente fazendo seu trabalho como vendedor Ambulante, ele sofreu um atropelamento por carro de passeio, ao atravessar a Avenida Carlos Lindenberg Es, entre os Bairros de São Torquato e Cobilândia no Município de Vila Velha sendo socorrido por um amigo desconhecido; que deixou no pronto socorro da Santa casa de misericórdia de vitória, sem deixar sua identificação, onde foi encontrado pela família três dias depois do acidente, sem o mínimo de cuidados; nem sequer o sangue foi limpo; das suas feridas,
e ainda apresentava vários ossos quebrados pelo corpo; sendo engessado da cabeça aos pés; O filho recorreu seu direito no I.A.P.I. que era o direito a tratamento benefício e aposentadoria do trabalhador na Indústria, assim que foi dado entrada, ele foi transferido para uma enfermaria; daí em diante, foi muito bem cuidado pelos Médicos e Enfermeiros pelo seu direito, e os cuidados do filho que Trabalhava perto, o visitava todos os dias acompanhando o tratamento; Sebasti sofreu com doença; Após Ter sofrido o Acidente, mas veio a falecer não por causa do acidente, por doença natural no mês de Março de 1967 que deu fim a sua história...
Luciana a quem dedico essa História, viveu até o ano de dois mil.