O DIÁRIO DE UM LOUCO

O DIÁRIO DE UM LOUCO

B, começo hoje a por no papel meus conflitos, angustia e paixões, pois tudo alcança a perfeição quando nos tornamos uma verdadeira pessoa que constitui a maior perfeição do caráter e Inteligência. Mantenha o suspense o conhecimento e a coragem elas alternam a grandeza para criar e alcançar a perfeição. Não vou eclipsar, não cederei a certas paixões, pois a razão é a qualidade espiritual mais elevada.

Associe me àqueles com quem pude aprender, pois ate a natureza procura a arte do tempo para se aperfeiçoar. Aja sem intenções, seja segundas ou primeiras, na realidade o natural flui por si só. Tentei corrigir os modos, os conhecimentos nobres e variei sempre meu modo de agir, pois o esforço e talento despertam expectativas.

Mantive na maioria das vezes bem informado, procurei as imperfeições nas pessoas, temperei minha imaginação, o bom entendedor descobre as sutilezas da vida. Todos temos nossos pontos fracos, é melhor ser intensivo que extensivo e não ser vulgar nas responsabilidades.

A integridade e firmeza são virtudes dos vitoriosos, jamais me dediquei as coisas de boa reputação, conheci os infortúnios da vida a fim de que pude angariar experiências, os desafortunados também já tiveram dias de glorias.

Evitei os negativistas tornei me confidente dos positivistas e conheci seus principais atributos. Considerei as questões com cuidado e avalie cada dia, pois ele também acorda azedo. Me tornei velho e na loucura das rugas desabafo co você meus sonhos de loucura.

Essa ausência que sinto, nesta ratoeira presa num buraco da parede. Sempre o proibido em digerir o coração. A língua ferina feita para ser torta e direita para ser Imóvel. Variedades de outros carnavais. Não quero você como espetáculo do sol, índia branca, é certo que um de nos partira hoje. Foram mil noites e o canto de um gemido longo e terminal. Meu pranto em ciclo foi nas ondas do seu mar. Perversa mulher, que planta seu inferno em meu céu. As vestes do seu corpo estão espalhadas na areia fria da praia. Sua pele estendida na pedra da gávea ficara putrefata e o motivo é você, aurora de um deus qualquer. Morro na cor do fogo e um beija flor atormentado pelos seus vendavais geme ais. A vida ao lado, geme nossos ciclos em guerra. O sono de Vénus que em sua retomada fez pequenos reparos e em meu nome que grita pela casa, O que você quer? As onze estrelas que brilharam sobre seu seio? A porta aberta que grita por sua tramela? Os Lobos que uivam seu nome? A linha imaginaria de sua gruta? O luto da lua, essa poltrona vermelha que chama por seu corpo nu? O anjo que canta por nos? Os amores impossíveis de seu amante que vaga e me tormenta a todo tempo? As nove luas que pararam diante de seu sonho? A cor cinza do vendaval que ladra na madrugada como a um cão vadio? A metrópole que dorme em silencio sepulcral? Por que capitolina? Pois nossos caminhos nos são opostos no jogo da vida e de seu lenço úmido pinga do varal a gota do seu sereno amargo. A rapina voa, Sobre a vida que por um fio perece. Você voa, Sobre a cabeça do meu eu valente. A rapina voa sobre meus músculos de Hércules. Você voa com possessa fome de minhas carnes. A rapina voa,sobre a ultima casa da vila e eu sou apenas mais um pião em seu tabuleiro.

Hoje passei perto da igreja no barro preto comecei a pensar sobre a fé e seu segredo. Que na verdade é a coisa santa que sei que você carrega e respeito, mas como sou agnóstico fiquei ali diante da imagem com meu defeito. (achei muito bonita)e me coloquei a perguntar, o que é a coisa do crer e a coisa do amar. Uma coisa pode fazer parte de muitas coisas, mas sem uma definição de coisa que passa a ser o nada alem das somas. O meio será o sentido do fim,ou o oposto da coisa é o vôo de um Serafim? E seria dar tempo a coisa é presente do passado, o tempo é fato pelas coisas do desesperado!Bem, acho eu que aquele que fez a coisa mal feita, constrói uma torre que será o cárcere de todas as coisas aceitas. Bebe se água amarga da fonte de sua coisa infernal, mas se existe o inferno ele porem opta pelo mal. Serio ri um sagro riso pela noite fria, há sempre um risco para as coisas floridas deste dia. O ditador das coisas ri da fé alheia, eu porem estou atrás da porta temendo a pequena abelha. Olhando você no vazio grito da janela a minha solidão, palavras de desordem contra as coisas do meu coração. A coisa dentro de mim sai buzinando como a um carro, sem freio na contra mão o sangue escarro. Desculpe se a confunde com meu raciocínio lógico, mas vejo que todas as coisas tem um sentido filosófico. Ser assim como você bem assim acho, que hoje tomei umas a mais por isso não me escracho. quando escrevo este Texto penso em você, sem invadir sua intimidade nisso tudo passei a crer na sua ausência nos poemas da Saudade que é a essência do seu ser em nossos atos do velho e o novo de um Pensamento no olhar triste da alma. São outras palavras, palavras doce e amargas do corpo de um deus morto. Eu, parte do meio sou falso na ilusão das conquistas. Meu café velho e um novo conflito entre amigos e suas imposições humorísticas nas estradas das utopias vão se descobrindo.

Bom dia B, ontem a noite perdi o sono e o bonde( brincadeira) então comecei a fazer uma analise sobre o que é o amor, pois quem sabe inovar na arte de amar não se perde nos caminhos da paixão insana. É que as palavras desse amor se tornam metáforas, quando se é tímido ou o sentimento de amor acabou. Podemos ate achar que o amor é pura hipocrisia, mas que pena então perdemos o trem da esperança. O segredo de amar, esta na loucura de dizer doces palavras e na lucidez de não amargá-las com o tempo. Nunca poderá falar de amor, quem tem o coração mudo de sentimentos. Só que o amor tem seu lugar em si, e quem ama, vive uma eterna batalha para provar que ainda ama e quem ama de verdade não cobra, doa seu amor.

Oi B, ao acordar olhei para o quadro de tulipas na sala e lembrei-me dos seus olhos tristes, mas tão vivo tão sensual e fiquei ali por quase uma hora admirando os contornos das pétalas a cor exuberante e seu caule tão meigo mas tão forte, então lembrei-me da fortaleza que existe em você, pois no decorrer de sua vida os desafios jamais a fez desistir por isso faço a comparação entre a beleza da tulipa e a força em seu caule de um carvalho. Pois é B vejo-a assim uma mulher inabalável e é isso que á faz mais que especial.

Oi B, o problema do gostar passa a ser rotineiro quando passamos a não dar tanta atenção á ele e o ser gostado passa a nos notar. E quanto á mim na adolescência, eu ficava muito ali perto do bar do Sr Eloí, quantas vezes vi vc passar sempre só, mas tão bela que se fosse em Ipanema poderia dizer q vc seria a própria garota de Ipanema. Foi uma época muito bacana então de vc ate hoje me lembro daquela moreninha seria e linda.

Passei minha vida, perdido em um labirinto de ilusões e creio estar no fim desta saída, ainda mais quando me vejo dialogando com uma pessoa tão real como vc. Quem sabe podemos nos ajudar em acharmos? É um convite tentador não acha? Desculpe se estou sendo atrevido não era essa minha intenção.

Você pode ate perguntar porque chamei-lhe de B, pois a letra B fala muito de você que é; Bela, Bondosa, as vezes Brava e varias virtudes de B que existe em você.

Boa noite B.

A cada momento que sinto o abraço do vazio. Quando vou dormir faço uma meditação sempre por vocês, mesmo que esteja nos confins da Bahia ou na imensidão do sertão olho para o céu sem nuvens e faço a meditação. Mesmo que minha fé esteja bêbada de cervejas eu não esqueço. Caminho a procura do meu destino procuro não pensar no dia da separação, no que passou, pois meus pensamentos me levam longe e então logo me ponho a chorar de tudo o que me levou a tal loucura. Procuro não pensar no que o vento levou. Todas as lagrimas, todo sangue na face derramado, procuro não lembrar.

Tenho perdido o sono procurando uma explicação por tudo que aconteceu, as horas passam lentas e ate os cães já dormem apenas eu me afogo nas águas da madrugada tentando achar a saída do abismo que cai, olho para o céu e não vejo nem seu dono acho que ele dorme e eu aqui na terra procurando um sinal que me leve ate vocês o sol já surge e não vejo meus sonhos acordarem e me disseram que eu estava apaixonado por olhar as estrelas e a lua em seu lugar. Disseram-me que eu viajava por outros lugares bem longe da terra, pois eu via as flores desabrocharem no jardim do vizinho e as minhas murchas. Disseram-me que eu poderia ate morrer de amor, mas a maior dor que há é justamente a dor do arrependimento. O coração para de bater todas as vezes que olho vocês ainda meninos no retrato.

Bom dia B

Ontem a noite, meu sono comeu me o sonho, meu sonho estava pendurado na parede. a parede era lilás e lilás e eram os ipês que debaixo pela primeira vez nos encontramos. você se lembra? E o pernilongo voava sobre a cabeça na cabeça da amada. a amada foi picada no pé, que se misturou com o DNA do amado. O pernilongo agora estava grávido dos amantes. dentro do peito do amante havia um pêndulo, o pêndulo ia e voltava pendulando seus corações. O dente triturava o osso, o osso é o dente que riscava a língua. A língua gritava, o dente sorria. O osso quebrava na boca do homem,a boca cospe o osso, o dente chorava.A língua ria do dente, o dente mordia a língua,a língua gemia na boca, a boca beijava o dente, o dente foi cariado pela força do osso, o osso agora era do cachorro, o cachorro feliz roia o osso,

o osso agora tinha dono, o dono do osso era a boca do cachorro, o osso feria a presa do dono da língua do cachorro, o cachorro uivava de dor.

O uivo do cachorro chegava a lua, a lua era cheia, o cachorro virava lobisomem, o lobisomem comia o homem que era o Romeu do osso, o osso agora caminhava pela lua, a lua se pós por trás de um vale de ossos secos. e sobre o rio que cruzava a lua a morte voava,o vôo da morte foi rasante. o rasante da morte matou uns homens de vermelho, os homens eram de Marte e tinham medo dos ratos brancos que vieram de júpiter. o branco do rato se tingiu de vermelho, o vermelho era a cor da morte. a morte tinha um castelo em Smallville, na areia de Smallville tinha uns barracos de paus a pique e maconheiros bebendo maconha em liquido e os maconheiros da areia era lindos meninos e meninas. Lindos eram os campos de areia. a areia da praia do castelo da morte estava vermelhas.

Boa noite B tenho medo de dormir. Hoje depois do almoço dei um cochilo e tive um outro sonho que era assim;

No jardim das aflições a felicidade fazia contato com a a rosa em uma cidade aonde o sentimento do povo no verão, suas palavras se tornavam como sombras sob um pé de pau brasil. o corpo de um beija flor estava caído na asa Sul do Jardim de espinhos e dois olhos enigmáticos observava o caos e sorrindo de alguns versos do poema do povo que bailava ao som do sol de cor vermelha que reflete no abismo na forma de nada. Era o inferno na vida de um pai, como pequenos versos satânicos de um limão Verde. é a maldição das flores estavam junto aos miseráveis pensadores da esquerda eis a origem de tudo. E veio vindo um abraço falso de um deus qualquer de terno e gravata contando bravatas e seu filho era feito de fogo que em sua maledicência via o povo caminhar cabisbaixo rumo seu cadafalso. eles riam riam alto da tribuna e em sua bola de cristal as treva se revelavam e de sua mão de ferro descia a marreta na bigorna na inocência da pobre gente e no jogo do submundo os espinhos chamavam as estrelas de Calígula para as novas ordens sob a sombra do pé de pau brasil e o povo que dormia em um enorme ninho e eram todos como ovos chocos.

Boa noite B acordei desesperado.

A luz aqui acabou estou com medo a uma escuridão La fora e os cachorros latem como loucos. cheguei a janela do quarto e vi pela a fresta no vaso de minha linda orquídea Clarice. ela tão bela se enamorou de um intruso espinheiro que ao seu lado cresceu. tão logo contemplo sua beleza lilas, embrenhada naqueles braços viris do invasor, me indigno com tal cena.penso em arranca lo com a força do corte da tesoura, ela porém me olha e com um encanto de riso no canto de sua pétala me dizendo: "não, por favor". Então me coloquei a chorar.

Bom dia B, choveu ontem a noite, depois da traição da Clarice fiquei olhando a Br La do outro lado e vi um urubu morto na Beira da estrada. a areia amontoava sobre seu corpo cheio de bichos brancos. seus irmãos choravam, seus primos da família abutres sentados nos galhos da velha gameleira( ela me da medo) contavam piadas sobre morte. Uru teve um mal súbito, quando fez a curva no vento litoral, perdeu o controle das asas e bateu de frente no topo da velha gameleira. seus irmãos vieram p socorre lo mas já era tarde, Uru teve morte instantânea, ficou ali no areal com o bico aberto e isso já fazia três dias q seus irmãos choravam sua morte e seus primos contavam piadas eu vi um urubu morto na Beira da estrada.

Depois tive um sonho em que havia espírito em cada esquina da casa do povo e a noite jogavam xadrez.

sete copas que no segredo dos olhos revelava seus sonhos.

sete dias ao luar uma magia apenas: ele gritava;

"olha quem chegou, é rainha da madrugada"!

gritava outro político com cara de porco.

voltei para estrada e pela última vez vi dois caras bebendo no cassino, estavam em fuga.

Eram infratores, amigos do medo que estavam preso na ilha.

do fogo, suspeitos de roubos.

gritava um deles;

"a tese da trapaça e o poder do último golpe"

o outro respondeu; ja fomos inquilinos da asa sul e queremos voltar.

a aurora brilhava sobre as grades e não havia horas para fugas, vimos

sangue nos olhos de um ninja tupiniquim".

a fúria sem dor e a piedade quebram o silêncio que

na condição procuram álibis, mas eram anulados por um Cristo do povo que sobre o Muro caçava mandatos.

a procura também esperava no Castelo de ventos, pois

O único lugar em que nosso sangue se misturavam era nos estômagos dos pernilongos.então acordei.

Agora bebo um café seu açúcar. então estou aqui pensando que;

O adivinho da redenção Caminha junto á prudência humana. Na hora mais quieta, o andarilho com a visão do enigma, a bem-aventurança involuntária do nascer do sol, a virtude que apequena diante do seu monte das oliveiras aonde ver passando os apóstatas.O regresso dos três males do espírito e a gravidade das velhas e novas tábuas da salvação que convalescente do grande anseio da dança dos sete selos trás a oferenda do fel e seu grito de socorro. As conversas dos políticos e suas sanguessugas sugando o sangue do velho aposentado, sendo o mais feio dos homens o mendigo vai na sombra do meio-dia dando a saudação a última ceia do homem inferior e seu canto de melancolia vai junto a paciência das filhas do sertão e o simples despertar na festa dos asnos com seu hálito de ébrio sem sinal. São notas e prefácios da vida. Eles estão dentro da TV. B preciso de você aqui.

(CONTINUA)