O verdadeiro nome do Demo
Certos dia, dois cristãos conversavam a respeito dos vários dos nomes de Deus. O mais metafísico dos dois dizia que o verdadeiro nome de Deus seria impronunciável na linguagem humana, devido à grandiosidade do Altíssimo.
Terminada as especulações a respeito do nome de Deus, novamente o mais metafísico disse ao seu companheiro: “A maioria das pessoas se preocupam em saber o verdadeiro nome de Deus, entretanto poucos se preocupam em saber o verdadeiro nome do “Demo.”
Seu amigo que escutara com atenção concordara em silêncio, ao qual o cristão metafísico prosseguiu: “Eu, por minha vez, após muito refletir descobri o verdadeiro nome do “Demo.”
Seu amigo que até então escutara calado arregalou os olhos com visível curiosidade e essa foi a deixa para que o outro prosseguisse em sua explanação: “O verdadeiro nome do “Demo” encontrasse oculto na própria palavra, é um anagrama*, pegue a terceira letra da palavra “Demo” a letra M; depois a segunda, a letra E; a seguir a primeira, a letra D; e por fim a quarta, a letra O. Que palavra se formara se colocarmos as letras da palavra “Demo” nessa ordem.” Perguntou o expoente.
Boquiaberto o amigo que até então estava somente a ouvir disse pausadamente e em bom tom: “M E D O”.
“Isso mesmo!” Disse o outro e continuou sua explicação: “O ‘Demo’ é a personificação do Medo, do seu medo; do meu medo; do medo de toda a humanidade. Vivemos com medo de tudo e de todos, temos medo da vida; temos medo da morte; temos medo do futuro; de perder e algumas vezes até de ganhar. Por medo do que o outro possa nos fazer, nós o agredimos e por vezes chegamos ao extremo da violência.”
“Você alguma vez já imaginou um mundo; uma sociedade; uma humanidade sem medo? Sem medo de seguir seus sonhos, sem medo do que os outros vão dizer ou pensar ao nosso respeito, sem medo de fazer a coisa certa? Com certeza o mundo seria outro.”
“O medo paralisa, esfria o Amor, endurece o Coração e mata a Alma.”
“Se quisermos acabar com o ‘Demo’ temos todos que vencer o Medo!”
* Anagrama: Palavra ou frase formada com a transposição ou inversão das letras de outra. Ex.: Roma, Amor