O ÍNDIO
(19 de abril, dia do índio 2017)
O índio que levava esse codinome “Índio” por ser pertencente à tribo Tupi-Guarani. morava sozinho em uma boa casa. Muito gentil, sorridente, brincalhão e solidário. Com um grau de escolaridade razoável, trabalhava numa empresa imobiliária. Onde abriam um loteamento, não importava a cidade, estava sempre disposto a trabalhar. Muito querido dos patrões. Nas conversas informais, sempre se lembrava do seu povo. Todas as vezes que tirava férias, a viagem era sempre para o meio dos demais índios. Adorava caçar e pescar, mesmo sabendo que isso seria um grande risco de ser preso e sem fiança.
Brincava com as pessoas sem debochá-las. Uma brincadeira saudável. Depois que fazia amizade logo colocava um apelido no novo amigo o que muitas vezes ficava gravado e todos dali o chamavam por aquele novo nome por ele batizado. Uma mulher com uma criança de colo foi morar nessa localidade. Uma mãe que não deixava ninguém tocar no filho. Imediatamente o Índio gritou:
- Essa dona Quero-quero não deixa nem chegar perto do filhote.
- Quero-quero? – Perguntou a mulher com cara de braba.
Então ele explicou:
- É um pássaro que vive no banhado e nos campos. Tem um grito estridente. Quando está com filhote, fica muito brabo. Não deixa nada se aproximar. Faz voo rasante e quer bicar a pessoa ou animal que estiver ali.
Depois disso, ninguém mais a chamou pelo nome. Era dona Quero-quero, e Quero-quero ficou.
De repente o tal Índio sumiu. Ninguém sabia de nada, ninguém viu nada. O que estranharam é porque este tinha um cachorro e algumas galinhas. Não apareceu nenhuma pessoa por lá para tratá-los. A vizinhança começou a ficar desconfiada. Reuniram-se alguns homens e foram até à residência do rapaz. Ao se aproximar da porta, sentiram um mau cheiro que vinha do interior da casa. Chamaram a polícia. O policial chegou e arrombou a porta. Na verdade estava trancada apenas com o trico. Um susto grande. O pobre Índio estava estendido no chão morto e já cheirando mau. Fora covardemente assassinado.
(Christiano Nunes)
PS.: História verídica. Procuramos omitir o nome do Índio e da cidade onde vivia e das pessoas que conviviam ali.
(19 de abril, dia do índio 2017)
O índio que levava esse codinome “Índio” por ser pertencente à tribo Tupi-Guarani. morava sozinho em uma boa casa. Muito gentil, sorridente, brincalhão e solidário. Com um grau de escolaridade razoável, trabalhava numa empresa imobiliária. Onde abriam um loteamento, não importava a cidade, estava sempre disposto a trabalhar. Muito querido dos patrões. Nas conversas informais, sempre se lembrava do seu povo. Todas as vezes que tirava férias, a viagem era sempre para o meio dos demais índios. Adorava caçar e pescar, mesmo sabendo que isso seria um grande risco de ser preso e sem fiança.
Brincava com as pessoas sem debochá-las. Uma brincadeira saudável. Depois que fazia amizade logo colocava um apelido no novo amigo o que muitas vezes ficava gravado e todos dali o chamavam por aquele novo nome por ele batizado. Uma mulher com uma criança de colo foi morar nessa localidade. Uma mãe que não deixava ninguém tocar no filho. Imediatamente o Índio gritou:
- Essa dona Quero-quero não deixa nem chegar perto do filhote.
- Quero-quero? – Perguntou a mulher com cara de braba.
Então ele explicou:
- É um pássaro que vive no banhado e nos campos. Tem um grito estridente. Quando está com filhote, fica muito brabo. Não deixa nada se aproximar. Faz voo rasante e quer bicar a pessoa ou animal que estiver ali.
Depois disso, ninguém mais a chamou pelo nome. Era dona Quero-quero, e Quero-quero ficou.
De repente o tal Índio sumiu. Ninguém sabia de nada, ninguém viu nada. O que estranharam é porque este tinha um cachorro e algumas galinhas. Não apareceu nenhuma pessoa por lá para tratá-los. A vizinhança começou a ficar desconfiada. Reuniram-se alguns homens e foram até à residência do rapaz. Ao se aproximar da porta, sentiram um mau cheiro que vinha do interior da casa. Chamaram a polícia. O policial chegou e arrombou a porta. Na verdade estava trancada apenas com o trico. Um susto grande. O pobre Índio estava estendido no chão morto e já cheirando mau. Fora covardemente assassinado.
(Christiano Nunes)
PS.: História verídica. Procuramos omitir o nome do Índio e da cidade onde vivia e das pessoas que conviviam ali.