O estupro [conto]
Era uma daquelas festas open bar de bebida de primeira, onde todo mundo está aberto a tudo e a fim de tudo. Num sítio longe da cidade, com música alta e gente bonita. César tinha chegado acompanhado, mas Maria teve que sair no meio da alegria porque não estava se sentindo bem. Na verdade ela não gostava desses lugares, mas era uma boa companheira. Sabia que ele queria muito curtir o rolê, e não seria ela a atrapalhar. Foi embora com a certeza de que era a melhor namorada do mundo. Para ele era como namorar a melhor namorada do mundo, o que se traduzia num sentimento de preciso aproveitar essa liberdade da forma mais aproveitável possível enquanto ela ainda existe. Paula não estava bebendo nem mais nem menos que ninguém. Se não fosse pela notável beleza passaria despercebida por aquela passarela. Tentando reabastecer seu copo sentiu um corpo flácido de meia idade espremendo o seu no meio da multidão. Depois uma mão começou a apalpar sua bunda procurando o caminho por debaixo da saia. Quando se virou viu César a olhando psicoticamente. Com calma pegou seu copo e passou para outra mão. “Se segura aí, cowboy. Vamos conversar um pouco.” Paula ofereceu um gole de cerveja gelada, que ele não negou.
“Então, baby, acho que a coisa já está esfriando aqui. Vem comigo para um lugar mais quente.” César agarrou ela pela cintura e começou a empurrar Paula na direção de um banheiro, tentando ser sedutor falando em seu ouvido. “Aqui não. Vamos para o meu carro.” Disse ela. “Melhor ainda, baby. Vou te fuder gostoso no banco de trás.” Os dois saíram para o estacionamento. César mal conseguia andar e se agarrava nos peitos e na bunda de Paula para tentar se manter de pé. Quando ela abriu o baú da Fiorino branca ele despencou no colchão como um saco de batatas e soltou um peido. “Não se preocupa baby, o outro lado está funcionando bem.” Paula fechou ele lá dentro e assumiu o volante. Mariana estava sentada no lado do passageiro ouvindo música. “Como ele está, baby?” “A fim de diversão.” As duas se beijaram e o carro avançou pela noite. O boa noite cinderela já falava através de César, que ia no embalo do som que emanava da cabine da Fiorino, que entrou num celeiro meio abandonado não muito longe da festa.
“Agora a zoeira vai começar”, declarou Paula quando abriu a cabine e pulou em cima de César. “São duas mesmo? Não faço um ménage com duas vagabundas assim desde a faculdade.” Foi a última coisa que ele disse antes de Mariana colocar um silver tape em sua boca. César nem percebeu que ela já tinha amarrado suas mãos e seus pés. Tirado sua roupa. As amigas empurraram César para fora do carro e o ergueram de cabeça para baixo com a ajuda de duas roldanas abandonadas com uma corda. Então, de alguma forma descritível apenas pelo instinto de sobrevivência, César começou a entender o que estava acontecendo e a se debater. As garotas se pegavam como numa cena de clip do Aerosmith na década de 1990. Os brinquedinhos começaram a aparecer nas mãos de uma e também nas mãos da outra. Põe daqui e tira de lá e as duas gozaram loucamente no chão velho de madeira. César olhava tudo lutando contra sua cabeça que teimava em girar. Sua concentração se perdia e ela já não se debatia. Ele pensava mais do que sentia tudo que estava acontecendo.
Paula e Mariana começaram a andar em volta de César, que tentava olhar para ambas ao mesmo tempo. “Você não quer brincar com a gente também, gostosão?” Paula girava o vibrador na mão e olhava com ar sexy para César. “Conheço bem esse tipo. Essa carinha de mau. Gosta de um fio terra né, garanhão?” César agonizava e se retorcia tentando afrouxar as cordas. “Olha esse cuzinho aqui, amor. Meu dedinho não vai ser a primeira coisa a entrar aqui, né?” Os tornozelos presos na corda tentavam forçar o corpo para cima e curvar a bunda para longe, mas as mãos presas junto ao peito não ajudavam. Mariana enfiou o dedo do meio no cu de César que gemeu abafado pela boca tampada e sentiu a agonia explodir no estômago. “Cutuca mais que ele tá gostando, olha só.” O pau dele ficou duro como uma pedra e ele começou a chorar desesperadamente. Paula caiu de boca e César soltou o corpo não suportando mais a rigidez. “Olha só, o bezerrão tá a ponto de bala.” Paula começou a punhetar César que suplicava por piedade através de murmúrios emitidos através da fita adesiva na boca. Mariana tirou o dedo e colocou o vibrador sem pedir licença. Um filete de sangue começou a pingar no chão com o corpo dele entregue as lágrimas que escorriam. “Goza garanhão, goza.” Paula punhetava ele quando foi surpreendida pelo dedo de Mariana em sua buceta. As duas se beijavam e se tocavam com uma mão enquanto punhetavam César com a outra. Todos gozaram juntos.
Mariana e Paula caíram se abraçando calorosamente curtindo aquele êxtase. César relaxou o corpo por completo e ficou num estado de rigidez perdido numa inconsciência consciente rezando para, de alguma forma, não sair vivo dali. Era como se tivesse sido crucificado. As duas se vestiram, juntaram os brinquedos e tiraram as amarras de César. Quando o colocaram no chão ele estava tremendo e suando. Na posição fetal em que caiu ficou mesmo com os pés e mãos desamarrados. Nenhum som saiu de sua boca depois que ela foi destampada. César mal conseguia abrir os olhos e respirava pouco, prendendo o ar, enquanto Mariana e Paula riam compulsivamente. Elas jogaram as roupas em cima dele e foram indo na direção da Fiorino. “Vamos lá garanhão, a gente sabe que você gostou do ménage. Não precisa ter vergonha.” “Não sei não, mas acho que você nunca gozou tanto na vida, ainda estou toda lambuzada.” Ambas saíram juntas do galpão e deixaram César estirado no chão. Depois de seis horas, com a ajuda dos primeiros raios de sol, ele conseguiu colocar as roupas e sair dali.