Minha ilha
Minha ilha
Em certos momentos comparo a vida e certos relacionamentos a uma ilha ...
A minha ilha hoje, livre para mim e disponível, não me satisfaz não me apaixona e nem me faz feliz. Está triste, sem cor, cheia de galhos retorcidos e areias movediças, por vezes penso até que elas, as areias movediças, poderiam me engolir.
Aquela ilha que procuro, e, que até já encontrei, com areias brancas e coqueirais verde oliva, onde sei que seria totalmente feliz, não é segura, porque não está disponível só para mim, ela está de alguma forma habitada, precisaria dividi-la ...
É complicado porque se de um lado a felicidade, a paixão nos acena, do outro a segurança, as coisas que podemos perder e o medo não nos deixa alcança-la.
O que podemos fazer? Sonhar? Só que o sonho nos cansa, e tem certos momentos que queremos mais, muito mais, e, isso doí, dói na alma, no corpo, dói no coração.
Então à distância , onde não temos toques, afagos, carinhos mútuos, as palavras se perdem, o gosto do beijo se perde. Tentamos lembrar, queremos e precisamos lembrar porque isso e o que mantem a chama da vida, quando não conseguimos, sentimos que nossa vida tal qual uma ilha, está inserida em um imenso vazio ...