Morte da maldade
Lá pros lados do brejeiro
No meu Paraná querido
Existia uma mulher
Que por ninguém passava despercebida
Sua ruindade era tanta
Que até satanás saia corrido...
Por todos era temida
Matilda era seu nome
Ninguém nunca soube
Sua história de vida...
Será que fora nascida,
Oi apenas aparecido?
Sozinha cuidava de sua propriedade
Porque com ninguém tinha amizade
Não dava um copo de água
E a todos ela chingava.
Sua maldade e solidão foi tanta
Que um dia ela enlouqueceu
Pegou a espingarda
E dava tiro pra todo lado...
E o povo apavorado
Chamou a polícia e até o delegado!
E para o hospício ela fora levada,
É, algum tempo depois
O coração de Matilda parou de bater...
Não se sabe se foi morte morrida
Ou morte matada!
Mas, em seu velório
Toda vizinhança se juntou
Pra ter a certeza de que realmente
A maldade desencarnou!
Logo após seu enterro
O tempo de uma tal forma se fechou
E todos correram de medo
E o céu se derramou...
E a água foi tanta
Que crateras no chão se formou
E o vento que veio com a chuva
A casa de Matilda derrubou
E um rastro de destruição
Em toda região ficou.
E assim dizia o povo:
Deus quis lavar a terra
Onde aqueles pés do mal pisou!
Baseado em fatos reais.
Léo Lima