A Estrela Faceira

Após o jantar, mamãe colocou seu pequenino João para dormir.

- Boa noite, meu amor. Durma com os anjos.

João não estava com sono. Na verdade, não era bem falta de sono, mas sim medo da escuridão. Por isso, para conseguir pegar no sono, sempre deixava sua janela bem aberta, assim as luzes das estrelas podiam entrar e acalentar sua alma tão jovem.

Mas Joãozinho estava cansado disso. Não queria mais sentir medo, nem do escuro, nem de nada. Então, logo lembrou-se de algo que sua mãe havia lhe contado, sobre fazer um pedido para as estrelas.

Arrancou sua coberta e deu um pulo até a janela, ficando de joelhos em cima do colchão.

Porém, o céu estava um tanto nublado e Joãozinho não conseguia enxergar as estrelas. Não desistiu, uma hora ou outra, as nuvens iam ter que se abrir.

Enfim, Joãozinho pode ver um bilho bem longe de lá. Era uma estrela que de tão bonita conseguia vencer as nuvens. O menininho não exitou, juntos suas mãozinhas e começou:

- Minha amiguinha, tão que linda que lá longe eu vejo. Por favor, eu lhe peço que realize só esse meu desejo. Eu queria nunca mais ter medo do escuro...

E um sapo pulou em janela bem ao lado de sua conchinha. O susto foi tamanho que João gritou e se atirou de costas na escuridão do quarto, levando sua coberta presa em seu pezinho.

Enquanto o travesso avião cruzava o céu por cima de sua casa.

Leonardo Ribeiro
Enviado por Leonardo Ribeiro em 07/11/2016
Código do texto: T5816034
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