A DAMA DE VERMELHO
Leandro estava sentado no bar, tomando mais uma de suas cervejas e olhando fixamente para a mulher de lábios e vestido vermelho, que um dia, já foi sua amada.
Ela está com outro, no mesmo canto, no mesmo bar que um dia, já foi deles.
Ela sorrir, seus dentes brancos e cintilantes resplandecem sobre o batom vermelho de seus lábios.
Ela se inclina, essa cena ele conhece, pois, um dia já esteve na mesma situação.
Ela encosta a sua boca, carnuda e sedenta de palavras prolixas, bem no ouvido dele, e sussurra:
- Eu te quero!
Ela sussurra palavras que Leandro sabe de cor. São palavras mentirosas, palavras desprovidas de uma vadia. Uma vadia que ele amava, que ele ama, adora, venera.