Idos tempos de Rua Augusta
Idos tempos de Rua Augusta
Hoje voltei aos meus idos de 1960, pela Rua Augusta de então, na minha juventude foi meu palco de atuação, paqueras, desfile, cinemas, hot-dog, trólebus, e tudo o mais.
Naquele tempo haviam os mais frequentados cinemas Picolino e Magestic, nas proximidades da Paulista. O Astor no Conjunto Nacional, onde ficava o famoso Fasano. Entre outros mais distantes como o Paulistano nos Jardins e o Marachá pro lado da Cidade.
Hoje, estivemos na lanchonete Frevinho, que a pesar das reformas sofridas, ainda trás resquícios do passado. Chamo atenção para o Frevinho da Augusta, pois ainda existe o Frevo da Oscar Freire, ambos do mesmo dono à época, com as mesmas decorações de então.
Os garçons, pelos seus traços de feição e arcados pela idade, me pareceu daqueles tempos, pois até seu paletó branco engomado trazem os hábitos de antigamente.
Percebi que os frequentadores que por lá encontrei, devem ser do meu tempo, quer seja pela idade deles ou pelas idas ao toalete daquela época, antes da reforma, pois o garçom os indicavam outro local de agora.
Degustei meu Beirute original, marca registrada do Frevinho, uma delícia, tal qual o Bauru do Ponto-Chic.
O que estragou do ambiente foi à algazarra de meia-dúzia de garotada sem modos, que espantaram a velha guarda, entre elas a nós mesmos.
Mais um paradigma da nossa meia idade essa juventude da qual fomos num passado nem tão distante, se considerarmos a nossa idade de hoje em comparação com as dos idos de 1960.
Tempos em que éramos felizes e não sabíamos.
Chico Luz