o casamento
Valquiria era uma mulher recatada. Solteira, mas ainda assim uma mulher muito atraente. Cuidava-se muito, com seus cremes hidratantes, sempre bem maquiada, além de fazer academia. Era uma mulher muito caseira, estava na casa dos trinta, trabalhava numa loja de artigo esportivos da cidade. Ela sonhava em casar. Não era uma mulher fácil, mas deseja encontrar alguém decente para seu sonho matrimonial. Vivia em função desse sonho, entre conecer pretendentes e cuidar-se ao máximo para quando chegar o tão sonhado príncipe encantado.As amigas tentavam influencia-la a curtir a vida, frequentar mais festas, conecer mais homens, mas decidira esperar. Não queria que sua reputação fosse denegrida por nenhum momento fraco ou nenhuma diversão fútil. Queria definivamente casar. Queria sinceramente alguem que a ajudasse na vida. Alguem que também lhe ajudasse nas contas, já que a vida estava difícil. Não via nada de errado em unir o útil ao agradável.
Certo dia, apareceu na loja, um homem chamado Vítor. Trinta e dois anos, bonito, adepto a esportes parecia ser bem sucedido e surpreendentemente se encantou com Valquiria. Ele muito simpático e sedutor a convidou logo para sair após efetuar suas compras. Ela claro decidiu conhecer a figura. O homem nunca havia casado, era realmente um partidão, dono de uma agropecuária muito bem sucedida na cidade. Era seu príncipe encantado. Eles saíram por seis meses até ele resolver dar o grande passo. A pediu em casamento, atribiu seu pedido a sua pessoa. Era uma mulher formidável e ele já estava em idade de casar, de constituir família, sossegar na vida. Ela aceitou prontamente. Era tudo que sonhava.
Vitor já tinha casa própria, então a levou para seu lar, logo após a cerimonia, que foi simples, já que Vítor queria algo mais reservado e também barato, mas ela não ligou, afinal ,ter marido era bom. O casamento também revelou mais algumas surpresas. Vítor não era muito adepto a tarefas domésticas, além disso despedira a empregada, já que agora casado, atribuiu as tarefas domésticas para a esposa. Ela chegava cansada do trabalho, que ele fez questão de impor a ela não abandonar,e memso assim efetuada as tarefas domesticas, fazia seu jantar religiosamente todos os dias no mesmo horário, logo após ele chegar da academia. Mas ela não reclamava, afinal, ter marido era bom.
Ela também cuidava de suas roupas, caprichosamente, inclusive de suas encardidas meias de jogar futebol. Nas quartas feiras sua série preferida era interrompida, já que Vítor não abria mão de ver seu Internacional jogar e não havia cedido o pedido da esposa por mais uma televisão. Não era necessário, dizia ele. Ela, contudo, não reclamava, afinal, ter marido era bom. Os passeios no domingo também estavam se tornando escassos, já que tinha que ter um tempinho para a cerveja com os amigos. Além de tudo,Valquiria tinha que comparecer todas as noites para seus compromissos matrimoniais, ele fazia questão. Ela, contudo, não reclamava, afinal, ter marido era bom.
Certo dia, Valquiria ganhou na loteria. Foi direto comprar um carro, fez compras no shopping e passou o dia no salão de beleza. Partiu sem rumo e foi embora sem se despedir do marido. Ter dinheiro é bom, pensou ela.