O ESPERTINHO - CAPITULO 13

E Suzan não diz nada e apenas sai correndo e receosa consigo mesmo ao ouvir as palavras dilacerantes, duras e verdadeiras da sua mãe para com ela pois por mais que a sua mãe tenha sido nua e crua lá no fundo ela sabia que ela estava sendo coerente em sua colocação mas não que o que ela tenha feito pudesse de alguma forma justificar o que seus pais fizeram ela fazer por mais errada que ela pudesse estar, ela realmente nunca vai esquecer daquilo assim como ela tem certeza de que os seus pais também não esqueceram jamais porque a culpa e o remorso hão de coroe-los até o fim de seus dias por mais que eles tenham acreditado terem feito o certo eles apenas a induziram a cometer um erro terrível do qual ela agora se arrepende de ter feito no entanto agora já foi e não adianta mais nada e tudo que ela pode ficar agora é com esse querer cruel e essa sensação de estar caindo para o vazio.

Suzan chega no seu quarto se joga na cama e começa a chorar compulsivamente com horríveis lembranças vindo a sua cabeça, num misto de choro, dor, desespero e muitos gritos.

E Seu Julis ao ver o abalo da filha Suzan apreensivo diz:

__ Você não acha que você pegou muito pesado?. Porque trazer de volta essas recordações ruins agora?

E Dona Marcenita altiva diz:

__ Não, não acho não você conhece muito bem a filha que tem e sabe que ela não é santa o passado dela condena ela veementemente e indiscutivelmente.

E Seu Julis atencioso diz:

__ Mas será que você tomou a decisão adequada, será que decididamente não exagerou demais.

E Dona Marcenita voraz diz:

__ Mas é claro que tomamos somos seus pais e sabemos muito bem o que é melhor para ela, e como assim será que você tomou a decisão adequada não se esqueça que você esta nessa comigo até o pescoço não queira dar para traz agora, tirar o corpo fora ou bancar a vitima, você esta dentro desta tanto quanto eu não se esqueça disso porque se eu tomei a frente da situação você me apoiou enfaticamente.

E Seu Julis resignado diz:

__ Mas é claro que eu te apoiei, sou seu marido e por isso fiz o que tinha que ser feito e te amparei na sua resolução.

E Dona Marcenita em tom conclusivo diz:

__ E por isso mesmo tinha que me apoiar, afinal de contas você é meu marido ou não é.

E Seu Julis justo diz:

__ É claro que eu sou.

E Dona Marcenita seria diz:

__ Então pronto e acabou.

E a conversa enigmática dar-se fim ali, com Dona Marcenita indo para o seu quarto enquanto que Seu Julis fica ali na sala pensativo sobre se o que eles fizeram a filha Suzan fazer foi justo, foi justo com ela, foi justo com eles e principalmente se o tempo ao passar não ira cobrar deles mais cedo ou mais tarde.

Matel esta voltando todo feliz para casa, depois do beijão que deu em Suzan mas para acabar com a sua alegria encontra justamente Bernadu seu único e pior inimigo declarado pelo que ele saiba. Bernadu então, para o esqueite com o pé direito ficando com esse pé no esqueite e o outro no chão o encara friamente incomodado livremente com o contentamento estampado no rosto de Matel e percebe também que a sua felicidade se dissipou ao vê -lo repentinamente e ele gosta daquela sensação de desagrado que invadiu os olhos penetrantes de Matel funcionando para ele como estimulo e compensação enquanto que Matel sente como se tivessem jogado nele um balde de gelo estando ele em plena praia no verão com aquele sol de rachar coco verde.

Eles ficam se encarrando com olhares de poucos amigos, com faíscas saindo dos seus olhos parecia até que ia dar choque tamanha era a tensão entre eles dois, caso os mesmos se encostassem fato que poderia ocorrer a qualquer instante, de modo que a irritabilidade de ambos era tanta que quase se conseguia pegar com as mãos e sentir como quando se pega uma esponja encharcada de água.

E Matel mantendo um equilíbrio emocional surpreendente é o primeiro a se pronunciar e desafiador diz:

__ Entenda Bernadu uma coisa nem você tão desprezível e ruim como é conseguirá acabar com o resto do meu dia que foi tão agradável e único para mim, nem você tentando ser tão ameaçador já estou cheio das suas palhaçadas.

E Bernadu soberbo diz:

__ Não se trata de palhaçada, meu intuito com certeza sempre é te atormentar e atrapalhar a sua vida e eu sempre consigo, sempre consigo aquilo que eu quero não duvide disto.

E Bernadu continuando desgostoso diz:

__ Mais que diabo de roupa ridícula é essa e cabelo ainda pior se mudou para isso não adiantou não, só ficou mais feio do que você é.

E Matel corajoso diz:

__ Olha bem em nada me interessa a sua opinião e comentários maldosos, e quem tem que gostar são as garotas e não você e eu tenho certeza de que elas adoraram.

E Matel continuando incrédulo diz:

__ É e essa historia de você ficar implicando comigo já faz muito tempo mesmo desde a época, em que nós eramos mais novos na escola e isso tem que parar.

E Bernadu concreto diz:

__ Se elas gostaram disso aí elas devem estar loucas e mais só acaba quando eu quiser, quando você vai entender isso. Ele diz isso apontando para Matel com a mão esquerda.

E Matel tênue diz:

__ Você que pensa assim, só você. Ele diz isso e começa a esboçar um sorriso maroto no rosto que os seus lábios começavam a querer mostrar.

E Bernadu nervoso diz:

__ É eu mesmo porque?. E afinal de contas que sorriso é esse porque esse ar de triunfo agora não sei do que você esta achando graça neste momento tem algo engraçado diante de você e preste atenção ao que você vai responder não respondo por mim se você ousar a dizer alguma gracinha e mais não se esqueça de que eu estou com um esqueite aqui que pode simplesmente escorregar da minha mão e ir em direção a você e se isso acontecer espero que você tenha força o suficiente para agara-lo ou astucia precisa para desviar dele se é que você me entende e eu acho que você não é tão ágil assim.

E Matel pomposo diz:

__ Não, não se trata disso pode ficar calmo não se trata de você pois apesar de você se achar importante será que eu não posso mais rir que tem que ser de você, será que o mundo deve girar em torno do seu umbigo estou rindo sim mais não é de você não, e sim de uma ótima lembrança que acabou de passar neste exato momento pela minha cabeça.

E Bernadu descrente diz:

__ E o que é então, do que se trata do que ou de quem porque você esta rindo ao ficar olhando para mim.

E Matel não se aguentando mais de tanta alegria, esplendido diz:

__ Se você quer mesmo saber porque eu estou todo satisfeito assim, muito bem vou te contar e acabar com a sua curiosidade no entanto cuidado para não te desagradar e se decepcionar e então lá vai Eu estou feliz porque acabei de tascar um beijão em Suzan agora a pouco assim que terminou o culto que os seus pais realizaram é isso agora você já sabe e provavelmente não gostou.

E Bernadu estático diz:

__ Mas é claro que eu não gostei.

E Matel abusado diz:

__ Não gostou e pretende fazer o que agora hein?

E Bernadu grosso diz:

__ Não é obvio para você não, e ainda que isso que você esteja dizendo seja verdade ela jamais iria dar bola para um esquisito como você deve ter sido em um momento de devaneio dela ou você a agarrou.

E Matel confiante diz:

__ Isso realmente não importa, o que importa é que eu consegui beija-la.

E Bernadu agressivo faz menção de que vai começar a correr atrás dele, no que Matel não querendo pagar para ver no que vai dar decide sair correndo imediatamente e Bernadu iria alcançá-lo facilmente por estar de esqueite toda via sua estrategia falhou e o tiro saiu pela culatra porque Bernadu que andava muito bem de esqueite acabou se desequilibrando por conta da raiva que ele estava sentindo naquela hora de Matel e acabou perdendo a sua atenção e miseravelmente caiu se estatelando no chão num som surdo e característico.

E no chão Bernadu pensa consigo mesmo: "eu ainda o pegarei aquele imbecil, e ele mal imagina que eu já fui muito além do beijo e a levei para cama ingenuidade da parte dele em pensar que eu não iria pega-la principalmente antes dele babaca, eu o traçador da rua ela só pode estar de zoação com a minha, cara aquela é minha".

E desta vez surpreendentemente Bernadu que sempre se gabava, de ser pegador não jogou na cara de Matel que já fez sexo com Suzan na noite anterior e bom das duas ou uma ou não deu tempo dele falar porque Matel saiu correndo como um louco como se fosse um assaltante correndo da policia ou porque deve estar começando a rolar algum sentimento da parte dele para com Suzan o que é pouco provável em se tratando de Bernadu porque como dizem os brutos também amam pois Bernadu jamais iria deixar de se vangloriar mas isso apenas o tempo dirá porque com o passar do tempo tudo pode se esclarecer.

E Matel só olhou para traz quando chegou em casa, pois não queria olhar para traz antes disso e ver Bernadu no seu encalço e ao perceber que ele não conseguiu alcança-lo ele inicialmente estranha pois pelo fato dele estar de esqueite deveria ter- o alcançado rapidamente já que ele Matel estava andando a pé e como ele sabe que Bernadu é um exímio andador de esqueite essa conta não fecha e ele chega a conclusão de que provavelmente algo deve ter acontecido a ele e ele diz para ele mesmo há deve ter caído aquele bobão bem feito porque desse jeito ele não me alcançou porque se não ele certamente teria me alcançado e as consequências para mim teriam sido terríveis.

E assim que chegou em casa e fechou a porta, ele se dá conta de que está pingando de suor pela carreira que acabou de tomar de Bernadu, vai tomar banho e sua mãe da cozinha onde terminava de fazer o jantar e curiosa ao perceber que alguém tinha entrado na residência diz:

__ Matel é você?. É você meu filho que chegou.

E Matel espontâneo diz:

__ Sou eu sim mãe. Deixando a mãe Siná aliviada por ele enfim ter chegado porque enquanto ela estava preocupadíssima seu marido Mozi estava sentado na sala vendo televisão tranquilamente, e bem dizem que as mães se inquietam em dobro pelos filhos por elas e pelos maridos incrível como isso não muda.

Matel então logo vai jantar com os pais Siná e Mozi, ainda feliz da vida pelo dia excelente que teve hoje pois além de ter conseguido beijar Suzan a garota dos seus sonhos ainda conseguiu fugir das garras de Bernadu seu desafeto a muito tempo.

E no dia seguinte em Predir, Patilene esta se lembrado de como foi aquele momento único para ela naquela cidade ou seja quando ela foi no seu tão aguardado show de rock e assim ela se recorda desde o inicio mesmo antes do show histórico, ela se arrumando vestindo um visual todo black, ela no ônibus com os amigos de uma especie de republica em que ela ficou, ela então chegando no local do evento, dançando, curtindo, cantando, gritando, paquerando os garotos e sendo paquerada por eles, fica com um garoto que ela achou bonitinho até porque ela não é boba e nem esta inapta para isso, se divertindo muito com o som das suas bandas internacionais que ela tanto gosta de ouvir tendo chegado a chorar emocionada e depois do termino do show ainda consegue tirar muitas fotos de e com os seus ídolos além de pegar muitos autógrafos é claro. E Patilene então terminando com o seu flash back festivo sorri e pensa: nossa que legal que foi como eu curtir, como foi engraçado nunca vou me esquecer daqueles momentos descontraídos nunca.

E é o dia de Patilene ir embora e ela se despede de todos da republica improvisada muito calorosamente e com simpatia, com direito a muitos abraços e beijos e obvio que eles trocam números de celular para continuarem a se comunicar podendo representar o principio de uma amizade verdadeira e porque não douradora e ela se despede especialmente do seu paquera com um beijaço na boca, amassos e juras de amor tipicas de jovens que tem toda uma vida para frente.

E na residencia de Clarice ela se arruma e faz o mesmo com o filho Patrick e vão para a rodoviária de Predir para ir para a cidade vizinha Viajim a fim de tirar a limpo esta possível historia mal contada do seu marido Carlos com a sua ex- aluna Suzan e ela precisa tirar esta duvida da sua cabeça que esta a corroendo com diversas suposições pulsando na sua mente e o único que pode resolver isso nela, essa sensação essa desconfiança dela é o seu marido pessoalmente pois não é um assunto para ser tratado na opinião dela por telefone, até porque ele poderia mentir, e ela precisa ver o rosto dele, a sua reação quando ela lhe perguntar o que deve ser perguntado e ela precisa presenciar o rosto dele a sua expressão quando for lhe dar a devida resposta e assim ela vai decidir se acredita nele ou não porque se ele estiver mentindo terá que ser muito convincente para iludi- la pois ela não é uma pessoa fácil de se enganar e consegue pegar no ar o cheiro de uma traição mesmo retardatária.

Clarice e Patrick entram no ônibus, que logo começa a andar e tão logo anda por alguns metros quando para ou melhor é parado abruptamente por uma ofegante Patilene que tinha se jogado na frente do coletivo para ele parar e assim ela poder entrar pois estava atrasada e quase perdeu o ônibus. Ela então entra no ônibus e vai andando esbarrando nos outros passageiros com suas malas até que se senta ao lado da cadeira de Clarice, cujo filho não estar indo ao seu lado por estar na cadeira do outro lado, porque queria mais espaço para brincar pular essas coisas de criança, de frente para a cadeira dela, na janela. Clarice e Patilene se cumprimentam e no decorrer da viagem acabam se tornando formidáveis amigas.

Continua!!!

mario rubens silva
Enviado por mario rubens silva em 13/09/2016
Reeditado em 17/09/2016
Código do texto: T5760017
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