Qual é a raça do teu amor?

Passei 5 anos da minha vida, sendo filha única. Os brinquedos chegavam a perder seu encanto, quando a vontade de dizer “você conta e eu me escondo!” vinha na cabeça sem ninguém para concretizá-la.

Quando assoprei a sexta velinha, o tão esperado companheiro chegou na minha casa. O momento em que o vi foi um dos mais especiais até hoje. Tão fofinho, pequeno, frágil. A definição da palavra “plenitude” no dicionário, deveria ser o seu nome.

Dalí em diante, ganhei alguém para conversar, cuidar, brincar e afagar. Sua fome insaciável, seus olhos grandes e seu carinho transcendente, evaporam qualquer resquício de tristeza que possa pairar no coração de quem divide a casa com ele.

Sua pureza e ingenuidade de quem, realmente vê a felicidade em coisas poucas, é a prova de que o amor incondicional não é “papo pra boi dormir”, ele existe, e eu o sinto pelo meu irmão e pelas suas quatro patas.