Personificação da luz.

Adotivas, biológicas, de consideração, mães. As responsáveis pelo sopro da vida, pela clareza da alma, pela constituição do ser, pela vermelhidão do coração. Aquelas que bombeiam amor em seus átrios e ventrículos e que, sentem como a dor de uma ferida incurável, a saudade dos tempos em que seus filhos possuíam o tamanho exato de seus braços.

Uma palavrinha pequena, com uma vasta simbologia. Demonstram seu amor de uma forma tão clara que o tradicional “eu te amo” é totalmente desnecessário. Contrariam, brigam, proíbem, argumentam, cuidam, protegem, doam.

Ser mãe é doar-se, doar seu tempo, atenção, carinho, afeto. Doam sem a expectativa de receber alguma coisa em troca, se permitem, se entregam, mergulham. Mergulham em uma realidade nunca antes experimentada, a realidade de ser a luz de alguém.

Preocupam-se em serem para seus filhos o mundo todo em carne e osso. Preocupam-se que recebam tudo aquilo que não puderam ter, que sorriam tudo o que não sorriram e que não chorem nem um terço do que choraram. Preocupam-se em amá-los incondicionalmente, mesmo que com palavras por muitas vezes não demonstrem. Mas afinal, em terra de pura benevolência, o que o português não consegue dizer o coração sente, e sente muito.