A vida é um conto...
A vida é um conto,
As vezes pálido e sem cor nem vida,
Outrora solitário e caliente cheio de desejos irreais,
Sempre contos, fantasiosos ou reais, alegres ou tristes...
Muitos dos quais viajo em meu universo interior em busca de relatá-los aqui.
Penso em maneiras de escreve-los sem assustar a todos ou sem sensibiliza-los com as duras penas que passei ou com as intensas paixões que vivi.
Contos que para mim serão eternos, em uma memória que em breve falhará com o tempo, e a morte diária do corpo, frágil mas feliz e terno.
A velhice corpórea em muitos não tem efeitos tristes mas em poucos ela apaga as lembranças pela solidão de não poder conversar e exercitar o que um dia foi uma mente brilhante e sem barreiras. Eu em alguns momentos me vejo assim.
O tempo, ah o tempo, só ele apaga marcas tristes, e amenisa as dores que foram terriveis e quase irreparaveis para alma de quem ama.
Ele torna possível os contos diários que vivemos,com amores perdidos, amores que pensamos ser amores, com a família, amigos reais e virtuais, paixões, desejos intensos e duvidosos, enfim, contos sonhados e vividos por uma alma ampla e sem medos, por uma alma que anseia mais da vida e não teme a morte.
Alma essa que sabe que a morte nada mais é que uma etapa necessaria para a evolução do espírito, que tem a certeza que é eterna e por ela muitas vidas serão vividas, com seus infindáveis contos, fantásticos para uns e reais para outros.
Então que assim seja, que a vida seja repleta de contos e que a eternidade não os deixe esquecidos numa caixinha guardada em lugar nenhum.