FAROLEIRO

A buscar alguma coisa de ânimo no Alcebíades, morador de uma corruptela de uma única rua em local bem afastado, uma lupa seria preciso sendo, entretanto dispensada pela preguiça que é presente em quantidade maior e a todo o momento. Menos pelo cigarro espanta insetos, do que pela sua pouca ou nenhuma disposição para entrar debaixo de um chuveiro, ficar perto dele não era mesmoboa idéia. Seus assuntos vão de encontro à realidade e chamá-lode mentiroso ai sim deixava o homem nervoso de verdade. Tinha a bravata de vangloriar uma topada que teve com um valentão de nome Nivaldo pelo que este último quando arrumava fuzarcas pelos botequinsgostava de brincar de pegador com a força policial normalmente embriagadoque representada por soldados cansavam da brincadeira antes de uma outra que eles preferiam e se divertiam mais chamada atirei o pau no gato, aliás o Nivaldo nesse caso corria feito lebre para não ser o tal gato pois se os guardas pusessem as mãos nele a palavra gato escaldado perderia o valor na base do cassete esquecido s com forçano lombo .

Pois é. Ligando o valentãoao Alcebíades, este outro, que entre outras coisas não poderia ser de modo algum quem um dia enfrentou alguém de algum modo por um outro adjetivo dele. Era um tremendo mentiroso' deu de encontrar o valentãonum prostíbulo saboreando um trago e abraçado com desleixo a uma morena de vestido aciganado com cores mediando entre verde e amarelo conforme o encardido,permitisse. Bebendo com o bico da garrafa alguma coisa que deveria amargar tal e a careta que fazia.

A coisa sairia sem problemasMas diachos! A morena "namorada" do infame era na verdade uma sobrinha do Alcebíades e isto o colocou numa vexatória condição porque ou ele cairia fora dali fingindo nada ter visto ou então num acesso de loucura quem sabe enfrentaria o outro que nunca afirmou mas alardeava-se ter umas mortes nas costas, pelo que o Alcebíades sem demora optou pela primeira hipótese, até porque poderia aumentar a lista do outro, com a rapidez que não permitiria sequer uma dose de Conhaque e a moça resolveria com o pai dela (irmão dele) depois.

Contudo, acostumado a ter tudo de graça para não aprontar na casa e dentre tudo estava oferecerbebida aos "amigos" o Nivaldo resolveu estender a generosidade ao Amigo Alcebíades que já não tinha mais o estado de ânimo para aquele lugar e pois ainda, não seria sua mas do valentão a vontade dele ir embora. Uma indelicadeza que aborreceria o outro. Assim. Concordou quando lhe foi oferecido um vinho comum da região e não um copo, desses fáceis de virar na goela e acelerar uma saída com a gasolina de uma desculpa, mas uma garrafa para tudo ficar feito FNM numa subida de muitos quilômetros. A sobrinha sem graça já o havia cumprimentado e quando este pensou no que fazer para tal vexatória circunstância, uma providência veio em seu favor: Encharcado de beber por longas horas o valentão despencou em súbito desmaio e a primeira coisa que o dono da casa fez foi chamar a polícia que veio sem demora e o sono do outro continuou numa cela da cadeia. Depois disso o Alcebíades não viu o Tal valentão que disseram ter morrido assassinado em um eito de milharal por ajuste de contas com alguém em quem teria dado uma surra noutra feita. Fato é que o Alcebíades avoca até hoje para si a prisão do infame que uma vez morto não vai aparecer para tirar a historia a limpo.

Pacomolina
Enviado por Pacomolina em 07/08/2016
Código do texto: T5721277
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