LÁGRIMAS NO RIO

Escondido atrás de uma pilastra, com os  pés descalços, observando a multidão que se reunia, um garotinho de nove anos abafa o choro.

Meu único amigo não conseguiu fugir_choraminga ele mais uma vez.

 O barulho da sirene se aproxima.   Homens de branco examina e em seguida coloca o corpo inerte na ambulância.

Tudo se silencia,  um grito de desespero corta a noite na cidade das fantasias.

De cócoras ele permanece por um tempo incalculável. Até que sentido o estômago roncar pela nona vez põe se a perambular pelas ruas, desprovido de fome,  sede e sono.

A única realidade que insistia em lhe martelar a cabeça,  era a falta do seu amiguinho atropelado ao fugir do cruel diretor do orfanato.

Um amontoado de caixas de pizza lhe chamam a atenção, ele  começa a revirar todas até encontrar algo para acalmar lhe o  estômago.

Ao longe... ouve se o hino da cidade maravilhosa onde as escolas iniciam mais uma competição anual.

Essa é  a cidade do Carnaval onde as  fantasias ofuscam os Sonhos e a dura realidade de uma criança.

Katharine Leal
Enviado por Katharine Leal em 19/07/2016
Reeditado em 31/07/2016
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