LÁGRIMAS NO RIO
Escondido atrás de uma pilastra, com os pés descalços, observando a multidão que se reunia, um garotinho de nove anos abafa o choro.
Meu único amigo não conseguiu fugir_choraminga ele mais uma vez.
O barulho da sirene se aproxima. Homens de branco examina e em seguida coloca o corpo inerte na ambulância.
Tudo se silencia, um grito de desespero corta a noite na cidade das fantasias.
De cócoras ele permanece por um tempo incalculável. Até que sentido o estômago roncar pela nona vez põe se a perambular pelas ruas, desprovido de fome, sede e sono.
A única realidade que insistia em lhe martelar a cabeça, era a falta do seu amiguinho atropelado ao fugir do cruel diretor do orfanato.
Um amontoado de caixas de pizza lhe chamam a atenção, ele começa a revirar todas até encontrar algo para acalmar lhe o estômago.
Ao longe... ouve se o hino da cidade maravilhosa onde as escolas iniciam mais uma competição anual.
Essa é a cidade do Carnaval onde as fantasias ofuscam os Sonhos e a dura realidade de uma criança.