Aretha e a gang do Bem
ARETHA E A GANG DO BEM
Texto de Regina Madeira
ARETHA E A GANG DO BEM
Nas andanças de Aretha pela praça e pela escola, Aretha reuniu um grupinho muito maneiro. Rogério, Anete, Amilcar, Sonia e Cida, são amiguinhos fiéis da escola e das brincadeiras na praça.
São muito educados e estudiosos, mas também gostam de aprontar as travessuras, como subir em árvore e brincar de esconde-esconde.
Nada que ofenda ninguém, mas a correria é certa.
Depois de firmar amizade com dona Rosilda, Aretha percebeu que a senhora sofria de solidão, pois seus filhos e netos quase não a visitavam. Aos poucos, em conversas simples, descobriu que a senhora tratara muito mal, principalmente as suas noras, por ciúme dos filhos e uma velha arrogância matriarcal.
Hoje, já com a idade avançada, vem tentando melhorar o convívio, mas agora, as pessoas com os seus compromissos e os netos estudando, não estão dispostos a reconsiderar os esforços da senhora.
Um dia, depois dos folguedos na praça, o grupinho sentou-se para lanchar e Aretha resolveu contar para eles sobre dona Rosilda, e pensar num plano para mudar tudo.
Todos ouviram em silêncio, até que Cida levantou a mão e pediu a palavra.
_Olha, acho que podemos fazer o seguinte: um dia ou dois por semana, no lugar de ficar brincando aqui na praça, podemos fazer uma visita para ela. Talvez ela goste de nós e fique mais feliz.
Aretha e os outros acharam a idéia genial e a menina incumbiu-se de perguntar para dona Rosilda se o grupinho poderia visitá-la.
Lógico que dona Rosilda gostou da idéia, pois assim teria companhia sempre.
Marcaram a visita para o dia seguinte, para que cada um pudesse avisar em casa o que fariam.
Os pais dos amiguinhos comunicaram-se pelo telefone muito satisfeitos com a atitude dos filhos e a mãe de Aretha ficou responsável por procurar a senhora e saber os detalhes acordados pelas crianças.
Dona Elisa, mãe de Aretha foi até ao 506 e apresentou-se para dona Rosilda e conversaram longamente, e assim ficou certa de nada teria que impedisse a visita.
No dia seguinte a turminha se arrumou pela tarde e partiram contentes para sua missão. Levaram também a Lady, pois era a convidada especial, com um lindo laço no pescoço.
Tocaram a campainha e a secretária de dona Rosilda veio abrir a porta (mais uma na tentativa de ficar no emprego).
Aretha liderando a turminha com a Lady no colo entrou e deu passagem aos outros.
Dona Rosilda estava sentada em sua poltrona predileta e deixou o sofá e o tapete livre para a meninada.
Foram horas de conversas, filmes e lanches. Muitas gargalhadas e piadas infantis.
Quando foram para casa, dona Rosilda beijou cada um com lágrimas nos olhos e murmurou um agradecimento carinhoso para Aretha.
Assim foi o início de novos tempos na vida da senhora e das crianças.
Mas as idéias não deixavam de aparecer. Agora a intenção é trazer a família de volta para o convívio com a idosa senhora.
Como não poderia fazer as coisas sem a senhora saber, numa das visitas, eles pediram permissão para chamar os filhos para uma visita e tentarem a reconciliação. Dona Rosilda aceitou apesar de um pouco amedrontada, pois os filhos podiam não gostar. Mas Aretha, madura como sempre, disse que não iriam insistir caso não quisesse, mas eles precisavam tentar.
Para não assustar fariam uma reunião primeiro com o filho mais velho (aquele que Aretha vê no apartamento da mãe) e somente ela falaria.
Dona Rosilda chamou o filho, e para surpresa dele a conversa direcionada por Aretha. No princípio, Abílio(o filho) não ficou muito satisfeito e quis negar-se a conversar. Mas aos poucos foi “levado” na conversa por Aretha e logo estava mais brando.
Após uma meia hora de argumentação, a que D. Rosilda ouvia com lágrimas nos olhos, Abílio concordou em falar com os irmãos, filhos e sobrinhos, para uma reunião na casa da mãe.
O almoço foi marcado para o domingo e a casa de D. Rosilda estava cheia e a felicidade foi geral. A criançada se divertiu muito. O próximo encontro, Aretha quer levar todos na fazenda dos seus avós.
NOTA: a personagem Aretha aparece pela primeira vez no poema "A Pestinha" que publiquei em 7/8/2015. Como a menina da história, tida como pestinha mas de caráter marcante e bondoso, recebia um nome nos versos para fins de rima, acabou ganhando vida própria e me veio a idéia de aproveitá-la numa série de contos. O primeiro, "Aretha", onde pela primeira vez aparece a Dona Rosilda, saiu no RL em 18/9/2015. Nossa querida amiga Regina Madeira ajudou no preparo do segundo conto, "Diário da Pestinha: Aretha, passarinhos e frutas", providenciando o cenário em Miguel Pereira, que passou a ser a cidade onde vive a protagonista: esta história saiu em 27/9/2015. A história seguinte, na sequência das duas anteriores, é esta acima, totalmente escrita por Regina Madeira e publicada em sua escrivaninha no dia 29/6/2016. Um conto meu fora dessa sequência, "Aretha e os adultos", publiquei em 12/6/2016.
imagem pixabay/eliasfalla
ARETHA E A GANG DO BEM
Texto de Regina Madeira
ARETHA E A GANG DO BEM
Nas andanças de Aretha pela praça e pela escola, Aretha reuniu um grupinho muito maneiro. Rogério, Anete, Amilcar, Sonia e Cida, são amiguinhos fiéis da escola e das brincadeiras na praça.
São muito educados e estudiosos, mas também gostam de aprontar as travessuras, como subir em árvore e brincar de esconde-esconde.
Nada que ofenda ninguém, mas a correria é certa.
Depois de firmar amizade com dona Rosilda, Aretha percebeu que a senhora sofria de solidão, pois seus filhos e netos quase não a visitavam. Aos poucos, em conversas simples, descobriu que a senhora tratara muito mal, principalmente as suas noras, por ciúme dos filhos e uma velha arrogância matriarcal.
Hoje, já com a idade avançada, vem tentando melhorar o convívio, mas agora, as pessoas com os seus compromissos e os netos estudando, não estão dispostos a reconsiderar os esforços da senhora.
Um dia, depois dos folguedos na praça, o grupinho sentou-se para lanchar e Aretha resolveu contar para eles sobre dona Rosilda, e pensar num plano para mudar tudo.
Todos ouviram em silêncio, até que Cida levantou a mão e pediu a palavra.
_Olha, acho que podemos fazer o seguinte: um dia ou dois por semana, no lugar de ficar brincando aqui na praça, podemos fazer uma visita para ela. Talvez ela goste de nós e fique mais feliz.
Aretha e os outros acharam a idéia genial e a menina incumbiu-se de perguntar para dona Rosilda se o grupinho poderia visitá-la.
Lógico que dona Rosilda gostou da idéia, pois assim teria companhia sempre.
Marcaram a visita para o dia seguinte, para que cada um pudesse avisar em casa o que fariam.
Os pais dos amiguinhos comunicaram-se pelo telefone muito satisfeitos com a atitude dos filhos e a mãe de Aretha ficou responsável por procurar a senhora e saber os detalhes acordados pelas crianças.
Dona Elisa, mãe de Aretha foi até ao 506 e apresentou-se para dona Rosilda e conversaram longamente, e assim ficou certa de nada teria que impedisse a visita.
No dia seguinte a turminha se arrumou pela tarde e partiram contentes para sua missão. Levaram também a Lady, pois era a convidada especial, com um lindo laço no pescoço.
Tocaram a campainha e a secretária de dona Rosilda veio abrir a porta (mais uma na tentativa de ficar no emprego).
Aretha liderando a turminha com a Lady no colo entrou e deu passagem aos outros.
Dona Rosilda estava sentada em sua poltrona predileta e deixou o sofá e o tapete livre para a meninada.
Foram horas de conversas, filmes e lanches. Muitas gargalhadas e piadas infantis.
Quando foram para casa, dona Rosilda beijou cada um com lágrimas nos olhos e murmurou um agradecimento carinhoso para Aretha.
Assim foi o início de novos tempos na vida da senhora e das crianças.
Mas as idéias não deixavam de aparecer. Agora a intenção é trazer a família de volta para o convívio com a idosa senhora.
Como não poderia fazer as coisas sem a senhora saber, numa das visitas, eles pediram permissão para chamar os filhos para uma visita e tentarem a reconciliação. Dona Rosilda aceitou apesar de um pouco amedrontada, pois os filhos podiam não gostar. Mas Aretha, madura como sempre, disse que não iriam insistir caso não quisesse, mas eles precisavam tentar.
Para não assustar fariam uma reunião primeiro com o filho mais velho (aquele que Aretha vê no apartamento da mãe) e somente ela falaria.
Dona Rosilda chamou o filho, e para surpresa dele a conversa direcionada por Aretha. No princípio, Abílio(o filho) não ficou muito satisfeito e quis negar-se a conversar. Mas aos poucos foi “levado” na conversa por Aretha e logo estava mais brando.
Após uma meia hora de argumentação, a que D. Rosilda ouvia com lágrimas nos olhos, Abílio concordou em falar com os irmãos, filhos e sobrinhos, para uma reunião na casa da mãe.
O almoço foi marcado para o domingo e a casa de D. Rosilda estava cheia e a felicidade foi geral. A criançada se divertiu muito. O próximo encontro, Aretha quer levar todos na fazenda dos seus avós.
NOTA: a personagem Aretha aparece pela primeira vez no poema "A Pestinha" que publiquei em 7/8/2015. Como a menina da história, tida como pestinha mas de caráter marcante e bondoso, recebia um nome nos versos para fins de rima, acabou ganhando vida própria e me veio a idéia de aproveitá-la numa série de contos. O primeiro, "Aretha", onde pela primeira vez aparece a Dona Rosilda, saiu no RL em 18/9/2015. Nossa querida amiga Regina Madeira ajudou no preparo do segundo conto, "Diário da Pestinha: Aretha, passarinhos e frutas", providenciando o cenário em Miguel Pereira, que passou a ser a cidade onde vive a protagonista: esta história saiu em 27/9/2015. A história seguinte, na sequência das duas anteriores, é esta acima, totalmente escrita por Regina Madeira e publicada em sua escrivaninha no dia 29/6/2016. Um conto meu fora dessa sequência, "Aretha e os adultos", publiquei em 12/6/2016.
imagem pixabay/eliasfalla