Pesadelo Astrofobico

Às 22 a trovoada se anunciava, estando sozinha em casa, deite-me, forcei o sono... Consegui dormir.

E o que era para ser um escape, transformou-se em um terrível pesadelo de tempestade. Quando ouvira o estalo mais forte, mais apavorante, mais assustador... Meu corpo ficou todo arrepiado... O colapso nervoso impregnou-se em minhas artérias.

Abri os olhos repentinamente... Consegui acordar.

Ainda era às 4 da madrugada.

Já sem sono, pensei em levantar, e de repente lá vinha ela novamente anunciando.

Estava mais forte, mais assustadora; cada vez mais próxima.

Eram estalos muito altos, demasiadamente altos...

Curvada, de olhos fechados, senti algo andando por cima do cobertor... Por sorte, era só o gatinho se ajeitando para dormir.

De tanto apertar os ouvidos, meus dedos já estavam dormentes, mas eu não podia fazer nada, teria que forçá-los até que os trovões se distanciassem.

O tremor que eu sentia entre um estalo e outro era inexplicável.

Só quem passa por isso, só quem enfrenta o mesmo medo, consegue entender o pavor, o medo, o assombro que se vê obrigado a sentir a cada chuva acompanhada de raios, relâmpagos e trovões.