SACO INÚTIL
SACO INÚTIL
Neste último final de semana, fui convidado, juntamente com minha família, para uma festa de quinze anos, de uma garotinha filha de um amigo meu. Festa esta num salão apropriado, onde tinham mesas e cadeiras para todos os convidados, coisa rara, pois quase sempre não têm cadeiras para todos.
Eis que fomos: eu, esposa, um casal de filhos, nora, genro e neto.
Na nossa mesa tinham oito cadeiras disponíveis. Lógico, que sobrou uma sem ninguém. Por azar ou sorte, não sei, a cadeira vaga estava justamente do meu lado. Assim que me sentei aproximou-se um homossexual e pediu:
- Posso me sentar aqui? – apontou para a cadeira vaga.
Antes que eu respondesse, meu genro, que é policial, usando de entonação ríspida, respondeu:
- Não! Está vindo outra pessoa que sentará nesta cadeira!
Todo delicado, o outro, concluiu:
- Enquanto a pessoa não chega sentou eu.
Dito e feito. Sentou-se.
Todo policial, aonde quer que vá, leva consigo sua arma. Meu genro não foge a regra. No momento levava seu 38 cano longo, entre o sinto e o corpo, logo acima das nádegas.
Sem ostentação, uma vez que sua intenção era uma brincadeira, ainda que de mau gosto; e sem mesmo apontar o revólver para ninguém específico, falou em tonalidade de gozação:
- Se você não se levantar daí, agora, vou dar um tiro no seu saco.
O homossexual todo serelepe, exclamou:
- Pode atirar. Meu saco não presta para nada mesmo!