O VELHO E O TEMPO

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O VELHO E O TEMPO

O velho que saía de casa com auxilio da bengala e levado pela enfermeira, sentou-se no primeiro banco de um parque próximo, já velho e enferrujado pelo tempo.

Cochilou um pouco e no momento que abriu os olhos uma folha caiu da árvore próxima e bateu no chão.

Com a sua bengala puxou, buscando a folha para perto de si.

Esfregou a folha na palma da mão, que virou frangalhos.

Pensou em soprar, mas ao abrir sua mão, o vento impulsionou-os até o chão.

A parte maior da folha ficou perto do velho e outras mais longe.

Pensou no momento que esta parte maior da seria a família, pois está sempre perto. Já a outra parte menor do que a primeira seria a esperança por dias melhores, enquanto a parte menor seria o tempo.

Ao pensar no tempo, sentiu-se que já estava na hora de voltar para casa.

Com o auxílio da bengala conseguiu levantar e caminhar até o portão, onde a enfermeira já o esperava, e dando-lhe o braço, levou até a sua casa.

Mais um dia se passou.

LFA- 30.04.2016

Lúcio Flávio de Albuquerque
Enviado por Lúcio Flávio de Albuquerque em 30/04/2016
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