O VELHO E O TEMPO
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O VELHO E O TEMPO
O velho que saía de casa com auxilio da bengala e levado pela enfermeira, sentou-se no primeiro banco de um parque próximo, já velho e enferrujado pelo tempo.
Cochilou um pouco e no momento que abriu os olhos uma folha caiu da árvore próxima e bateu no chão.
Com a sua bengala puxou, buscando a folha para perto de si.
Esfregou a folha na palma da mão, que virou frangalhos.
Pensou em soprar, mas ao abrir sua mão, o vento impulsionou-os até o chão.
A parte maior da folha ficou perto do velho e outras mais longe.
Pensou no momento que esta parte maior da seria a família, pois está sempre perto. Já a outra parte menor do que a primeira seria a esperança por dias melhores, enquanto a parte menor seria o tempo.
Ao pensar no tempo, sentiu-se que já estava na hora de voltar para casa.
Com o auxílio da bengala conseguiu levantar e caminhar até o portão, onde a enfermeira já o esperava, e dando-lhe o braço, levou até a sua casa.
Mais um dia se passou.
LFA- 30.04.2016