O pastar da boiada
De manhãzinha,
debruçado nesta velha porteira,
fiquei aqui calado só a observar
Os passos longos da garça-boiadeira,
que, seguindo o pisotear do gado,
sacia sua fome com os insetos que revoam do capim.
O bando de anu-preto aguarda o momento de pousar sobre o dorso dos bois, para livrá-los de seus parasitas.
E como é grande a coragem do anambé-de-capuz,
que, empoleirado na orelha do gado,
retira com cuidado seu alimento.
Houve-se um gritar, é o gavião-carrapateiro,
que no lombo do gado vai se banquetear.