O pastar da boiada

De manhãzinha,

debruçado nesta velha porteira,

fiquei aqui calado só a observar

Os passos longos da garça-boiadeira,

que, seguindo o pisotear do gado,

sacia sua fome com os insetos que revoam do capim.

O bando de anu-preto aguarda o momento de pousar sobre o dorso dos bois, para livrá-los de seus parasitas.

E como é grande a coragem do anambé-de-capuz,

que, empoleirado na orelha do gado,

retira com cuidado seu alimento.

Houve-se um gritar, é o gavião-carrapateiro,

que no lombo do gado vai se banquetear.

Maurício Generoso
Enviado por Maurício Generoso em 30/04/2016
Reeditado em 18/10/2020
Código do texto: T5621043
Classificação de conteúdo: seguro